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Câmara aprova novo marco legal das PPPs com inclusão de cooperativas

  • Artigo Secundário 1

Nova lei moderniza concessões e permite que setor participe de contratos de longo prazo 

Arnaldo Jardim relatou projeto do novo marco legal das PPPs. Foto: Bruno Spada/Câmara dos DeputadosArnaldo Jardim relatou projeto do novo marco legal das PPPs. Foto: Bruno Spada/Câmara dos DeputadosA Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (7), o Projeto de Lei (PL)  7.063/17, que estabelece o novo marco legal das parcerias público-privadas (PPPs) e concessões. O texto, relatado pelo deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), moderniza as Leis 11.079/2004 e 8.987/1995, ampliando a segurança jurídica e a atratividade dos projetos.  

O novo marco é resultado de amplo diálogo com setores estratégicos, como o de infraestrutura e o cooperativista. Segundo Arnaldo Jardim, a proposta é essencial para ampliar os investimentos em serviços públicos e criar oportunidades. “Modernizar as regras é fundamental para garantir mais qualidade na prestação de serviços”, afirmou o parlamentar. 

As PPPs são contratos de parceria entre o setor público e o setor privado com duração de 5 a 35 anos, usados principalmente para viabilizar serviços públicos de forma eficiente. Com a nova legislação, as PPPs e concessões podem ganhar cada vez mais corpo e, consequentemente, gerar novas possibilidades para o cooperativismo. 

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, comemorou a aprovação da proposta que faz parte da Agenda Institucional do Cooperativismo 2025 e destacou que o setor está otimista com a mudança das regras. “Trata-se de um modelo de contratação pública de longo prazo, focado em resultados e que gera legados para o país. É um passo importante para garantir mais protagonismo às cooperativas nas políticas públicas”, afirmou. 

As cooperativas de saúde estão presentes em 90% dos municípios brasileiros, atendem cerca de 20 milhões de pessoas e têm potencial para assumir a gestão de hospitais, prestação de serviços e execução de obras. Já as cooperativas agropecuárias e de infraestrutura podem colaborar em projetos de irrigação, armazenagem, estradas e saneamento, contribuindo para o desenvolvimento urbano e rural.  

Dessa forma, projetos de PPPs liderados e incentivados por cooperativas serão importantes veículos para que o movimento continue a gerar valor para as cidades onde atuam, levando como marca a qualidade no gasto público e gerando o efetivo aprimoramento dos ecossistemas nos territórios impactados. 

 

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Sistema OCB e Embrapa selam aliança pelo clima e sustentabilidade

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Acordo busca impulsionar práticas sustentáveis e ampliar protagonismo do coop frente aos desafios climáticos
 

Sistema OCB e Embrapa selam aliança pelo clima e sustentabilidadeEm um momento simbólico para a agenda agroambiental do país, a superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella, e a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, participaram da assinatura de um Protocolo de Intenções, que estabelece as bases de uma aliança estratégica em ciência, tecnologia e inovação para o agro sustentável. O documento, avalizado pela OCB e pelo IPA, instituições de ciência e tecnologia, universidades e outras entidades privadas representativas do setor agropecuário, foi firmado durante a solenidade de comemoração dos 52 anos da Embrapa, realizada após o encerramento do evento Diálogos pelo Clima, nesta quarta-feira (7), no auditório da sede da entidade em Brasília (DF). 

A parceria tem como objetivo central fomentar soluções tecnológicas e colaborativas para enfrentar os desafios complexos da agropecuária em um contexto de mudanças climáticas. Entre os compromissos assumidos, estão o desenvolvimento de projetos estruturantes, o fortalecimento da base científica nacional e a promoção da imagem do Brasil como líder global em inovação sustentável para a agricultura tropical. “Estamos construindo uma agenda estratégica que une o saber científico à força do cooperativismo. Essa aliança é um marco para transformar desafios em oportunidades, conectando inovação, sustentabilidade e produção responsável”, destacou Tania Zanella. 

Ainda segundo Tania, o acordo reforça o plano estratégico do Sistema OCB para a participação do cooperativismo na COP30. “Nosso objetivo é evidenciar e consolidar o protagonismo do movimento como parte da transformação necessária para enfrentar os desafios climáticos e destacar exemplos práticos de união, sustentabilidade, inovação e compromisso com um futuro mais verde. Vamos reafirmar nosso engajamento com a neutralidade de carbono e inspirar outras organizações”, acrescentou.  

Tania Zanella durante solenidade na EmbrapaTania Zanella durante solenidade na EmbrapaO protocolo firmado prevê ações conjuntas para identificar e enfrentar gargalos estratégicos da agropecuária brasileira, promover redes de pesquisa, atrair investimentos e fomentar práticas que conciliem produtividade com preservação ambiental. A proposta também valoriza a atuação em rede com outros parceiros públicos e privados, nacionais e internacionais. 

Na prática, as instituições participantes unirão esforços e integrarão competências e recursos com o propósito de gerar e disponibilizar soluções de alta complexidade para questões que impactam severamente a agricultura. Para a presidente da Empresa, Silvia Massruhá, a aliança “permitirá construir prioridades, estratégias e propósitos comuns entre as instituições, bem como focalizar recursos em agendas absolutamente prioritárias para o país”. 

O evento também contou com a participação do engenheiro agrônomo e enviado especial para Agricultura na COP30, Roberto Rodrigues, que reforçou a importância do cooperativismo na sustentabilidade global. “No mundo contemporâneo, quem traz escala e organização para o pequeno produtor é a cooperativa. Essa é uma das chaves centrais para a sustentabilidade no Brasil e no mundo”, afirmou.  

O encontro marca o lançamento da Jornada pelo Clima, iniciativa da Embrapa em preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em novembro, em Belém (PA). A Jornada busca ampliar o diálogo com a sociedade e promover o uso de tecnologias que contribuam para a segurança alimentar e a resiliência climática. 

Ao longo de 2025, o circuito Diálogos pelo Clima visitará todos os biomas brasileiros, promovendo discussões técnico-científicas com especialistas, lideranças do setor produtivo, representantes do governo e da sociedade civil, em busca de soluções adequadas às realidades regionais. 

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Comissão Mista vai analisar crédito consignado digital

  • Artigo Secundário 2

Sistema OCB articula agenda para garantir participação do cooperativismo no novo modelo

 

Parlamentar da comissão mista que vai analisar crédito consignado digital. Foto: Andressa Anholete/Agência SenadoParlamentar da comissão mista que vai analisar crédito consignado digital. Foto: Andressa Anholete/Agência SenadoFoi instalada, nesta quarta-feira (7), a Comissão Mista responsável por analisar a Medida Provisória (MP) 1.292/2025, que trata da operacionalização das operações de crédito consignado por meio de sistemas ou de plataformas digitais. A MP altera a Lei 10.820/2003 e propõe a realização das operações na modalidade crédito consignado em plataformas digitais geridas por agentes públicos.

Os parlamentares eleitos para conduzir as atividades da comissão foram o deputado Fernando Monteiro (PE), escolhido como presidente; o senador Rogério Carvalho (SE), como relator; e o deputado Giacobo (PR), como relator-revisor. Rogério Carvalho anunciou que deve apresentar o plano de trabalho detalhado nas próximas semanas.

O Sistema OCB acompanhou a instalação da Comissão e dialogou com o presidente do colegiado, deputado Fernando Monteiro, a fim de assegurar que os pleitos do cooperativismo de crédito sejam considerados no relatório final da Medida Provisória. Uma reunião com o parlamentar será realizada nos próximos dias para apresentação detalhada da pauta cooperativista.

“Nosso objetivo é assegurar que as cooperativas de crédito, sobretudo as independentes, não fiquem de fora do novo modelo e continuem contribuindo com a inclusão financeira de milhares de brasileiros. Por isso, desde já, queremos apresentar nossos pleitos à Comissão e trabalhar para que as especificidades dessas cooperativas sejam respeitadas”, destacou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

O Sistema OCB, juntamente com os parlamentares da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), seguem acompanhando a tramitação da medida, com foco na valorização do papel das cooperativas de crédito.


