Notícias representação
Brasília (13/6/19) – O deputado Samuel Moreira (SP), relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência, apresentou nesta quinta-feira, na comissão especial na Câmara, o parecer sobre o texto enviado ao Congresso pelo governo federal. Antes de seguir para análise do plenário, o parecer do relator ainda precisa ser votado na comissão. A expectativa é de que isso ocorra até o fim deste mês. Depois de passar pela Câmara, o texto segue para o Senado.
No documento apresentado hoje, alguns pontos que envolvem as cooperativas merecem destaque. São eles:
APOSENTADORIA RURAL: O relatório manteve as regras atuais para quem exerce atividade econômica familiar, incluindo trabalhadores rurais, garimpeiros e pescadores artesanais. Ou seja, a idade mínima deve permanecer em 55 anos para mulheres e 60 para homens - contudo, eles deverão contribuir por 20 anos, ao invés dos 15, previstos na regra atual. No caso das mulheres, o tempo de contribuição não sofre alterações. Essas considerações também valem para os casos de segurados especiais.
A proposta do governo previa idade mínima de 60 anos para a aposentadoria de homens e mulheres, com 20 anos de tempo de contribuição parta ambos os sexos.
EXPORTAÇÕES: O relatório acaba com a imunidade tributária para exportações no caso dos setores que participam da desoneração da folha. No caso das cooperativas os segmentos afetados são aves, suínos, álcool e açúcar. Segundo o Art. 149, §2º, inciso I da Constituição Federal, é vedada a cobrança de impostos de todas as naturezas, a fim de estimular a venda de produtos brasileiros fora do país.
De acordo com o relatório do deputado Samuel Moreira (SP), relator da PEC da reforma da Previdência, as empresas e cooperativas que exportam produtos como carnes de aves e suínos e, também, as do setor sucroalcooleiro deverão recolher a Previdência para seus funcionários e a incidência não seria sobre a folha de pagamentos, mas sobre a receita das operações de comércio exterior.
OCB: A OCB continua acompanhando a tramitação da matéria no Congresso Nacional.
Brasília (13/6/19) – O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, apresentou e debateu temas tributários do cooperativismo com o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra. Dentre os tópicos discutidos estiveram o ato cooperativo, a reforma tributária e o entendimento sobre o imposto de renda sobre aplicações financeiras.
Segundo o líder cooperativista, o cooperativismo está pronto para apoiar o governo nas reformas que precisam ser implementadas. “Nós entendemos que é necessária uma simplificação tributária, mas o que preocupa o movimento cooperativista é a inclusão do adequado tratamento tributário, assegurado pela Constituição Federal, no ambiente das reformas, sobretudo na tributária”, argumentou o presidente.
Márcio Freitas também destacou a importância de o governo lembrar que o adequado tratamento tributário não representa condição privilegiada, isenção ou imunidade às cooperativas no recolhimento de tributos. “Diz respeito, exclusivamente, a fixar a incidência tributária onde ela realmente deve ocorrer”, comenta. Para o cooperativista, se toda a riqueza gerada pela cooperativa é transferida ao associado, ela não possui renda ou faturamento, logo, não deve sofrer a incidência de tributos, que fica alocada em seus cooperados.
A respeito das aplicações financeiras, o presidente do Sistema OCB também reforçou que, com exceção das cooperativas de crédito, as aplicações financeiras efetuadas pelos demais modelos de cooperativa não estão inseridas no conceito de ato cooperativo previsto na legislação, resultando em ganho de capital para os cooperados e, consequentemente, sujeitos à tributação do imposto de renda.
“Ocorre que, diversamente do que acontece nos demais modelos societários em que é possível utilizar as deduções das despesas financeiras para apuração do resultado, nas cooperativas não tem sido admitido tais abatimentos, por força de uma interpretação equivocada da Súmula 262 do STJ. Tal entendimento fere os princípios constitucionais de isonomia, de apoio e estímulo ao cooperativismo, na medida em que impõe uma tributação mais gravosa a essas sociedades em relação a outros tipos societários”, explicou.
ENCAMINHAMENTO
Ao final do debate, que também contou com a participação do deputado José Silva (MG), integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), o Secretário sugeriu a criação de um grupo técnico de trabalho, entre a Receita Federal do Brasil e a OCB, a fim de debater o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo e o impacto da reforma tributária para o cooperativismo.
Brasília (24/6/19) – Um olho no presente e outro no futuro. É assim que a Cooperativa Regional de Eletrificação Rural do Alto Uruguai (Creral), do interior do Rio Grande do Sul, projeta seu crescimento. E um grande passo foi dado na última sexta-feira (21/6), quando os cooperados receberam o primeiro carro elétrico, que marca a renovação de toda a frota da cooperativa (50 veículos). A novidade faz parte de uma ação ambiental, cujo objetivo é buscar soluções de cuidado e preservação dos recursos naturais.
O veículo possui autonomia de 300 quilômetros, sistema de bateria Zero Emission 40 - método de carregamento que se adapta a diferentes níveis de potência, com motor elétrico, não emitindo poluentes, ruídos de motor ou de mudança de marcha.
Para o presidente da Creral, João Alderi do Prado, a troca dos veículos movidos a combustível fóssil pelos sustentáveis permite o uso da natureza de uma forma consciente e responsável, assegurando, assim, o futuro das próximas gerações.
“Estamos completando 50 anos sem nos esquecer de onde viemos e sabendo onde estamos e também aonde queremos chegar. Por isso, é necessário investir em novas tecnologias e o carro elétrico além de novidade é também uma forma de pensarmos em um futuro onde o meio ambiente e as futuras gerações não sejam prejudicados”, finalizou o presidente Alderi.
“Esse é só mais um exemplo de que atitudes simples podem transformar o mundo em um lugar mais justo, feliz, equilibrado e com melhores oportunidades para todos”, comentou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Brasília (13/6/19) – O resultado da atuação das cooperativas de crédito com produtos vinculados ao crédito rural foi destaque na edição do jornal Valor Econômico desta quinta-feira (13/6). Segundo o periódico, entre os planos safra 2013/2014 e 2018/2019, a participação delas no mercado financeiro cresceu de 9% para 17,2%.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, disse que a presença das cooperativas de crédito em municípios onde nenhum banco público ou privado está é uma das razões para o fenômeno. Já o economista da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antônio da Luz, afirma que as cooperativas de crédito são muito mais “leves” que os bancos tradicionais.
Márcio Freitas e Antônio Luz foram ouvidos pelo jornalista Cristiano Zaia, que, para compor a matéria, também entrevistou João Tavares, presidente do Banco Cooperativo Sicredi, e Marco Aurélio Almada, presidente do Bancoob.
Confira, abaixo, a íntegra da reportagem do Valor Econômico.
Cooperativas de crédito ganham força
Por Cristiano Zaia | De Brasília
Impulsionadas por uma estratégia concentrada nos principais polos do agronegócio espalhados pelo interior do país, as cooperativas de crédito viram seus desembolsos de crédito rural dobrarem nas últimas seis safras e superarem R$ 27 bilhões no ciclo atual (2018/19).