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Comissão especial vai analisar ampliação da isenção do Imposto de Renda
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Comissão especial vai analisar ampliação da isenção do Imposto de Renda

  • Artigo Secundário 3

 Arthur Lira será o relator da matéria na Câmara dos Deputados

Deputados Arthur Lira e Rubens Pereira Júnior durante instalação da Comissão Especial. Foto: Bruno Spada/Câmara dos DeputadosDeputados Arthur Lira e Rubens Pereira Júnior durante instalação da Comissão Especial. Foto: Bruno Spada/Câmara dos DeputadosFoi instalada nesta terça-feira (6), na Câmara dos Deputados, a Comissão Especial que analisará o Projeto de Lei (PL) 1087/2025, de autoria do Poder Executivo,que altera a legislação do imposto sobre a renda e propõe a  isenção para trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil. Atualmente, estão isentos do imposto aqueles que recebem até dois salários mínimos (R$ 3.036). A alíquota máxima de 27,5% incide sobre quem tem renda mensal superior a R$ 4.664,68. A proposta do governo prevê isenção total para quem ganha até R$ 5 mil e ajustes parciais até R$ 7 mil.

O deputado Rubens Pereira Jr. (MA) foi eleito presidente da comissão, com 24 votos, e designou como relator o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (AL). O parlamentar destacou que os trabalhos serão guiados por dois princípios: o embasamento técnico e científico, e a neutralidade fiscal — ou seja, a busca por justiça tributária sem prejudicar as contas públicas. "Queremos uma discussão baseada em dados científicos e que traga justiça social com responsabilidade fiscal", afirmou. Segundo ele, o projeto “tem grande impacto social e precisa ser conduzido com transparência, publicidade e escuta da população”.

As reuniões da comissão ocorrerão prioritariamente às terças-feiras, às 9h30, com possibilidade de audiências públicas itinerantes em diferentes regiões do país. Como se trata de uma comissão especial, o prazo inicial para apresentação do parecer é de dez sessões do Plenário, contadas a partir da próxima sessão após a instalação.  “Vamos percorrer o país, ouvir especialistas e a sociedade para que o resultado final seja ainda melhor”, informou Rubens Pereira.

O relator Arthur Lira (PP-AL), por sua vez, prometeu construir um relatório consensual e ressaltou que "ninguém no plenário será contra a isenção para quem recebe até R$ 5 mil". Segundo ele, o desafio será encontrar uma forma adequada de compensação para União, estados e municípios. "Queremos construir um mix equilibrado de justiça social e responsabilidade fiscal. A discussão não é sobre se devemos isentar, mas como fazer isso com equilíbrio”, destacou.

A proposta inicial do governo prevê que o impacto fiscal da nova isenção seja compensado com a criação de um imposto mínimo de até 10% sobre quem recebe mais de R$ 600 mil por ano — cerca de R$ 50 mil por mês. Essa alíquota se somaria ao teto atual de 27,5% e seria aplicada de forma progressiva. A estimativa é que cerca de 141 mil contribuintes, o equivalente a 0,13% do total, sejam afetados por essa compensação.

 A expectativa da comissão é que as discussões se estendam por cerca de dois meses, com possibilidade de votação do projeto pelo Plenário no segundo semestre de 2025, com as ações divididas da seguinte forma:

  • Audiências: até o dia 20/06

  • Relatório final: apresentação até o dia 27/06

  • Votação e discussão: até o dia 16/07

 

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Cooperativismo em evidência no movimento SomosCoop 2025
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Cooperativismo em evidência no movimento SomosCoop 2025

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Ações mostram como o cooperativismo transforma o Brasil todos os dias 

O cooperativismo brasileiro vive um momento histórico. Com a declaração de 2025 como Ano Internacional das Cooperativas pela Organização das Nações Unidas (ONU), o movimento SomosCoop ganhou ainda mais força para mostrar ao país a relevância das cooperativas como modelo de desenvolvimento econômico e social. Bora Cooperar para um mundo melhor? Este é o convite que as ações de divulgação coordenadas pelo Sistema OCB está fazendo para todo o Brasil.  Cooperativismo em evidência no movimento SomosCoop 2025

Mais que uma campanha, o SomosCoop é um movimento permanente de valorização da cooperação, que em 2025 tem promovido ações especiais para ampliar a visibilidade do setor. A proposta é simples, mas poderosa: reforçar que as cooperativas estão presentes no cotidiano das pessoas, gerando trabalho, renda, inclusão e prosperidade. 

Com destaque em programas de televisão de grande alcance, como o Mais Você, da TV Globo, o movimento levou ao público mensagens sobre o impacto positivo do cooperativismo. Em um diálogo leve entre Ana Maria Braga e Louro Mané, o público conheceu como as cooperativas atuam em diversas áreas: da produção de alimentos à saúde, do transporte ao crédito, sempre colocando as pessoas em primeiro lugar.  

Na TV Band, o movimento marcou presença com o quadro especial SomosCoop na Estrada, nas edições de 23 e 30 de abril do programa Melhor da Noite. No primeiro dia, a jornalista Glenda Kozlowski, que também é embaixadora do Ano Internacional do Cooperativismo, e o apresentador Otaviano Costa apresentou a trajetória da cooperativa Arteza, no Cariri paraibano. Já no dia 30, o destaque foi a história da Cafesul, no Espírito Santo, que revelam exemplos práticos do impacto real do modelo de negócios na transformação de comunidades inteira.   

O cooperativismo também foi destaque nos principais telejornais da Band TV, como o Jornal da BandJornal da Noite e Bora Brasil. As matérias aprofundaram o papel transformador das cooperativas em comunidades pelo Brasil, mostrando como o modelo cooperativista contribui para a inclusão produtiva, geração de renda e desenvolvimento sustentável e também tiveram foco no Ano Internacional do Cooperativismo.  

As ações também se estenderam ao ambiente digital, com conteúdos no Gshow, redes sociais, vídeos institucionais e materiais com o carimbo SomosCoop, que identifica produtos e serviços de origem cooperativista. Por meio dele, os consumidores reconhecem iniciativas que promovem um futuro mais justo, sustentável e colaborativo. 

Outra frente importante foi a ação Vozes, lançada nas redes sociais do SomosCoop. A iniciativa reúne personalidades como Carlinhos Brown, Glória Pires, Thaynara OG, João Vitor de Paiva e Glenda Kozlowski, que respondem à pergunta “O que é um mundo melhor?”. Com visões diversas e inspiradoras, a proposta buscou ampliar o debate sobre justiça, inclusão e sustentabilidade, aproximando ainda mais o público dos valores do cooperativismo por meio de vozes com grande poder de mobilização. 

Com essas e outras ações, o movimento SomosCoop representa um chamado para que cada brasileiro entenda e valorize esse modelo que coloca o coletivo à frente do individual. O Sistema OCB, como representante institucional do cooperativismo no Brasil, segue comprometido em ampliar esse diálogo com a sociedade. 

Cooperar transforma. Vamos juntos?

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Sistema OCB integra consórcio da ONU de ciência, política e negócios
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Sistema OCB integra consórcio da ONU de ciência, política e negócios

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Cooperativismo brasileiro conquista espaço inédito em fórum global sobre meio ambiente 

O Sistema OCB é agora membro do  Consórcio de Governança do Fórum de Ciência, Política e Negócios das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNSPBF) A entrada no grupo marca um avanço significativo para o cooperativismo brasileiro no cenário internacional, consolidando sua presença em debates estratégicos sobre sustentabilidade, inovação e políticas públicas globais.  

Essa é a primeira vez que uma entidade ligada ao cooperativismo passa a integrar o consórcio, que reúne representantes de alto nível de diferentes setores: governos, academia, empresas, sociedade civil e agências da ONU, para promover ações integradas voltadas à sustentabilidade ambiental em escala global. 

“É um reconhecimento do papel que o cooperativismo pode desempenhar na transformação ambiental e na construção de soluções sustentáveis. A participação da OCB no consórcio sinaliza que o setor está preparado para contribuir com propostas concretas e com visão de longo prazo para os desafios globais,” afirmou Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB. Ele, o coordenador de Relações Internacionais, João Penna, e o analista de Relações Internacionais, Enzo Ramos, se reuniram com a secretária executiva do fórum, Shereen Zorba, para discutir os próximos passos da atuação da organização no espaço multissetorial e alinhar estratégias de cooperação. 

O representante do Sistema OCB no consórcio será Alex Macedo,  que em sua nova posição, representará o cooperativismo brasileiro e contribuirá com orientações para as prioridades do Fórum, além de participar ativamente das discussões sobre políticas públicas, inovações sustentáveis e investimentos responsáveis. 

Entre as responsabilidades da OCB no consórcio, estão a de oferecer supervisão estratégica sobre as ações do Fórum, promover colaboração entre setores distintos, fornecer orientações especializadas sobre temas-chave  e apoiar os mecanismos de avaliação de risco e due diligence (identificação de riscos, oportunidades e garantia legal e financeira) de projetos.  

Para João Penna, a participação do Sistema OCB no Consórcio de Governança do UN-SPBF é resultado direto da visibilidade e impacto gerados pela Imersão Pré-COP29, realizada no ano passado. “Durante o evento, a Secretária-Executiva do Fórum, Shereen Zorba, esteve presente e pôde acompanhar de perto como o cooperativismo brasileiro vem contribuindo de forma concreta para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O desempenho chamou atenção e motivou o convite oficial”, descreveu. 

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Sistema OCB participa de sessão da Sejan e pleiteia vaga em comitês
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Sistema OCB participa de sessão da Sejan e pleiteia vaga em comitês

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Entidade destaca o papel do cooperativismo na segurança jurídica e na Reforma Tributária 

Sistema OCB participa de sessão da Sejan e pleiteia vaga em comitêsNesta segunda-feira (28), o Sistema OCB participou da 6ª sessão da Câmara de Promoção da Segurança Jurídica no Ambiente de Negócios (Sejan), realizada pela Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília. A reunião contou com a presença do ministro da AGU, Jorge Messias; do Advogado-Geral da União Substituto, Flávio Roman; e do presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Rodrigo Maia. 

Representada pelo advogado Paulo Portuguez, o Sistema OCB esteve presente como entidade convidada e aproveitou a ocasião para oficializar, por meio de ofício, o interesse em integrar os comitês de assuntos tributários e regulatórios da Sejan. O objetivo é garantir que as especificidades do cooperativismo brasileiro sejam consideradas na formulação de marcos legais que promovam segurança jurídica e estimulem esse modelo de negócio. 

A Sejan é um órgão consultivo da AGU que busca esclarecer dúvidas e evitar conflitos no meio empresarial, com foco especial em questões regulatórias e tributárias. A iniciativa tem como missão promover um ambiente de negócios mais estável, onde normas e interpretações jurídicas sejam construídas com diálogo e previsibilidade.  

Durante o encontro, a AGU também anunciou que as entidades participantes poderão enviar dúvidas sobre a Reforma Tributária, mesmo antes de sua entrada em vigor. A medida busca antecipar a interpretação de pontos da Emenda Constitucional nº 132, evitando judicializações e conflitos futuros. Cada entidade poderá apresentar uma dúvida, que será respondida por meio de parecer técnico. 

O ministro Jorge Messias reforçou o papel da AGU como um "hub de soluções jurídicas" e defendeu a construção de um pacto nacional pela segurança jurídica, com base na desjudicialização e no diálogo entre os setores público e privado. Ele destacou ainda que o Brasil possui mais de 80 milhões de processos judiciais em andamento e que é necessário mudar essa cultura por meio de mecanismos preventivos. 

Para o Sistema OCB, integrar a Sejan representa uma oportunidade relevante de contribuir tecnicamente com a promoção de políticas públicas que reconheçam o papel transformador do cooperativismo, um modelo que impulsiona o desenvolvimento econômico com inclusão e responsabilidade social. 

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 Sistema OCB prestigia a força do cooperativismo na Agrishow 2025
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Sistema OCB prestigia a força do cooperativismo na Agrishow 2025

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Evento é vitrine para inovação, sustentabilidade e negócios do agro brasileiro

 Sistema OCB prestigia a força do cooperativismo na Agrishow 2025O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou, neste domingo (27) e segunda-feira (28), da Agrishow 2025, em Ribeirão Preto (SP). A superintendente do Sistema OCB e presidente do IPA, Tania Zanella, também integrou a programação oficial, fortalecendo a presença institucional da entidade em um dos eventos mais relevantes para o agronegócio mundial. 

A Agrishow segue até esta sexta-feira (2) e é reconhecida por reunir inovação, sustentabilidade e negócios em um único espaço, sendo vitrine para o avanço tecnológico no campo. Para o cooperativismo agropecuário, representa uma oportunidade estratégica de fortalecimento da imagem e dos negócios, especialmente em um setor que conta com 1.179 cooperativas e mais de 1 milhão de produtores cooperados, segundo o AnuárioCoop 2024.

Durante a feira, a comitiva do Sistema OCB explorou soluções tecnológicas que estão transformando o campo, como agricultura 4.0, inteligência artificial, conectividade no meio rural e uso de dados na gestão da produção. A presença institucional destacou como as cooperativas têm sido agentes fundamentais na disseminação dessas inovações, contribuindo para a modernização da atividade agrícola e para a sustentabilidade no setor.

Um dos temas centrais da Agrishow 2025, a sustentabilidade, também esteve presente na agenda do Sistema OCB. As cooperativas têm investido em ações como o uso de energia renovável, práticas que ajudam a recuperar o solo, rastreabilidade dos produtos e melhor aproveitamento dos recursos naturais, alinhada às novas demandas do setor e da sociedade.

“O Sistema OCB é comprometido com pautas estratégicas para o desenvolvimento do agro, como a inovação, o fortalecimento das cooperativas, a sustentabilidade e a valorização do produtor rural. Em um ano emblemático, com 2025 declarado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas, a Agrishow se torna ainda mais estratégica para estreitar parcerias e ampliar a contribuição do cooperativismo para um futuro mais próspero e inclusivo”, destacou o presidente Márcio.

 

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Sistema OCB acompanha pautas trabalhistas no Conselho Nacional

Sistema OCB acompanha pautas trabalhistas no Conselho Nacional

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CNCoop participa de reunião que discutiu a realização da Conferência Nacional do Trabalho 

O Sistema OCB, por meio da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), participou, na quarta-feira (23), da 6ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional do Trabalho (CNT). O encontro discutiu temas estratégicos relacionados às políticas públicas voltadas às relações de trabalho no Brasil, com foco em ações que promovam o diálogo social e o aperfeiçoamento das normas trabalhistas. 

Entre os principais assuntos em pauta, esteve a preparação para a II Conferência Nacional do Trabalho, prevista para março de 2026. O evento será construído de forma tripartite e paritária, reunindo representantes de trabalhadores, empregadores e do governo federal. Para o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, essa composição é fundamental para garantir um ambiente de escuta qualificada, negociação e construção coletiva de soluções para os desafios do mundo do trabalho. 

A realização da conferência está prevista no Plano Plurianual (PPA) do governo federal. Desde o início do atual mandato presidencial, já foram realizadas 13 conferências nacionais em áreas como saúde, segurança alimentar, juventude e educação. Outras 15 estão programadas para ocorrer ao longo de 2025, reforçando o compromisso do governo com a participação social como ferramenta de formulação de políticas públicas mais efetivas e democráticas. 

Outro tema debatido foi a Portaria MTE 3.472/23, que trata do possível cancelamento de registros sindicais por ausência de atualização cadastral. Também foi discutida a proposta de prorrogação das alterações da Norma Regulamentadora nº 1, especialmente no que diz respeito aos riscos psicossociais no ambiente de trabalho, que têm gerado dúvidas entre empregadores. 

Bruno Vasconcelos, coordenador sindical da CNCoop, defendeu a necessidade de mais clareza e tempo para adaptação. “A medida de adiamento visa garantir tempo suficiente para que os empregadores se preparem e implementem, de forma efetiva, o gerenciamento dos riscos psicossociais”, afirmou. 