O avanço ultrapassa com folga o crescimento dos outros agentes que atuam nesse mercado e já incomoda tanto o Banco do Brasil, líder histórico no segmento, quanto as instituições privadas que também estão fortalecendo sua atuação no campo.
Com o crescimento, a fatia do ramo cooperativo no volume total de financiamentos liberados ao setor agropecuário saltou de 9%, na safra 2013/14, para 17,2% agora, de acordo com dados do Banco Central. O incremento médio, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), foi de 8,8% ao ano em valores deflacionados, enquanto o BB amargou queda de 3,4% ao ano e os bancos privados registraram baixa de 5,3% no intervalo.
E o avanço tende a continuar acelerado, sobretudo diante da maior concorrência no segmento estimulada pelo governo. Nesse contexto, o perfil mais simplificado de gestão, com executivos mais próximos dos cooperados e estrutura de gerência menor e menos burocrática, é uma das vantagens competitivas do setor cooperativista, de acordo com especialistas.
"As cooperativas de crédito são muito mais leves que os bancos tradicionais. Conseguiram furar o bloqueio de um grupo muito fechado de bancos e são, hoje, as que mais estão ganhando 'share' no crédito rural, crescendo a uma taxa de dois dígitos há um bom tempo", diz o economista Antônio da Luz, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Atualmente, 437 cooperativas de crédito atuam no segmento rural no país. Em cerca de 600 municípios, segundo dados da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), elas atuam praticamente sozinhas, e em boa parte com agências digitais. Márcio Freitas, presidente da entidade, reforça que em muitos casos essa atuação se dá onde não há nenhuma outra agência bancária. "Estamos ocupando espaços que, muitas vezes, os bancos não querem. E é aí que as cooperativas são mais competitivas", diz.
A maioria das cooperativas de crédito sempre emprestou aos produtores rurais por meio dos dois bancos cooperativos em operação no país (Bancoob e Sicredi). Mas há algumas que operam sem esses bancos. São as chamadas "solteiras", ligadas a cooperativas de produção, como a Credicoamo, que recentemente receberam aval para captar poupança para o crédito agrícola.
"Enquanto alguns bancos deixaram de crescer nos últimos anos, estamos inseridos na atividade econômica dos pequenos municípios, onde o agronegócio é pujante e tem ficado um pouco alheio às crises", afirmou ao Valor João Tavares, presidente do Banco Cooperativo Sicredi.
Guarda-chuva para 114 cooperativas de crédito, o Sicredi tem hoje 1,7 mil agências no país e mantém uma carteira de crédito rural de R$ 22,1 bilhões, ou 40% de toda sua carteira de crédito. Em 2018, o Sicredi cresceu 27,7% na comparação com o ano anterior.
Com forte atuação na região Sul, o Sicredi, que tem 81,2% de suas agências no meio rural, busca agora avançar em São Paulo, Minas Gerais e no Nordeste, e também em cidades onde é a única instituição financeira. Com boa penetração entre pequenos e médios produtores e "funding" baseado em poupança rural e depósitos à vista, o Sicredi vê um crescimento cada vez maior dos empréstimos com Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
No Bancoob, as LCA já despontam como principal fonte de recursos, o que comprova que os bancos cooperativos também estão antenados na maior demanda por recursos a juros livres com o patamar abaixo da taxa básica de juros (Selic). Oriundo de cooperativas do Sudeste, o Bancoob conta com uma carteira de R$ 15,2 bilhões no crédito agrícola e vem crescendo cerca de 14% ao ano nas últimas seis safras - das 430 cooperativas do sistema Sicoob, 80% operam com crédito rural.
"Nossa atuação no crédito rural, que era nada há 20 anos, fez empurrar o 'share' do BB para baixo. E estamos na frente dos privados, porque adquirimos uma experiência maior operando sistematicamente nesse setor em escala nacional há 22 anos", afirma Marco Aurélio Almada, presidente do Bancoob.
Brasília (12/6/9) – Representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras participaram do lançamento da Frente Parlamentar Mista da Mineração. A solenidade ocorreu no salão nobre da Congresso Nacional. O objetivo do grupo, que será coordenado pelo deputado Ricardo Izar (SP), é promover o desenvolvimento e o aprimoramento da legislação federal e das políticas nacionais sobre as questões relacionadas ao tema.
Durante o evento, o coordenador do Conselho Consultivo do Ramo Mineral, Gilson Camboim, conversou com o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Vidigal de Oliveira, que se mostrou entusiasmado com as cooperativas minerais e interessado em agendar uma reunião técnica com a OCB, o que deve ocorrer nos próximos dias.
Segundo Vidigal, o Brasil vive o momento para desenvolver o setor mineral, tanto é que tem vários programas e projetos a serem implementados ao longo dos próximos anos. Sobre a pequena mineração – que inclui as cooperativas – ele disse que o assunto é uma das prioridades do governo.
ACORDO DE COOPERAÇÃO
Na terça-feira, uma equipe da OCB esteve no Ministério de Minas e Energia onde se reuniu com o diretor de Desenvolvimento Sustentável da Mineração, Gabriel Mota Maldonado. A ideia foi mostrar o quanto o cooperativismo pode contribuir com o desenvolvimento do setor mineral. Um dos resultados da reunião foi que o Ministério solicitou a retomada de um acordo de cooperação, assinado em 2014, visando o debate de soluções para os gargalos enfrentados pelo setor.
FRENCOOP
O deputado federal (PR), Evandro Roman, que integra a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e que fará parte da frente do setor mineral, destacou que quanto mais se conhece a pequena mineração, mais é possível perceber suas necessidades. Segundo ele, um dos grandes focos da atuação da nova frente será a desburocratização de processos como a obtenção de licenças, por exemplo.
Brasília (12/6/19) – Uma das 250 mulheres mais poderosas do mundo (Fortune Magazine-2017), a brasileira Ana Maria Braga, conhecida dentro e fora do país por sua atuação como apresentadora de programas de culinária, acaba de selar uma parceria com a Coamo, a maior cooperativa agropecuária do país. Ela é a entrevistada da mais nova edição da Revista Coamo.
A apresentadora diz que a parceira com a Coamo começou quando recebeu uma carta do presidente da Coamo e se emocionou muito com todas as lutas e conquistas da cooperativa. “Depois pedi para conhecer cada produto e saber se realmente eles eram de qualidade. Isso tudo comprovado, selamos nossa história. Sempre digo que conquistar credibilidade demora uma vida e vi na Coamo a mesma responsabilidade e credibilidade, então não tinha o porquê não unir nossas histórias”, comenta.
Confira um trecho da entrevista!
Pela primeira vez em sua história, a Coamo elegeu uma personalidade para ser a embaixadora da sua linha alimentícia. Como se sente sendo a escolhida?
Muito prestigiada em ter sido escolhida por essa cooperativa que há décadas atua no Brasil e que escreve uma história com qualidade no que produz, reúne milhares de associados e com certeza ainda tem muito a crescer e se desenvolver. Estar junto nessa história me traz muito orgulho.