O CNT é um colegiado consultivo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com a missão de promover o entendimento entre trabalhadores, empregadores e poder público, construindo consensos em torno de temas estratégicos para o fortalecimento das relações de trabalho no país. 

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Campanha Nacional reforça importância da prevenção de acidentes no trabalho

Equipe de Relações Trabalhistas e Sindicais atualiza diretrizes

Conferência Internacional do Trabalho: Sistema OCB participa das discussões

Cooperativismo em destaque no Melhor da Noite, da Band
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Cooperativismo em destaque no Melhor da Noite, da Band

  • Artigo Secundário 1

Ação faz parte da Campanha SomosCoop 2025, coordenada pelo Sistema OCB

O cooperativismo brasileiro ganhará destaque em rede nacional nesta quarta-feira (23) e no dia 30 de abril, durante o programa Melhor da Noite, exibido pela Band TV, sempre a partir das 22h30. A ação é parte da Campanha SomosCoop 2025, uma iniciativa do Sistema OCB para promover a visibilidade do movimento cooperativista, com foco em dois importantes marcos: o Ano Internacional das Cooperativas, que será celebrado em 2025, e o programa SomosCoop na Estrada, que já concluiu sua terceira temporada.

Durante a programação, os apresentadores Glenda Kozlowski e Otaviano Costa farão menções especiais sobre o papel transformador do cooperativismo no Brasil, reforçando sua contribuição para o desenvolvimento sustentável, a geração de renda e a construção de uma sociedade mais justa e colaborativa. Também será destacada a relevância da decisão da ONU em declarar 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, reforçando o reconhecimento global do modelo cooperativista.

No programa desta quarta-feira (23) será exibido o primeiro episódio da 3ª temporada do SomosCoop na Estrada. Gravado no sertão da Paraíba, o episódio acompanha a trajetória inspiradora da Arteza, uma cooperativa de artesanato que tem mudado a realidade da região. A iniciativa promove o desenvolvimento local e gera renda para as famílias, permitindo que os moradores permaneçam em sua terra natal com dignidade, sem a necessidade de migrar para outras cidades em busca de oportunidades.

Já no programa da próxima quarta-feira (30) é a vez de embarcar rumo ao Espírito Santo e conhecer mais sobre o episódio final da 3ª temporada do SomosCoop na Estrada, que apresenta a cooperativa Cafesul e o projeto Póde Mulheres. Ele destaca como o cooperativismo também impulsiona o protagonismo feminino, valorizando o trabalho das mulheres capixabas que produzem um café premiado e reconhecido nacionalmente. Por meio da cooperação, elas conquistaram espaço, autonomia e respeito, transformando suas histórias e suas comunidades.

Os episódios reforçam as falas dos apresentadores e mostram, com exemplos reais, o impacto positivo que o cooperativismo tem na vida de milhares de brasileiras e brasileiros.

Acompanhe o programa pelo Youtube do Melhor da Noite: https://www.youtube.com/@melhordanoite

Confira também os episódios do SomosCoop na Estrada nos vídeos abaixo:

 

 

 

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ANTT lança ferramenta que atende pleito do coop
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ANTT lança ferramenta que atende pleito do coop

  • Artigo Secundário 1

Sistema facilita acesso às informações sobre multas de transportes de cargas e passageiros

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) lançou nesta quarta-feira (16) uma nova ferramenta digital que facilita a consulta de multas relacionadas ao transporte rodoviário de cargas e passageiros. A funcionalidade, disponível no portal da Agência, atende a um pleito antigo do Sistema OCB e representa um avanço importante em termos de transparência, agilidade e acesso à informação para transportadores e representantes legais.

Com a ferramenta, é possível identificar de forma rápida e segura se a autuação foi registrada no Sistema Integrado de Fiscalização, Autuação, Multa e Arrecadação (Sifama) ou no Radar, cada um com suas especificidades. O Sifama é voltado para autuações relativas ao transporte de cargas e passageiros, e exige cadastro simples com CPF/CNPJ e e-mail. Já o Radar é utilizado, principalmente, para infrações em rodovias federais concedidas, e permite a consulta com placa e número do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), sem necessidade de login.

A nova funcionalidade foi muito bem recebida pelo Ramo Transporte do Sistema OCB. Tiago Barros, analista técnico e econômico, conta que a entidade atuou ativamente em defesa dessa demanda junto à ANTT. Para ele, a ferramenta representa um importante avanço para as cooperativas do setor. “Essa é uma conquista de extrema relevância. A criação de um sistema simples e seguro de consulta de multas foi pauta constante em nossas reuniões com a ANTT. Ganhamos mais transparência, agilidade nos processos e segurança jurídica para as cooperativas e seus cooperados”, disse.

A ferramenta responde a uma demanda antiga dos autuados e contribui diretamente para a modernização da gestão pública no setor. A expectativa é que a nova funcionalidade auxilie a rotina de quem atua no transporte rodoviário, especialmente cooperativas, que agora terão acesso facilitado às informações necessárias para sua regularidade e bom desempenho no setor.

 

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Cooperativismo apresenta propostas para o Plano Safra 2025/26
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Cooperativismo apresenta propostas para o Plano Safra 2025/26

  • Artigo Secundário 2

Sistema OCB detalha sugestões estratégicas para o crédito rural em reunião com o Mapa

O Sistema OCB participou, nesta quarta-feira (16/04), da reunião do Grupo de Trabalho de Crédito Rural do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com o objetivo de apresentar as principais propostas do cooperativismo para o Plano Safra 2025/26. O encontro reuniu mais de 40 representantes do governo e do setor, entre eles o secretário de Política Agrícola da pasta, Guilherme Campos.  Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais, e João Prieto, coordenador do Ramo Agropecuário, além de integrantes do GT de Crédito Rural representaram a Casa do Cooperativismo.

As propostas estratégicas discutidas durante a reunião foram construídas em conjunto pelo Sistema OCB, as Organizações Estaduais (OCEs) e as cooperativas dos Ramos Agropecuário e Crédito.  João Prieto detalhou as prioridades que orientaram o planejamento, divididas em quatro eixos principais:

  1. Ampliação dos limites de contratação por tomador: demanda essencial para garantir maior capacidade de investimento das cooperativas e seus cooperados;

  2. Aumento do volume de recursos disponíveis: medida necessária para atender à crescente demanda do setor;

  3. Manutenção da atual arquitetura do crédito rural: estrutura considerada bem-sucedida e que garante previsibilidade, segurança e organização ao sistema;

  4. Redução das taxas de juros: fator decisivo para garantir a competitividade dos produtores rurais, especialmente os cooperados.

O principal desafio apontado foi o de conciliar os recursos orçamentários disponíveis com as necessidades do setor agropecuário. Para Guilherme Campos, o cooperativismo é um importante parceiro do Mapa nas discussões em torno da política agrícola nacional. “Nós, enquanto Ministério da Agricultura e Pecuária, estamos de portas abertas para debates construtivos, tais como o de hoje, tendo em vista a busca por um setor mais forte e produtivo”, afirmou.

Um dos temas de destaque da reunião foi o Seguro Rural, com ênfase no Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR), o Proagro e outros mecanismos da política de gestão de riscos. A Secretaria de Política Agrícola expressou preocupação com a sustentabilidade dessas ferramentas diante das incertezas fiscais, reconhecendo, no entanto, sua importância estratégica para o fortalecimento do setor e proteção aos produtores.

Os representantes das cooperativas participantes do GT de Crédito Rural do Sistema OCB  puderam trazer suas demandas específicas, com diferentes perspectivas sobre as realidades regionais e setoriais. Para Clara Maffia, “o trabalho conjunto entre cooperativas, OCEs e o governo federal é essencial para construir políticas públicas mais eficientes e alinhadas às necessidades reais do campo. O Plano Safra é uma das ferramentas mais importantes nesse sentido”, concluiu.

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Fotografia de uma cooperativa de crédito

“Instituições financeiras com coração”: a sinergia de propósitos entre o cooperativismo de crédito e os bancos públicos de desenvolvimento

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Com atuação voltada para o desenvolvimento econômico e social, as cooperativas de crédito e os bancos públicos de desenvolvimento vêm ganhando protagonismo como importantes instrumentos de inclusão financeira no Brasil. Mais do que atender às demandas de crédito da população, essas instituições compartilham uma missão maior: promover a redução das desigualdades regionais, estimular o empreendedorismo e fomentar o crescimento sustentável, sempre com base nos princípios constitucionais. 

Este artigo analisa a sinergia entre esses dois agentes do sistema financeiro nacional, destacando como a Constituição Federal reconhece e apoia tanto a organização cooperativa quanto a atuação dos bancos públicos. A partir desse alinhamento, o texto evidencia como as parcerias entre essas instituições — em especial nas operações de crédito indireto — fortalecem a capilaridade do crédito, impulsionam a economia local e consolidam um modelo financeiro mais justo, acessível e voltado às pessoas. 

“Instituições financeiras com coração”: a sinergia de propósitos entre o cooperativismo de crédito e os bancos públicos de desenvolvimento 

Por Gabriel Demetrio Domingues e Vanessa Bluvol

Há imensa sinergia entre os propósitos do Cooperativismo de Crédito e a atuação dos Bancos Públicos de Desenvolvimento tendo a Constituição Federal como norte. A fim de corroborar esta assertiva, basta verificar o alinhamento do caput do art. 192, da CRFB/88, que inclui as cooperativas de crédito no sistema financeiro nacional, com os fundamentos do Estado brasileiro e dos bancos públicos de desenvolvimento, previstos nos artigos 1º, 3º e 239, § 1º, da CF/88, notadamente os de redução das desigualdades sociais e regionais; construção de uma sociedade livre, justa e solidária; garantia do desenvolvimento nacional; promoção do bem estar sem qualquer tipo de discriminação; e financiamento de programas de desenvolvimento econômico. 

De fato, a Constituição reconhece todas as formas de organização produtiva: (i) a iniciativa econômica privada (art. 170), que tem por objetivo a obtenção do lucro; (ii) a iniciativa econômica pública (art. 173), que tem por finalidade principal a satisfação de relevante interesse coletivo ou a segurança nacional; e (iii) a iniciativa econômica cooperativa (art. 174), que tem por aspiração não o lucro, mas a emancipação econômica e o progresso social dos seus membros.  

A iniciativa cooperativa no arranjo da Constituição de 1988 fica a meio caminho entre as iniciativas pública e privada, constituindo um fenômeno da economia solidária, com características bastante próprias que combinam a natureza associativa civil com o caráter empresarial. A natureza associativa se manifesta na sua finalidade social e na sua governança democrática, ao passo que o caráter empresarial se mostra na organização da sua atividade econômica. 

As cooperativas de crédito, mais especificamente, possuem aspectos que as diferenciam das instituições financeiras tradicionais, sendo sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, constituídas para prestar serviços financeiros aos associados, com base nos seguintes princípios2: (i) adesão livre e voluntária, sem discriminação de gênero, social, racial, política e religiosa; (ii) gestão democrática, sendo controladas pelos seus membros e cada membro tem igual direito de voto, independente do capital aportado (um membro, um voto); (iii) efetiva participação econômica (exigência de aquisição de quota parte para ser cooperativado); (iv) autonomia e independência; (v) intercooperação para o fortalecimento do movimento como um todo e dos princípios cooperativistas, podendo ocorrer em diversos níveis: através das estruturas locais, regionais, nacionais, internacionais; entre cooperativas do mesmo sistema; com cooperativas de outros sistemas; e com cooperativas de outros ramos do cooperativismo; e (vi) interesse pela comunidade onde estão inseridas. 

Esse princípio do interesse pela comunidade, sob o prisma da localidade/aspecto geográfico, faz com que as cooperativas de crédito se situem em municípios/áreas que os bancos comerciais não têm interesse em atuar, promovendo, assim, a inclusão financeira e contribuindo para redução das desigualdades inter-regionais e intermunicipais relacionadas à oferta e acessibilidade de produtos e serviços bancários e creditícios.  

Além disso, sob o prisma financeiro, por atuarem no ramo do crédito, também fazem concorrência com os bancos comerciais e, muitas vezes, por visarem o desenvolvimento de seus membros, e não o lucro como fim em si mesmo, possuem condições de oferecer produtos mais personalizados para atender seus associados (maior suitability), sendo, em regra, mais flexíveis na exigência de garantias, na concessão de prazos maiores e na oferta de taxas de juros menores. Assim, com o aumento da competição e das alternativas disponíveis, produtos e serviços tendem a ser ofertados de forma mais eficiente, menos restritiva e menos onerosa. Essa concorrência promove benefícios sistêmicos, colaborando, por exemplo, com a redução do spread bancário, do custo do crédito e das tarifas de serviços.  

Ademais, sob o prisma econômico e social de melhoria das condições de vida de seus membros, as cooperativas de crédito contribuem para a melhoria da qualidade de vida nos municípios, pois ofertam crédito em condições mais favoráveis, gerando renda e emprego e, assim, contribuem para redução das desigualdades sociais, tornando o acesso ao crédito mais inclusivo. 

Corroborando o papel das cooperativas de crédito como instrumento de alavancagem econômica e multiplicador de riquezas nas comunidades, cita-se a pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), a qual evidenciou que o setor é responsável por resultados positivos nas comunidades assistidas, destacando-se: para cada R$ 1,00 concedido em crédito, são movimentados R$ 2,56 na economia brasileira, com um acréscimo de R$ 1,17 em valor adicionado, R$ 0,11 em impostos arrecadados, e R$ 0,50 em salários pagos. Além disso, os Municípios com a presença de cooperativas de crédito apresentam incremento: (a) de 10% no PIB per capita; (b) de 15,1%  na proporção do emprego formal na população economicamente ativa; (c) de 23,5% na massa salarial por habitante; (d) de 15,6% no número de empreendimentos por 1.000 habitantes (empreendedorismo); (e) de 8,7% na arrecadação municipal; (f) de 17,1% na arrecadação federal; (g) de 44,4% no valor das exportações por habitante; e (h) aumento de 62,5% no saldo comercial por habitante3. 

Desse modo, as cooperativas de crédito, ao promoverem por meio da sua atuação a inclusão financeira e a desconcentração bancária, também estão a apoiar indiretamente a missão constitucional dos bancos de desenvolvimento na expansão do acesso ao crédito, tanto para alcançar todas as regiões do País, quanto para beneficiar as pessoas ainda não incluídas no Sistema Financeiro Nacional.   

Portanto, as cooperativas de crédito e os bancos de desenvolvimento são instituições que, diferentemente das instituições financeiras privadas, realizam operações de crédito não com o fim exclusivo de obtenção de lucro, mas sim, e principalmente, visando à melhoria das condições econômicas e sociais das pessoas. Ou seja, há um propósito maior que move essas organizações, podendo-se qualificá-las como “instituições financeiras com coração”, pois são entidades que combinam organização de empresa, com o espírito solidário e colaborativo típico das entidades do terceiro setor. 

A relação jurídica travada entre as cooperativas de crédito e os bancos públicos de desenvolvimento, a exemplo do BNDES, ocorre em alguns casos por meio do credenciamento destas últimas como agentes financeiros aptos a realizarem operações de repasse com recursos públicos do banco estatal. Trata-se do modelo de operação denominado de indireto, uma vez que o BNDES não mantém relação direta com o cliente final, beneficiário dos recursos, mas se vale da capilaridade desses agentes cooperados e, principalmente, do seu conhecimento local, para estender o acesso ao crédito às comunidades mais distantes e às pessoas mais necessitadas. Nesse modelo, as cooperativas ficam responsáveis por realizar a análise das operações e assumir o risco de crédito, além de cuidar de todo o relacionamento com o cliente final, mas sempre com observância das premissas e objetivos indicados nas políticas do banco de desenvolvimento. 