Neste ano, a parceria entre Alimentos Coamo e Ana Maria Braga foi renovada. Como foi o início dessa história? Como decidiu aceitar a proposta da Coamo?
A parceria começou com uma carta do presidente da Coamo que me emocionou muito com todas as lutas e conquistas da cooperativa. Depois pedi para conhecer cada produto e saber se realmente eles eram de qualidade. Isso tudo comprovado, selamos nossa história. Sempre digo que conquistar credibilidade demora uma vida e vi na Coamo a mesma responsabilidade e credibilidade, então não tinha o porquê não unir nossas histórias.
Qual tem sido a repercussão da parceria Alimentos Coamo e Ana Maria Braga?
Muito positiva, tenho retornos maravilhosos, inclusive de produtores que se sentem orgulhosos de sermos parceiros desse negócio. Os cooperados da Coamo sabem que o produto final só terá qualidade se o trabalho que começa no campo for também de qualidade e com a escolha das melhores sementes. Por isso, os Alimentos Coamo têm origem e todo o processo de produção é rastreado, conferindo segurança a esse produto final.
Para você que conhece bem o ramo alimentício, acredita que isso faz a diferença?
Com certeza, essa cadeia de produtividade consciente e com qualidade traz ao consumidor um produto que tem 100% de aproveitamento na hora do preparo de qualquer receita.
Qual a importância da agricultura para o desenvolvimento do Brasil?
A agricultura é um dos grandes pilares econômicos no Brasil, é de vital importância, pois mexe diretamente com o desenvolvimento do país. É inegável que se trata de uma área que requer muita atenção, não podemos perder de vista a competitividade. É preciso cada vez mais investimentos no universo rural.
Como observa a presença do cooperativismo impulsionando a economia, gerando empregos e qualidade de vida para milhões de brasileiros?
No Brasil e no mundo o cooperativismo só cresce e vejo que esse movimento permite que, com muita democracia, todos os envolvidos sejam donos do seu negócio. Os cooperados enfrentam as necessidades juntos, resolvem problemas em parceria. A união é uma ferramenta de sucesso das cooperativas.
REVISTA COAMO
Clique aqui para ler a entrevista na íntegra e acessar os outros conteúdos da Revista Coamo.
Brasília (10/6/19) – Uma comitiva moçambicana iniciou nesta segunda-feira, em São Paulo, uma imersão no sistema cooperativista brasileiro. A delegação é liderada pelo diretor executivo da Associação Moçambicana de Promoção do Cooperativismo Moderno (AMPCM), entidade par da OCB no país africano, Cecílio Valentim. Também participam da delegação representantes do governo de Moçambique.
A delegação visitou a sede da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), onde pôde conhecer o panorama do cooperativismo paulista. A comitiva também conheceu detalhes sobre a tributação de cooperativas no país. No período da tarde, a delegação visitou a Cooperativa Guarucoop, responsável pelo transporte de passageiros do estado de São Paulo.
MARCO LEGAL
Desde 2008, cooperativistas brasileiros e moçambicanos têm cooperado e trabalhado para o intercâmbio de boas práticas. A OCB, por exemplo, enviou a Moçambique juristas que apoiaram a construção do projeto da Lei Geral de Cooperativas de Moçambique.
Em 2009, o Parlamento de Moçambique aprovou a proposta de lei construída em parceria com os técnicos brasileiros. O projeto de lei que foi inspirado no marco legal do cooperativismo do Brasil (a Lei nº 5764/71) e foi aprovado por unanimidade pela Assembleia Geral de Moçambique. Aquela foi a primeira vez na história do país em que uma proposta de lei apresentada pela sociedade civil recebeu os votos unânimes do parlamento.
No marco dos 10 anos da aprovação da Lei Geral de Cooperativas, que permitiu a criação da entidade de representação do cooperativismo, a comitiva volta ao Brasil para uma imersão. A iniciativa subsidiará informações para a proposta de aprimoramento do marco legal tributário voltado para cooperativas em Moçambique.
AGENDA
Com o objetivo de conhecer boas práticas em cooperativismo no Brasil, manterá reuniões e visitas nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, durante uma semana de imersão. A viagem é apoiada pela OCB, no âmbito da cooperação bilateral mantida há 11 anos com o movimento cooperativista moçambicano.
Rio de Janeiro (7/6/19) – O Sistema OCB/RJ irá reunir, no dia 13 de junho, das 10h às 17h, lideranças do cooperativismo, deputados e assessores parlamentares no salão nobre da Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro (Alerj) para promover o Rio+Coop. O evento contará com exposição de produtos, serviços e um café com parte dos alimentos produzidos por cooperativas.
Com o objetivo de fortalecer a relação institucional entre o Poder Legislativo e o cooperativismo, a iniciativa é fruto de uma parceria com o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Rio de Janeiro – órgão da Alerj – e será a primeira do Projeto Casa Aberta, cujo foco é criar espaços para a interação entre os deputados e as mais de 50 instituições integrantes do Fórum.
MADE IN COOP
Para gerar curiosidade e promover o cooperativismo, o setor de Relações Institucionais e Governamentais do Sistema OCB/RJ montou um brinde exclusivo para os parlamentares com produtos e material promocional de cooperativas que será entregue como convite para o evento. Ao todo, serão distribuídos 80 caixotes de feira com café, leite longa vida, goiabada, doce de leite, requeijão e brindes como canetas, um dvd com o premiado documentário De Volta, gibis com historinhas sobre educação financeira e outros itens.
“A proposta do Rio+Coop é mostrar como a parceria com o Poder Legislativo tem potencial para gerar desenvolvimento socioeconômico e fazer o Rio de Janeiro crescer novamente, junto com o cooperativismo. Estaremos ao longo do dia 13 de junho à disposição para conversar com as equipes de gabinete, além dos próprios parlamentares, sobre nossa atuação em projetos de lei que impactem as cooperativas e o relançamento da Frencoop fluminense.” (Fonte: Sistema OCB/RJ)
Curitiba (10/6/19) – Dando continuidade às atividades do Programa de Educação Política do Cooperativismo Paranaense, o parana.coop+10, o Sistema Ocepar realizou, na manhã desta segunda-feira (10/6), na sede da entidade, em Curitiba, a primeira reunião técnica com a presença parlamentares paranaenses eleitos no ano passado e que integram a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), entre os quais 11 deputados federais e um senador.
O encontro ocorreu com a participação do presidente da Frencoop, deputado federal pelo Espírito Santo, Evair Viera de Melo, e de diretores da Ocepar e Fecoopar e do Conselho de Administração do Sescoop/PR. “Estamos aqui com todo o comando do Sistema Ocepar, com integrantes das três entidades representam os mais de 1,8 milhão de cooperados do Paraná”, afirmou o presidente o Sistema Ocepar, José Roberto Ricken.
“A reunião de hoje tem como objetivo de melhorar a sintonia do cooperativismo com os deputados e senadores paranaenses que integram a Frente, para que eles possam nos representar no Congresso Nacional. E a presença dos parlamentares no evento superou nossas expectativas”, destacou no início do encontro. Na oportunidade, os participantes receberam um documento com os principais projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que impactam direta ou indiretamente nas atividades do cooperativismo.
EDUCAÇÃO POLÍTICA
O líder cooperativista lembrou que em 2018 o Sistema OCB lançou um programa de educação política que contou com a adesão do Sistema Ocepar e aqui ganhou o nome de “parana.coop+10”, cujo propósito foi estimular o voto consciente e fortalecer a Frencoop. Uma das ações do programa paranaense foi envolver todo o público ligado às cooperativas por meio de uma rede de comunicação.
“Os parlamentares que estão aqui participaram do programa, foram eleitos e hoje compõem a Frente”, disse Ricken. “Mas permanecemos abertos à adesão de mais parlamentares. Nossa intenção é dar atenção especial à Frente e realizar outro evento como esse em Brasília, invertendo os papéis. Hoje, nós ouvimos os parlamentares. Da próxima vez, o espaço será aberto para as nossas lideranças se manifestarem. E, no próximo semestre, iremos organizar uma outra reunião como essa. No Paraná, vamos também nos reunir com os deputados estaduais”, frisou.
EXEMPLO
Também presente ao evento, o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, afirmou ser fundamental esse trabalho de aproximação com os parlamentares. “Foi muito assertivo convidá-los para esse encontro com a diretoria do Sistema Ocepar. Parabéns ao Paraná por essa quebra de paradigma. Mais uma vez, vocês estão inovando. O parana.coop+10 teve uma efetividade muito grande. Foi muito importante e queremos extrapolar essa experiência e irradiá-la para as em outros estados”, disse.
PRIORIDADES
Já a gerente de relações institucionais da OCB, Fabíola Motta, falou sobre o papel de representação do cooperativismo no Congresso Nacional, explicando como a entidade faz o acompanhamento das matérias em tramitação no Congresso.
“Nós nos organizamos em âmbito nacional para trabalhar em prol do desenvolvimento do cooperativismo. Junto aos parlamentares, nós sugerimos propostas, apresentamos estudos técnicos relacionados às matérias e mostramos os impactos dos projetos em tramitação para o setor. Somente em 2018, havia 1.415 projetos de lei que impactavam o cooperativismo de alguma forma”, destacou.
Ela também apontou alguns dos alguns dos temas de interesse do setor, entre os quais, o ato cooperativo (PLP 271/2005), a lei geral das cooperativas (PL 519/15), a Lei Kandir (PL 42/2019), a reforma da Previdência (PEC 6/2019, a reforma tributária (PEC 293/2004), entre outros.
PRONUNCIAMENTOS
Na sequência, houve o pronunciamento de todos os parlamentares presentes à reunião promovida pelo Sistema Ocepar: professor Oriovisto, Rubens Bueno, Aline Sleutjes, Leandre Dal Ponte, Evandro Roman, José Schiavinato, Gustavo Fruet, Cristiane Yared, Pedro Lupion, Luiz Nishimori, Ricardo Barros e Sergio Souza.
O senador Flavio Arns não pode comparecer por problemas de saúde na família e foi representando pelo chefe de gabinte no Paraná, Rafael Bertoldi. O evento contou ainda com a presença do deputado estadual, Marcelo Micheletto, e do ex-deputado Luiz Carlos Hauly, que atualmente presta assessoramento à OCB em questões tributárias.
A FRENCOOP
Composta ao todo por 264 deputados, dos quais 22 do Paraná, e 37 senadores, entre eles, três paranaenses, a Frencoop tem a missão de pautar os temas de interesse do cooperativismo no Congresso, divulgando e defendendo as principais ações para o desenvolvimento do setor no país.
Tem o principal objetivo de garantir um ambiente favorável para que o cooperativismo possa se desenvolver. Isso pode ocorrer por meio de votações de projetos no Poder Legislativo ou no processo de formulação de normativos e de políticas públicas do governo. Periodicamente, a Diretoria Executiva da OCB se reúne com a Diretoria da Frencoop, em Brasília, para definir prioridades.
REVISTA PR COOPERATIVO
A partir da edição de julho, a revista Paraná Cooperativo irá publicar uma seção com a divulgação das atividades dos parlamentares paranaenses na Frencoop. As informações serão coletadas com apoio das assessorias dos deputados e senadores que integram a Frente. O próximo número da publicação trará ainda uma reportagem especial sobre o evento ocorrido nesta segunda-feira, em Curitiba. (Fonte: Sistema Ocepar)
Brasília (6/6/19) – Intercooperação, troca de experiências e relacionamento interpessoal. Essas são as palavras de ordem que norteiam a primeira Jornada da Rede Técnica Cooperativa (RTC). Além de reunir um público de quase 700 pessoas, o evento que ocorre desde quarta-feira, no Rio Grande do Sul, conta com a participação dos presidentes Márcio Lopes de Freitas (Sistema OCB) e Vergílio Perius (Sistema Ocergs).
A RTC foi criada em 2018 e congrega as áreas técnicas de pesquisa e mercado de 32 cooperativas agropecuárias gaúchas – responsáveis por cerca de 50% da safra de grãos do estado. O objetivo da rede é criar um corpo de pesquisa integrado que dê suporte às cooperativas, otimizando custos e a aplicabilidade dos estudos desenvolvidos e, por fim, permitindo a troca de ideias e compartilhamento de informações.
Para Márcio Freitas, a ideia da rede merece ser estimulada em todo o país. “A ideia é fenomenal. Ela compõe uma rede de cumplicidade na base mais importante de uma cooperativa: seus técnicos. O principal elo com seu o cooperado são os extensionistas – engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas, veterinários, por exemplo. Então, quando uma iniciativa como essa, da RTC, consegue reunir cooperativas para compor uma rede, cria um ambiente de intercooperação para trocar experiências e informações. Também cria um cenário propício para que todos se conheçam e se tornem amigos. E a soma desses dois elementos gera oportunidades de a cooperativa ser muito mais sustentável, graças aos laços de relação humana criados. Eu acredito que a ideia da Rede Técnica Cooperativa merece ser propagada para o Brasil inteiro.”
Segundo Freitas, o grande salto da agropecuária brasileira se deu graças ao trabalho individual de pesquisadores, técnicos, produtores e curiosos. “O agronegócio é o sustentáculo da economia brasileira, mas dá para fazer mais”, salientou, reforçando a ideia da criação de uma rede única como o que está sendo proposto no RS. “Essa é uma rede de intercâmbio humano. O diferencial do cooperativismo não está na soja, no milho ou no leite, mas em lidar com gente”, citou. Na opinião da liderança, “o cooperativismo é o caminho da chamada Sociedade Y, da quarta revolução, que quer muito mais um relacionamento na hora de consumidor, do que um produto ou serviço simplesmente”.
APOIO
Anfitrião do encontro, o diretor-presidente da CCGL, Caio Vianna, confia no sucesso da RTC principalmente pelo respaldo que vem das pessoas que apoiam o projeto. “Temos certeza que vai ter um antes e depois dessa iniciativa. Porque essa é a maior força transformadora do campo. O Rio Grande do Sul é próspero em formar pessoas, exportar tecnologia e desbravar”, ressaltou. Ele lembrou que o objetivo final de todo o trabalho não é apenas elevar a produtividade, mas obter maior rentabilidade.