Dessa forma, a parceria entre bancos de desenvolvimento e as cooperativas de crédito revela-se como um poderoso arranjo que se retroalimenta e promove um círculo virtuoso, o qual contribui para o desenvolvimento mais equilibrado do sistema financeiro e do País, com o atingimento dos fundamentos constitucionais da valorização social do trabalho e da livre iniciativa (art. 1º, IV; 170, caput), fortalecimento do mercado interno (art. 219) e, acima de tudo, redução das desigualdades, por meio da realização da democracia econômica (arts. 170, VII, c/c art. 174, § 2º).  

Não é por outra razão que o apoio ao cooperativismo de crédito também faz parte da agenda do Banco Central (Agenda BC#), notadamente nas vertentes de inclusão financeira e desconcentração bancária, tendo a entidade reguladora participado ativamente de iniciativas de estímulo e incentivo a esse ramo, por meio da emissão de normas que consideram as já elencadas peculiaridades desse setor. 

Estes dois instrumentos de ação pública – tanto a parceria com bancos de desenvolvimento no seu fomento, quanto a política regulatória para o setor cooperativo a cargo principalmente do Banco Central (Agenda BC#) – revelam-se consistentes com as suas finalidades, e se mostram relevantes na promoção dos seus objetivos constitucionais de longo prazo.  

Em suma, verifica-se sinergia entre as missões institucionais dos bancos públicos e das cooperativas de crédito em prol do desenvolvimento econômico e social. O reconhecimento das entidades cooperativas pelo Constituinte (art. 174, § 2º) e a previsão de deveres de apoio e estímulo por parte do setor público, mais do que uma simples declaração de ocasião, assume status de uma política pública de Estado que se materializa por meio de ações coordenadas que objetivam a transformação da realidade econômica e social do País. 

Essa sinergia de propósitos entre o cooperativismo de crédito e os bancos públicos de desenvolvimento fica bastante nítida ao promoverem a inclusão financeira, a desconcentração bancária, a geração de emprego e renda contribuindo sobremaneira para o atingimento dos objetivos constitucionais de redução das desigualdades sociais e regionais; construção de uma sociedade livre, justa e solidária; garantia do desenvolvimento nacional e promoção do bem-estar sem qualquer tipo de discriminação. Assim, com a parceria entre essas “instituições financeiras com coração”, quem ganha é a sociedade brasileira que obtém crescimento econômico e prosperidade social por meio de um modelo que coloca as pessoas em primeiro lugar. 

 

Sistema OCB alinha estratégias com nova liderança do Open Finance
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Sistema OCB alinha estratégias com nova liderança do Open Finance

  • Artigo Secundário 1

Encontro com Ana Carla Abraão reforçou importância das particularidades do cooperativismo no  sistema financeiro digital

Com objetivo de realizar um alinhamento institucional, o Sistema OCB participou, nesta quarta-feira (16), de reunião com a nova CEO do Open Finance, do Centro Cooperativo Sicoob, Ana Carla Abraão. O encontro foi realizado em Brasília e contou com a participação da superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella.  A nova diretora presidente foi recepcionada pelos conselheiros Márcio Rodrigues e Vitor Hugo, efetivo e suplente, respectivamente, que representaram a cadeira 1.3 (OCB) no Conselho de Administração do Open Finance.

O objetivo da reunião foi alinhar as expectativas da cadeira com a nova Gestão executiva do Open Finance, além de discutir prioridades, desafios e oportunidades para o ano de 2025. O encontro marcou o início de uma rotina de conversas estratégicas com a nova gestão, para garantir que as especificidades e necessidades das cooperativas de crédito sejam consideradas nas próximas etapas do desenvolvimento do ecossistema financeiro aberto no país.

Durante a reunião, a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, destacou o papel essencial do cooperativismo de crédito para o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e a sua presença consolidada no Open Finance, com 550 cooperativas singulares e dois bancos cooperativos integrando o processo. “As cooperativas de crédito representam um modelo robusto e democrático, que promove a inclusão financeira e o desenvolvimento das comunidades. Nosso papel, como entidade representativa, é garantir que essas características sejam respeitadas e valorizadas nos avanços regulatórios e operacionais do Open Finance”, afirmou.

A pauta do encontro incluiu temas como o funcionamento dos grupos técnicos, o desenvolvimento de novos produtos, a eficiência de custos, o monitoramento de dados e processos, e a representatividade institucional no sistema. Ana Paula Abraão reforçou a importância do modelo cooperativo de negócios e a leitura diferenciada dentro do ecossistema financeiro por sua singularidade na relação com o cooperado e na estruturação sistêmica das instituições.

O Open Finance representa uma transformação significativa no setor financeiro brasileiro, ao permitir o compartilhamento seguro e consentido de dados entre instituições autorizadas, como contas bancárias, investimentos, seguros, previdência e outros produtos financeiros. Para o cooperativismo, essa é uma oportunidade de amplificar sua atuação, oferecer serviços cada vez mais personalizados aos cooperados e consolidar sua relevância no novo cenário digital.


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Análises de mercado marcam 2º encontro da Jornada de Presidentes

Análises de mercado marcam 2º encontro da Jornada de Presidentes

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Evento com foco no Agro abordou decisões orientadas por dados, inovação e escuta ativa

Com o objetivo de promover reflexões estratégicas e oferecer subsídios técnicos  aos presidentes do Sistema OCB, foi realizado, na última quarta-feira (10), o 2º encontro da Jornada de Presidentes 2025. O evento reuniu representantes das Organizações Estaduais (OCEs) e da Unidade Nacional em um ambiente de troca qualificada, voltado ao fortalecimento institucional frente aos desafios de um setor em constante transformação.

Para o presidente da Unidade Nacional do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a realidade do movimento está cada vez mais conectada ao cenário global. “Isso exige que a gente olhe além da porteira, com mais estratégia, inteligência de mercado e articulação institucional. O Sistema OCB tem essa missão de apoiar as cooperativas na antecipação e posicionamento, de forma mais competitiva e sustentável”, afirmou.

A programação teve início com palestra de Alexandre de Barros, especialista em análise de mercado e inteligência estratégica do agronegócio. Em uma apresentação repleta de dados, séries históricas e projeções, ele traçou um panorama aprofundado do cenário macroeconômico nacional e internacional, com foco nas implicações para o setor agrícola brasileiro.

Alexandre também abordou tendências de mercado, variações de oferta e demanda, aspectos como inovação, sustentabilidade e o crescimento do setor de biocombustíveis. Destacou ainda o posicionamento internacional do Brasil como um protagonista global na produção de alimentos, com importantes reflexões sobre rentabilidade, riscos e tomada de decisão no contexto agropecuário.

Na segunda parte do encontro, a consultora Simone Maia, da Lee Hecht Harrison (LHH), conduziu um workshop interativo, com o objetivo de transformar os conteúdos técnicos apresentados em insights aplicáveis ao dia a dia das lideranças. A dinâmica favoreceu a escuta ativa, a reflexão e o compartilhamento de experiências entre os participantes.

Ao longo da atividade, os presidentes puderam conectar os dados à realidade das suas - Organizações Estaduais, identificar oportunidades de atuação e fortalecer a articulação entre os estados. “O Sistema OCB tem um grande potencial para gerar as transformações que o país necessita. E, neste contexto, as trocas mediadas de experiência entre os presidentes estaduais é uma estratégia muito efetiva para a aceleração do processo", afirmou.

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Sistema OCB e Embrapa articulam protagonismo do agro na COP30

Sistema OCB e Embrapa articulam protagonismo do agro na COP30

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 O objetivo é destacar o papel das cooperativas para a tecnologia e sustentabilidade no campo

 

 Tania Zanella e Silvia MassruháTania Zanella e Silvia MassruháA superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, e a gerente-geral, Fabíola Nader Motta, se reuniram, nesta segunda-feira (14), com a presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvia Massruhá, para alinhar estratégias conjuntas voltadas ao agro e à agenda climática, com foco especial na participação do cooperativismo no Espaço AgriBR na COP30, que será realizada em novembro deste ano, em Belém, no Pará. O assessor da Diretoria de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia, Daniel Trento, também participou do encontro.

A articulação entre as duas entidades é parte de um esforço estratégico para posicionar o Brasil como referência mundial em soluções sustentáveis para o agro. “Temos um modelo de produção que precisa ser reconhecido. E, ao lado da Embrapa, temos ainda mais força para mostrar que ciência e cooperação são pilares de uma agropecuária mais verde, justa e eficiente”, disse Tania.