Os ganhos que vêm desse compartilhamento também foram enaltecidos pelo presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (FecoAgro/RS), Paulo Pires. “A rede vem levar ao produtor tecnologia para que ele possa ter mais renda. Juntas, as cooperativas podem e vão construir um mundo melhor para a razão de ser de nossos associados”, ressaltou.
REALIZAÇÃO
A 1ª Jornada da Rede Técnica Cooperativa tem o apoio da CCGL, Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (FecoAgro) e Sistema Ocergs e patrocínio dos terminais Termasa/Tergrasa. (Com informações da assessoria de imprensa do evento)
Brasília (5/6/19) – Representantes do Sistema OCB participam de hoje até sexta-feira do 16º encontro do Núcleo Nacional das Entidades Integrantes do Sistema S, que ocorre em São Paulo (SP). Durante o evento, são debatidos os assuntos jurídicos aplicados aos serviços sociais autônomos, foco das entidades do Sistema S.
Dentre os temas propostas à discussão estão aspectos que envolvem inovações na legislação, posicionamentos do Tribunal de Contas da União, da Controladoria Geral da União, dos tribunais superiores e da doutrina especializada.
Nesta edição, acompanhando as principais orientações e apontamentos dos órgãos de controle, a temática central diz respeito à gestão de riscos, tema recorrente no TCU, contratação direta, sistema de registro de preços, gestão e fiscalização de contratos e a extensão da responsabilidade dos profissionais envolvidos nas contratações.
Segundo o assessor jurídico do Sescoop, Aldo Guedes, o núcleo do Sistema S é um marco para os Serviços Sociais Autônomos e, em especial para o Sescoop. “Ele proporciona um amplo e transversal debate de diversas temáticas relacionadas aos aspectos polêmicos do Regime Jurídico do Sistema. É um momento ímpar para a atualização e a troca de experiências”, avalia o advogado.
Brasília (5/6/19) – O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, se reuniu com o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do MAPA, Fernando Schwanke, o Diretor de Cooperativismo e Acesso à Mercados da Secretaria, Márcio Madalena, e o presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica Rural (Anater), Ademar Silva Junior. A reunião ocorreu na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília, nesta terça-feira, 4/6.
Foram discutidas questões relacionadas à importância do Plano Safra para o setor produtivo, previsto para ser divulgado na semana que vem, e sobre a necessidade da multiplicação de boas práticas cooperativas, por meio da intercooperação técnica e de negócios.
EXTENSÃO RURAL
As lideranças também debateram questões ligadas à importância da inovação e tecnologia para a assistência técnica e extensão rural, principalmente para o alcance dos pequenos e médios produtores.
O presidente do Sistema OCB destacou a relevância da presença de cooperativas na oferta de assistência técnica aos produtores rurais cooperados e, também, no acesso às políticas públicas voltadas ao agricultor familiar.
REPRESENTATIVIDADE
A participação das cooperativas no PIB do agronegócio é de cerca de 11%. Elas também respondem por 21% da capacidade estática de armazenagem de grãos do país e, ainda, por 19,7% da assistência técnica rural, segundo informações do IBGE.
Brasília (4/6/19) – A extração da loteria federal do dia 6 de julho homenageará o Dia de Cooperar (Dia C). A Caixa Econômica Federal é um dos parceiros do movimento realizado pelas cooperativas brasileiras e, pelo terceiro ano consecutivo, divulga a marca para todo o país, mostrando que também acredita no papel transformador das atitudes simples.
Segundo a Caixa, o bilhete começou a ser distribuído nas casas lotéricas de todo o país na semana passada e já podem ser adquiridos. O prêmio principal da extração nº 5.403-8 é no valor de R$ 500 mil. No total, 100 mil bilhetes concorrem aos prêmios. O sorteio dos números da sorte ocorre a partir das 19h do dia 6 de julho, quando as cooperativas celebram o Dia C e, também, o Dia Internacional do Cooperativismo – efeméride que ocorre em mais de 100 países simultaneamente, no primeiro sábado dos meses de julho.
SOBRE O DIA C
O Dia C é um grande movimento nacional de estímulo às iniciativas voluntárias diferenciadas, contínuas e transformadoras, realizadas por cooperativas, com o irrestrito apoio do Sistema OCB e de suas unidades estaduais, e faz parte da agenda estratégica do cooperativismo brasileiro. A ideia surgiu em Minas Gerais, há 10 anos, e está alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, objetivando a erradicação da pobreza extrema no mundo até 2030. Todos os anos, cerca de 1,5 mil cooperativas beneficiam mais de dois milhões de pessoas, por meio do trabalho de quase 121 mil voluntários.
ATENDIMENTO A IMPRENSA
Para saber mais sobre o Dia de Cooperar basta falar comigo. Meu nome é Jamile e meu telefone é 3033-6088.
Brasília (4/6/19) – O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, participou nesta terça-feira, em Campinas (SP), da abertura do Encontro Nacional das Cooperativas Agropecuárias, realizado pelo Grupo Conecta, com apoio da OCB. O evento vai até amanhã e reúne centenas de lideranças do setor agropecuário para debater questões como aceleração do crescimento, governança, tecnologias digitais e, ainda, finanças e gestão de risco nas cooperativas.
A programação conta com discussões, palestras práticas e inovadoras e networking com grandes players do mercado. O encontro recebe palestrantes renomados como o jornalista Ricardo Amorim, que apresenta uma leitura clara e objetiva de grandes tendências e transformações futuras da economia mundial e brasileira, além de as oportunidades e riscos que elas criam para o público.
Também compõe a lista de palestrantes o jornalista Alexandre Garcia, que faz uma análise do mundo da política e da sociedade contemporânea, Max Gehringer, administrador de empresas, escritor articulista da revista Época, apresentador de quadro semanal no programa Fantástico, da Rede Globo e comentarista na Rádio CBN e o ex-ministro da Agricultura, o engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues, que também é embaixador especial da FAO para o cooperativismo e grande defensor da agropecuária brasileira.
O encontro conta ainda com a participação dos presidentes de grandes cooperativas: Dilvo Grolli, da Coopavel; Fernando Degobbi, da Coopercitrus; Luiz Carlos Chiocca, da Coopercampos; Carlos Paulino, da Cooxupé. Eles apresentam cases e participam das discussões sobre os desafios enfrentados pelo setor.
Clique aqui para saber mais.
Brasília (31/5/19) – Inovação, transformação digital, sucessão e a gestão do amanhã. Essas são as premissas do Encontro dos Ramos do Cooperativismo de Rondônia, que começou nesta quinta-feira e vai até sábado. O evento é realização pelo Sistema OCB/RO na cidade de Cacoal e tem foco no desenvolvimento sustentável das cooperativas. O encontro contou com a participação do superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, e da gerente de Relações Institucionais da Organização das Cooperativas Brasileiras, Fabíola Motta.