O encontro reforçou a importância da colaboração entre a ciência e o cooperativismo para fortalecer o protagonismo das cooperativas agro e da agropecuária brasileira no debate internacional sobre sustentabilidade e segurança alimentar. De acordo com o Anuário do Cooperativismo 2024, são 1,1 mil cooperativas agropecuárias, que reúnem mais de 1 milhão de cooperados e geraram receita de R$ 423,2 bilhões em 2023, com ativos totais de R$ 274,2 bilhões.

A Embrapa é orientada pela inovação que se concentra na geração de conhecimento e tecnologia para a agricultura brasileira. Sob a direção do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foi criada para desenvolver a base tecnológica de um modelo genuinamente tropical de agricultura e pecuária. A iniciativa foi encarregada de proporcionar ao Brasil segurança alimentar e uma posição de liderança no mercado internacional de alimentos, fibras e energia.

Durante a reunião, o Sistema OCB destacou que o modelo cooperativista está diretamente alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e que a participação na COP30 será uma oportunidade para evidenciar, com base técnica e científica, a contribuição real e concreta das cooperativas para um futuro mais sustentável.

Para Fabíola, a parceria com a Embrapa é vista como uma maneira de qualificar o discurso do movimento e ampliar o reconhecimento internacional da agropecuária brasileira baseada em ciência, inovação e cooperação. “Essa é uma parceria entre quem produz e quem pesquisa, com o objetivo de mostrar ao mundo que o agro brasileiro, especialmente o cooperativista, é sustentável, competitivo e comprometido com a sustentabilidade e a agenda climática”, disse.

 

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Conselho do Ramo Crédito projeta crescimento com solidez

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Encontro do colegiado reuniu lideranças para debater sustentabilidade do setor, desafios e metas

O Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (Ceco) promoveu, nesta quarta-feira (09), reunião plenária, presencial, no Rio de Janeiro. O encontro, que reuniu lideranças do Ramo Crédito e representantes do Sistema OCB, teve como objetivo apresentar os resultados alcançados pelo Ceco no último exercício e propor o plano de trabalho para os próximos 12 meses.

A mesa de abertura contou com a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas; do coordenador do Ceco, Remaclo Fischer; do presidente da OCB-RJ, Vinícius Mesquita; e do chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e Instituições Não-Bancárias (Desuc) do Banco Central, Adalberto Filinto.

Em sua fala, Márcio Lopes ressaltou a importância do trabalho desenvolvido pelo Ceco, com destaque para os objetivos alcançados no último ano e os desafios futuros, especialmente no que se refere ao fortalecimento da estrutura patrimonial das cooperativas de crédito para sustentar seu crescimento contínuo.

“O segmento tem crescido de forma sólida e sustentável, mas é fundamental que continuar consolidando nossa base de patrimônios para garantir esse avanço com segurança, competitividade e impacto real nas comunidades onde atuamos”, destacou. Ele também mencionou a participação do Sistema OCB na preparação para a COP30 e celebrou o reconhecimento de 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas pela ONU, afirmou.

Remaclo agradeceu o empenho dos integrantes da coordenação, dos membros do conselho consultivo e das câmaras temáticas. “Os resultados positivos foram fruto do esforço coletivo em prol do cooperativismo de crédito”, disse.

Adalberto abordou o papel do Banco Central na supervisão das cooperativas, e o apoio da autoridade reguladora ao segmento como propulsor da inclusão e educação financeira, além de seu impacto no desenvolvimento das comunidades onde atua.

Vinicius Mesquita contou, com orgulho, sobre a realização da plenária do Ceco no Rio de Janeiro. “O cooperativismo de crédito tem sido um ator importante para o desenvolvimento econômico do nosso estado, com promoção de prosperidade e geração de oportunidades. O Sistema OCB tem atuado de forma firme e estratégica na defesa desse setor, com garantia de um ambiente mais favorável para que as cooperativas possam crescer e beneficiar ainda mais pessoas”.

Durante a reunião, foram apresentados o plano de trabalho e os resultados alcançados pelo Ceco, seguidos por uma palestra de Marcos Troyjo, ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como Banco dos BRICS. Ele abordou cenários econômicos internos e externos, com destaque para os desafios e oportunidades do cooperativismo de crédito, e sugeriu formas de integração das cooperativas para aproveitar essas oportunidades.

O evento também contou com a presença do deputado Júlio Lopes (RJ), integrante da Frencoop.

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Acordo com BNDES amplia acesso a crédito, inovação e sustentabilidade
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Acordo com BNDES amplia acesso a crédito, inovação e sustentabilidade

  • Artigo Secundário 3

Documento prioriza capacitações, soluções digitais e desenvolvimento socioeconômico

Em mais um passo estratégico para fortalecer o cooperativismo brasileiro, o Sistema OCB e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram, nesta quinta-feira (10), um novo acordo de cooperação com validade de cinco anos. A parceria tem como objetivo ampliar o acesso das cooperativas brasileiras às linhas de financiamento e às soluções digitais do banco, além de fomentar iniciativas que promovam inovação, sustentabilidade e inclusão socioeconômica.

Assinaram o documento o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, com a presença da diretora de crédito digital do banco, Maria Fernanda Coelho, e da superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella, como testemunhas.

O acordo foi firmado durante a abertura do seminário O impacto do cooperativismo no desenvolvimento do Brasil e o apoio do BNDES, realizado no Rio de Janeiro, na sede do banco. O evento reuniu lideranças do setor cooperativista, representantes do governo e especialistas em desenvolvimento econômico.

A iniciativa prevê ações coordenadas de capacitação, promoção institucional, intercâmbio de informações e desenvolvimento de projetos conjuntos, com foco, em especial, no estímulo à produtividade, sustentabilidade e competitividade das cooperativas, além de contemplar todos os oito ramos de atividades do movimento.

Márcio Lopes ressaltou que a parceria reflete o reconhecimento do cooperativismo como um instrumento de transformação econômica e social. “O movimento já é um importante agente de desenvolvimento em milhares de comunidades pelo país. Mas nosso potencial é ainda maior e, com parceiros estratégicos como o BNDES, conseguimos chegar mais longe, promover ainda mais inclusão social, produtiva e econômica com base em princípios democráticos e participativos”, destacou.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que a formalização da parceria reconhece o papel estratégico do modelo de negócios no país. “As cooperativas representam quase 30% da carteira de crédito do BNDES. Elas são fundamentais para promover o desenvolvimento local, ampliar a inclusão financeira e reduzir desigualdades. Ao fortalecer esse setor, estamos contribuindo para uma economia mais justa, solidária e descentralizada”, afirmou.

Entre as ações previstas no acordo estão a divulgação contínua das políticas operacionais e plataformas digitais do BNDES, como o Canal MPME, o BNDES Crédito e o Portal de Operações, bem como a realização de eventos e seminários voltados ao público cooperativista. A capacitação de colaboradores indicados pelo Sistema OCB para atuar como multiplicadores das soluções do banco também é uma das frentes prioritárias.

Além disso, o acordo fomenta o desenvolvimento de projetos e plataformas em parceria, voltadas à difusão da cultura cooperativista, ao fortalecimento do mercado de trabalho no setor e à ampliação do acesso às linhas de financiamento. A troca de informações entre as instituições é outro ponto, como dados sobre o desempenho operacional das linhas de crédito, estudos técnicos e perfis de atendimento.

A relação entre o BNDES e o cooperativismo brasileiro vem de longa data. Desde a década de 90, o banco atua por meio do repasse de recursos às instituições financeiras cooperativas. Além disso, tem apoiado financeiramente projetos de coops de produção que geram impacto direto em setores como agropecuária, energia, saúde, educação, infraestrutura e tecnologia.

Com a nova parceria, Márcio Lopes acredita que esse histórico ganha um reforço institucional importante, que potencializa o papel do movimento na construção de soluções para os desafios do país. “O acordo também abre caminhos para que as cooperativas acessem oportunidades que, antes, eram restritas a outros perfis de empreendimentos, com promoção de equidade no acesso ao crédito e à inovação”, disse.