Ao longo de todo o encontro, as lideranças cooperativistas de Rondônia debatem, por exemplo, o futuro do agronegócio, os desafios e as melhores formas de se promover a sucessão familiar, incluindo e valorizando a liderança do jovem no ambiente cooperativo e, ainda, aspectos que envolvem a ação de inovar e a transformação digital como fator competitivo.
A programação desta sexta-feira contou com uma contextualização acerca das cooperativas brasileiras junto aos Três Poderes e, ainda, como a OCB, a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) contribuem com o desenvolvimento desse modelo de negócios. O conteúdo foi apresentado por Fabíola Motta.
Durante sua participação no evento, Renato Nobile discorreu sobre o cooperativismo do futuro e, ainda, sobre os grandes marcos históricos que mudaram, em escala global, o jeito de pensar, planejar, produzir e consumir. Segundo ele, somos convidados, todos os dias, a inovar.
“Desde a revolução industrial, passando pelo surgimento do cooperativismo há cerca de 200 anos, até o período atual, quando se vive a era da robótica, da automação e da inteligência artificial a palavra que move a humanidade é, sem dúvida, inovação. Não podemos mais continuar fazendo as mesmas coisas do mesmo jeito. O consumidor quer ter a certeza de levar para casa opções que impactam positivamente tanto a sociedade quanto o meio ambiente. Eles não querem mais um produto ou serviço, simplesmente. Querem fazer parte de um ciclo de consumo responsável e ético, especialmente onde todo mundo ganha. E isso é o que o cooperativismo faz.”
O superintendente também aproveitou a oportunidade para convidar as cooperativas rondonienses a conhecerem e usarem o carimbo do Movimento SomosCoop. Segundo ele, essa campanha nacional surgiu há quase dois anos e tem dois objetivos muito bem definidos: promover o orgulho de ser cooperativista naqueles que já vivenciam a cooperação todos os dias e mostrar para a sociedade que o cooperativismo é um movimento capaz de transformar realidades, por meio da geração de trabalho, emprego e renda.
“Depois de apresentamos o movimento SomosCoop às nossas quase 7 mil cooperativas e de promovermos ações que se vinculam ao primeiro objetivo, lançamos o carimbo do movimento. A intenção é tornar mais fácil a identificação dos produtos e serviços com DNA cooperativista para que, assim, a sociedade possa reconhecer o valor de escolher o que vai consumir, de forma consciente e sabendo que, por traz de um rótulo, há os rostos de famílias que trabalham todos os dias em prol do desenvolvimento do Brasil”, conclui Nobile.
Brasília (30/5/19) – Representantes do Sistema OCB mostraram, nesta quinta-feira (30), o que é que o cooperativismo brasileiro tem, durante dois eventos internacionais: a Conferência da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), realizada em Quebec, no Canadá, e a sexta edição da Conferência do Comitê Técnico da ACI-Africa, no Zimbábue.
As gerentes do Sescoop Susan Miyashita Vilela (Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas) e Giulianna Fardini (gerente de Controladoria) apresentaram o resultado de um diagnóstico de governança, realizado junto às cooperativas brasileiras entre 2013 e 2017, com o objetivo de destacar os pontos críticos de aspectos como conformidade, relacionamento com cooperados e questões relacionadas aos valores e princípios cooperativos.
Para obterem os resultados, dois questionários foram utilizados, com foco em aspectos legais da governança, segundo a legislação brasileira e, ainda, nos processos de governança baseado nos valores e princípios que norteiam a atuação das cooperativas em todos os países onde o movimento cooperativista existe de forma estruturada.
SAÚDE
Já o analista técnico e econômico da OCB, Hugo Andrade, apresentou informações sobre as cooperativas médicas e odontológicas do país, destacando números, organização sistêmica, legislação, regulação e cenários com oportunidades e desafios.
Segundo ele, o Brasil é referência nesse modelo. Além de ser pioneiro no setor, o país conta com o maior número de cooperativas dedicadas à preservação e à promoção da saúde humana. Para se ter uma ideia da dimensão, mais de 800 cooperativas, com 240 mil cooperados, são responsáveis, há 50 anos, por atender mais de 22 milhões de brasileiros, que residem em todo o território nacional.
“O Sistema Unimed e o Sistema Uniodonto são os maiores do mundo e vale destacar que as cooperativas brasileiras contribuem diretamente com a interiorização da mão-de-obra médica, geram emprego e uma receita aproximada da ordem de R$ 65 bilhões”, argumenta.
AVALIAÇÃO
Na avaliação do superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, a participação do Brasil nesses dois eventos, a convite da própria ACI, mostra a relevância de se estar sempre atento ao que há de mais moderno em termos de tendência de cenários, legislação, regulação, gestão e desenvolvimento profissional. “Esse é o reconhecimento internacional de que estamos no caminho certo, fazendo com muita responsabilidade e transparência o nosso dever de casa”, enfatiza a liderança.
Brasília (23/5/19) – No cooperativismo a teoria anda de mãos dadas com a prática e um grande exemplo foi a webconferência realizada entre o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e a Universidade Federal de Viçosa. Alunos recém-chegados ao curso de Cooperativismo tiveram a oportunidade de falar sobre carreira, mercado de trabalho, desafios e possibilidades com a gerente de Desenvolvimento Social de Cooperativas do Sistema OCB, Geâne Ferreira, e com os analistas Gleice Morais e Guilherme Gonçalves – os três são ex-alunos da instituição.
Durante o bate-papo, os cooperativistas também comentaram sobre as competências necessárias para ocupar algum cargo nas cooperativas brasileiras. Para eles, o cooperativismo é um segmento econômico repleto de oportunidades e que vem ganhando força nos últimos anos, graças às constantes transformações no perfil dos consumidores, cada vez mais preocupados em levar para casa o conceito de sustentabilidade junto com o produto ou serviço que escolhem.
Eles explicaram, ainda, que um dos grandes desafios das cooperativas, atualmente, é manter o equilíbrio entre o social e econômico. Ter profissionais qualificados que possam atuar nas diversas áreas das cooperativas, contribuindo para o seu desempenho, é um dos diferenciais que um curso focado no cooperativismo pode impulsionar. “Para isso, é fundamental que os alunos estejam antenados com as novas tendências, ferramentas e demais temas que estão em evidência”, reforça o analista de Desenvolvimento Social do Sistema OCB, Guilherme Gonçalves.
O convite para a reunião virtual partiu da própria UFV. Segundo o professor Alair Freitas, iniciativas como essa oportunizam aos estudantes a interação com profissionais do sistema cooperativista e amplia suas percepções a respeito da dinâmica de trabalho e sobre o engajamento no movimento cooperativista.
“Isso permite a eles aprenderem sobre a organização e atuação do Sistema OCB, por exemplo, bem como demandas latentes do cooperativismo brasileiro e perfil/habilidades requeridas dos profissionais para trabalharem com a promoção do cooperativismo, na gestão de cooperativas. Especialmente para os calouros do curso, a iniciativa é motivadora e amplia as perspectivas para pensarem em suas carreiras ligadas ao setor desde o início de suas trajetórias acadêmicas”, avalia o professor, responsável pela iniciativa.
O CURSO
O curso teve início na Universidade Federal de Viçosa há 44 anos. Os profissionais formados naquela época recebiam o título de tecnólogo em cooperativismo. Depois passou por adequações para seguir a realidade brasileira, tendo se transformado, em 1991, em Bacharelado em Administração com habilitação em administração de cooperativas e, em 2001, sua denominação passou a ser Bacharelado em Gestão de Cooperativas. Todos esses, oportunamente reconhecidos pelo MEC, são percursores do atual curso Graduação em Cooperativismo.
Brasília (23/5/19) - O agronegócio brasileiro começou 2019 sustentando o ânimo em alta. O Índice de Confiança (IC-Agro) do setor fechou o 1º trimestre em 111,9 pontos. Esse é o segundo melhor resultado da série histórica, apesar do recuo de 3,9 pontos em relação ao recorde do 4º trimestre de 2018, que registrou 115,8 pontos. De acordo com a metodologia do estudo, há otimismo quando o indicador está acima de 100 pontos – abaixo dessa marca, o ambiente é pessimista. O IC Agro é um indicador medido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
O entusiasmo persiste principalmente devido aos produtores, que se mantêm confiantes com as condições gerais da economia brasileira, apesar das dificuldades iniciais do novo governo em levar adiante reformas importantes como a da Previdência. O fato é que o agronegócio é tema frequente, com abordagem quase sempre positiva nas manifestações do presidente e dos ministros, com alguns avanços em áreas relevantes. “Iniciativas na infraestrutura por meio da concessão de investimentos para a iniciativa privada, além de posicionamentos da área ambiental que reconhecem os avanços conquistados pelo setor, são exemplos que dão sustentação à percepção positiva”, avalia Roberto Betancourt, diretor-titular do departamento do agronegócio da Fiesp.
O otimismo permeou também o ambiente das indústrias ligadas às cadeias agropecuárias, levando o Índice de Confiança da Indústria (Antes e Depois da Porteira), a marcar 113,6 pontos no 1º trimestre do ano. Mesmo com o bom resultado, houve queda de 3,7 pontos em relação ao trimestre anterior, fruto de um recuo nas expectativas relacionadas às condições da economia brasileira.
Essa retração foi mais intensa para as indústrias situadas a montante do setor agropecuário. No entanto, apesar do recuo de 7,7 pontos, o Índice de Confiança das Indústrias situadas Antes da Porteira, fechou o período avaliado em 115,2 pontos, e se mantém na faixa considerada otimista. “A queda se deve, em parte, ao avanço lento das vendas de insumos agropecuários para a próxima safra de verão nas regiões onde a negociação costuma ocorrer com maior antecipação, como o Centro-Oeste e o Mapitoba. Com as relações de troca dos insumos em níveis desfavoráveis, os produtores rurais mostraram pouca disposição para fechar as compras”, observa Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Já o bom desempenho de setores como o de máquinas e equipamentos agrícolas no 1º trimestre ajudou a sustentar o otimismo desse resultado: segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas de máquinas agrícolas no mercado interno nos três primeiros meses de 2019, em comparação com o mesmo período de 2018, subiram 21%, desempenho puxado pelas vendas de colheitadeiras de grãos (+58%).
O Índice de Confiança da Indústria Depois da Porteira se manteve mais estável em relação ao trimestre anterior. O indicador marcou 112,9 pontos, uma queda de apenas 2 pontos. Os ânimos esfriaram um pouco em relação às condições atuais da economia – algo até natural, tendo em vista o forte otimismo demonstrado no final do ano passado. Observa-se, no entanto, um descolamento quanto às expectativas para os próximos meses, mais positivas, a partir da crença na aprovação de reformas, como a previdenciária. “É bom lembrar também que há nesse grupo a participação dos frigoríficos, que estão sendo beneficiados pela reabertura de mercados e pela perspectiva de aumento nas exportações devido ao avanço dos casos de Febre Suína Africana na China, em um momento em que o câmbio é favorável à exportação e se espera uma segunda safra recorde de milho, fator que também estimula o otimismo entre as empresas de logística”, explica Betancourt.
Quanto ao setor agropecuário, os produtores rurais continuaram mostrando entusiasmo com a economia brasileira, o que fez o Índice de Confiança desse grupo permanecer na faixa considerada otimista pelo estudo, em 109,5 pontos — apesar da queda de 4,3 pontos sobre o último trimestre do ano passado. Os ânimos esfriaram um pouco principalmente por questões relacionadas às condições do negócio, como o crédito e a produtividade.
Entre os produtores agrícolas, o primeiro trimestre do ano fechou com expectativas mais moderadas do que no fim de 2018, mas ainda bastante otimistas. Seu Índice de Confiança foi de 110,7 pontos, 4,6 pontos a menos do que no levantamento anterior. “Um dos aspectos que contribuíram para esse recuo foi a produtividade das lavouras de soja, que não repetiram os recordes da safra passada, principalmente em regiões afetadas pela seca do início do ano, como o Oeste do Paraná e o Sul do Mato Grosso do Sul”, aponta Freitas. A avaliação sobre o crédito foi outro item que teve retração acentuada em relação ao trimestre anterior: “a queda de 19% no volume de recursos liberado para o pré-custeio agrícola influenciou de forma negativa os ânimos dos produtores. Em termos de cultura, destaca-se a redução no volume de recursos da soja (-35%), cana-de-açúcar (-13%) e milho (-12%)”, complementou Freitas.
É importante notar que as entrevistas para o estudo foram realizadas em um momento em que os preços aos produtores ainda não haviam recuado com a intensidade que ocorreu em abril. Além disso, na época, muitos agricultores sustentavam uma expectativa de que os custos com insumos poderiam melhorar ao longo do ano, mas isso até agora não aconteceu. Esses dois aspectos – preços em queda e custos em alta – poderão ser destaques no relatório do 2º trimestre.
Entre os pecuaristas, a confiança chegou a 106,1 pontos, queda de 3,5 pontos. Apesar do recuo, é a primeira vez em que o indicador dos pecuaristas se mantém na faixa considerada otimista por dois trimestres consecutivos. Essa ligeira perda de confiança foi em parte compensada por uma melhora relativa dos ânimos em áreas que não vinham tão bem avaliadas nos trimestres anteriores. Uma delas diz respeito aos preços, que de fato se mantiveram em níveis um pouco melhores do que em períodos recentes, especialmente no caso do leite, cujo preço bruto médio pago ao produtor foi 30% maior no primeiro trimestre de 2019, em comparação à idêntico período do ano anterior, segundo dados do Cepea/Esalq-USP.
Brasília (28/5/19) – A Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) é uma das nove entidades sindicais a entregarem uma carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro manifestando apoio às reformas, em especial, à da Previdência. A audiência ocorreu nesta terça-feira, no Palácio do Planalto, e contou com a presença de ministros, dentre eles Paulo Guedes (Economia) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil).
Segundo o documento, as entidades reconhecem a coragem e o patriotismo do presidente em conduzir os ajustes na Previdência Social brasileira o que, segundo elas, trata-se de imprescindível prioridade do governo. “Confiamos também no apoio e no bom senso do Congresso Nacional que, atento ao senso de urgência da situação, certamente irá aprovar uma Previdência justa e sustentável”, consta em trecho do documento.
REPRESENTATIVIDADE
Além do presidente da CNCoop, Márcio Lopes de Freitas, quem também assinou o documento foram os seguintes presidentes:
- João Martins da Silva Junior, da Confederação Nacional da Agricultura, Pecuária do Brasil;
- José Roberto Tadros, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo;
- Robson Braga de Andrade, da Confederação Nacional da Indústria;
- José Ricardo da Costa Aguiar Alves, da Confederação Nacional das Instituições Financeiras;
- Vander Costa, da Confederação Nacional dos Transportes;
- Márcio Coriolano, Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização;
- Breno de Figueiredo Monteiro, da Confederação Nacional da Saúde;
- Gláucio Binder, da Confederação Nacional da Comunicação Social;
- Daniel Kluppel Carrara, diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
Brasília (28/5/19) – Pelo menos uma em cada sete pessoas no mundo está ligada ao cooperativismo. O dado é da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) que afirma: em mais de 100 países, as cooperativas transformam realidades, por meio da geração de trabalho, emprego e renda, atuando nos mais diversos setores econômicos.
O modelo de negócios é tão bem-sucedido que, cada dia mais, inspira pesquisadores acadêmicos a estudar os aspectos que envolvem a rotina de uma cooperativa e, aqui no Brasil, essa regra não é diferente. É por isso que o Sistema OCB, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) realiza o Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo, mais conhecido como EBPC.
O evento é uma excelente forma de mostrar o resultado das pesquisas desenvolvidas em todos as regiões do país. Neste ano, o evento ocorrerá entre os dias 9 e 11 de outubro, em Brasília.
SELEÇÃO DE TRABALHOS
E, para apresentar seu trabalho, o pesquisador deve submeter seu material à avaliação de uma banca julgadora. As submissões terminam no dia 7 de junho. “Os autores selecionados virão à Brasília com todas as despesas pagas para mostrar que teoria e prática podem caminhar de mãos dadas”, conta o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile. Confira na entrevista.
Qual o objetivo do EBPC?
Nossa intenção tem, na verdade, dois vieses. O primeiro deles é estimular o desenvolvimento de pesquisas científicas sobre as cooperativas, aproximando, assim, a academia do movimento cooperativista. O segundo, é contribuir com o crescimento do setor e, consequentemente, do país. Neste ano realizaremos a quinta edição do EBPC e o nosso tema norteador será Negócios sustentáveis em cenários de transformação.
Vale destacar que serão considerados válidos os trabalhos que estejam correlacionados com pelo menos um dos seguintes eixos: Identidade e Cenário Jurídico; Educação e Aprendizagem; Governança, Gestão e Inovação; Capital, Finanças e Desempenho; Impactos Econômicos, Sociais e Ambientais.
Como os pesquisadores podem mostrar o resultado de suas pesquisas?
A participação dos pesquisadores é essencial. Sem eles, não temos EBPC, por isso estimulamos tanto que eles inscrevam seus trabalhos. Os interessados têm até o dia 7 de junho para submeter seu material. Cada autor pode participar com até três artigos, sendo que cada um dos materiais pode ter no máximo cinco escritores. Os autores selecionados virão à Brasília com todas as despesas pagas para mostrar que teoria e prática podem caminhar de mãos dadas.
Quando o resultado dessa seleção deve ser divulgado?
A previsão é de que o resultado da seleção seja divulgado no dia 16 de agosto, no site do Sistema OCB (www.somoscooperativismo.coop.br/EBPC). Estamos muito confiantes, porque, a cada edição, aumenta o número de trabalhos inscritos e, também, a relevância deles para o desenvolvimento das cooperativas do nosso país.
Ah, uma outra informação muito importante é que os interessados em participar do EBPC com um trabalho voltado ao cooperativismo de crédito também poderão se inscrever no Prêmio ABDE-BID 2019 (categoria: Desenvolvimento e cooperativismo de crédito). Os dois primeiros colocados terão os artigos publicados em livros e receberão, respectivamente, o prêmio de R$ 8 mil e R$ 4 mil. Um detalhe muito importante: para participar do ABDE-BID (com inscrições até 30 de junho) é necessário também participar do EBPC (com inscrições até 7 de junho). Por isso, o pesquisador deve estar atento aos prazos!
A que atribui o crescimento das pesquisas acadêmicas relacionadas ao cooperativismo?
Bom, para responder a essa pergunta, é importante notar que as cooperativas têm aumentado sua participação na economia e, quanto mais somos vistos, mais somos lembrados. Além disso, acredito que as universidade e faculdades sempre deram atenção ao cooperativismo.
Há exemplos na história de que o nosso modelo econômico já foi muito estudado. No estado de São Paulo, por exemplo – que é de onde eu venho, o atual Instituto de Cooperativismo e Associativismo (ICA) já foi um órgão do governo, vinculado à USP. Hoje não é mais.
Outro exemplo é a Universidade Federal de Viçosa que, desde a década de 60, tem o programa de pós-graduação em Economia Aplicada e de Extensão Rural que desenvolve pesquisas sobre a rotina das cooperativas. Isso, só para citar apenas dois exemplos.
É claro que, para nós, quanto mais estudos forem realizados, maior será a gama de caminhamos seguros que teremos diante de nós para, tranquilamente, ocupar mais espaço no mercado, transformando força de trabalho em bem-estar social, afinal, a cooperativa existe para atuar por seu cooperado.
Poderia nos dizer se existe uma carência de assuntos que devem ser mais profundamente estudados?
Olha, o desempenho das cooperativas é sempre um tema desafiante pela particularidade do empreendimento cooperativo. Em geral, as pesquisas focam muito, por exemplo, no que diz respeito à performance financeira e à eficiência econômica. A gente ainda está "engatinhando" na compreensão de aspectos que envolvem, por exemplo, a performance social, especialmente as que mensuram a importância da cooperativa para a vida do associado. Essa parte do conhecimento ainda é muito embrionária e seria muito importante termos uma comprovação técnico-científica a esse respeito. Creio que, a título de sugestão, os pesquisadores poderiam centralizar esforços nesta área.
Por fim, por que o Sistema OCB estimula tanto a pesquisa acadêmica sobre o cooperativismo?
Essas pesquisas são fundamentais para demonstrar a eficiência socioeconômica do nosso modelo de negócios. Por isso, o Sistema OCB deve continuar estimulando o trabalho dos pesquisadores, interessados em atuar com foco nas cooperativas. Os resultados encontrados nas pesquisas sempre são muito úteis, tanto para saber o que tem sido feito e tem dado resultado positivo, quanto para entender o que está dando errado e porque isso está acontece.
Na nossa visão, quanto mais o Sistema OCB estimula a pesquisa científica, mais o cooperativismo pode crescer de forma sustentável e segura, contribuindo, dessa maneira, com o desenvolvimento socioeconômico do nosso país.