Para ele, o modelo econômico é uma força silenciosa, mas transformadora. “Com o apoio técnico e financeiro do BNDES, temos a chance de ampliar ainda mais nossa contribuição para o desenvolvimento regional, sustentável e humano do Brasil”, concluiu Márcio.

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Desenvolvimento sustentável no agro ganha destaque em seminário do BNDES
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Desenvolvimento sustentável no agro é destaque em seminário do BNDES

  • Artigo Secundário 2

Evento celebra o Ano Internacional das Cooperativas, com foco no impacto do setor no desenvolvimento sustentável do Brasil

Em um momento em que o mundo volta os olhos para modelos sustentáveis de desenvolvimento, o cooperativismo agroindustrial brasileiro mostra sua força. Nesta quinta-feira (10), o Sistema OCB e o BNDES realizaram o seminário O impacto do cooperativismo no desenvolvimento do Brasil e o apoio do BNDES, no Rio de Janeiro. O evento reuniu representantes do governo, do setor produtivo e de cooperativas de referência para discutir estratégias que integram inovação, sustentabilidade e geração de renda.

Um dos destaques foi o painel O cooperativismo de produção agroindustrial e o desenvolvimento sustentável, moderado pelo diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luiz Gordon. Na abertura, ele enfatizou o papel central das cooperativas agroindustriais na economia brasileira. "Hoje, cerca de metade da produção de grãos do Brasil está relacionada, direta ou indiretamente, ao trabalho das cooperativas. "Elas dão escala aos pequenos e médios produtores, facilitam a aquisição de insumos, a construção de armazéns e fortalecem toda a cadeia produtiva do agronegócio", afirmou.

O diretor também ressaltou o crescimento expressivo do apoio do BNDES ao setor. "Em 2023, o BNDES destinou cerca de R$ 7,5 bilhões ao cooperativismo agro, um aumento de mais de 120% em relação ao ano anterior. Estamos falando de uma política de apoio consistente, que vem ganhando escala e relevância". Gordon falou ainda sobre o protagonismo das cooperativas no setor de biocombustíveis. "As cooperativas estão começando a investir fortemente na produção de etanol, e o BNDES, por meio do Fundo Clima, já apoia algumas dessas iniciativas. Queremos estar cada vez mais próximos do cooperativismo, contribuindo com financiamento, estrutura e visão de futuro", concluiu.

 

Papel estratégico

O secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária, Pedro Neto, abordou a relevância do cooperativismo nas políticas públicas da pasta. "Temos hoje 1.179 cooperativas do setor agropecuário. Esse número expressivo reforça a vocação agropecuária do Brasil e a necessidade de políticas públicas que dialoguem com esse setor", destacou.

Segundo Neto, o Ministério da Agricultura reconhece o protagonismo das cooperativas na abertura de mercados internacionais. "Cada vez que abrimos um novo mercado, é como abrir uma lojinha. Mas é preciso que os produtos cheguem lá. E as cooperativas são fundamentais nesse esforço", comparou.

Ele também destacou três políticas governamentais alinhadas ao cooperativismo: a Nova Indústria Brasil, o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD) e o Plano ABC+. "O PNCPD, que agora ganhará um novo nome, conecta sustentabilidade, financiamento e cooperativismo. E as cooperativas, com quase 10 mil extensionistas, têm papel fundamental na transferência de tecnologia ao produtor", afirmou.

 

Agrofloresta

O presidente da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), Alberto Oppata, trouxe ao painel a experiência bem-sucedida da cooperativa no sul do Pará. "A agroindústria da nossa região é um exemplo de integração entre inovação tecnológica e o conhecimento dos povos tradicionais", afirmou.

A Camta, segundo Oppata, já impactou positivamente mais de mil famílias em 25 comunidades no Brasil, Bolívia e Gana, com foco na agricultura sustentável. "Hoje temos 172 cooperados e mais de 1.800 agricultores vinculados, beneficiando cerca de 10 mil pessoas. Nosso modelo garante renda, dignidade e preservação ambiental", explicou.

A valorização do cacau no mercado internacional também impulsionou os resultados da cooperativa. "Nosso faturamento saltou de R$ 40 milhões para R$ 120 milhões. É fruto de um trabalho sério, sustentável e reconhecido dentro e fora do país", concluiu.

Encerrando o painel, o diretor-presidente da Frimesa, Elias Zydek, apresentou os resultados da cooperativa central, formada por cinco singulares: Lar, Copagril, Primato, C.Vale e Copacol.
"Somos uma intercooperação comprometida com a entrega de alimentos de valor. Empregamos mais de 70 mil colaboradores e temos quase 3 mil produtores integrados", relatou.

Zydek ressaltou a liderança da Frimesa no setor. "Somos líderes no Paraná em abate de suínos, a quarta maior processadora de carne suína do Brasil e a segunda maior indústria de lácteos do Paraná", afirmou.

Com faturamento de R$ 6,5 bilhões em 2023 e previsão de R$ 7,2 bilhões para 2024, a cooperativa também se destaca por seus compromissos ESG. "Apresentamos um planejamento com 15 metas até 2040. Sustentabilidade está no centro da nossa estratégia", disse.

O diretor também agradeceu o apoio do BNDES para a construção do frigorífico mais moderno da América Latina. "Esse novo projeto terá capacidade para abater 15 mil suínos por dia até 2030, consolidando nosso compromisso com inovação e responsabilidade", finalizou.

 

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Seminário BNDES: cooperativismo de crédito é pilar de desenvolvimento
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Seminário BNDES: cooperativismo de crédito é pilar de desenvolvimento

  • Artigo Secundário 1

Painel demonstrou como modelo de negócios gera oportunidades e transforma economia local

Alisson Pablo (Fipe), Ayrton Aquino (Bcb) e Ênio Meinen (SNCC)Alisson Pablo (Fipe), Ayrton Aquino (Bcb) e Ênio Meinen (SNCC)Em celebração ao Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2025, o Sistema OCB e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizaram, nesta quinta-feira (10), na sede do banco, no Rio de Janeiro, seminário com o tema O impacto do cooperativismo no desenvolvimento do Brasil e o apoio do BNDES.

O evento, em parceria com o portal Metrópoles, reuniu representantes do governo e do setor cooperativista para debater o papel das cooperativas como motores da transformação econômica e social do país, com a participação, na mesa de abertura, de nomes como o do presidente do BNDES, Aloisio Mercadante, do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e do presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Arnaldo Jardim (SP).

Abrindo os painéis, o seminário promoveu uma discussão sobre o cooperativismo de crédito, e reuniu três nomes estratégicos para o setor: Ailton Aquino, diretor de Fiscalização do Banco Central do Brasil (BCB); Enio Meinen, diretor de Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais do Sicoob, como representante do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC); e Alisson Pablo de Oliveira, pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Ailton Aquino trouxe números que evidenciaram o potencial do Ramo Crédito, que reúne 753 cooperativas de crédito e soma 19,2 milhões de cooperados, além de ter quase R$ 885 bilhões em ativos totais registrados em 2024. Para ele, o cooperativismo de crédito é uma ferramenta de inclusão e desenvolvimento da sociedade brasileira, por ser uma entidade feita de pessoas para pessoas. “As cooperativas oferecem benefícios econômicos concretos, com operações de crédito mais vantajosas para os cooperados e remuneração mais justa para os depósitos, o que promove uma relação financeira mais equilibrada e próxima das necessidades da população”, declarou .

Aquino também defendeu o reconhecimento do ato cooperativo na nova legislação tributária, e ressaltou que a importância do reconhecimento do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo. “O modelo econômico cooperativo representa competitividade e inclusão. É possível comprovar o retorno gerado para a comunidade”, argumentou.

Entre os desafios enfrentados pelo setor, ele destacou a necessidade de promover a diversidade e a inclusão, com foco na ampliação da participação feminina nas lideranças cooperativistas. “A principalidade é essencial para as cooperativas e é preciso que essa participação reflita a diversidade da nossa sociedade. Por isso, a alternância e a inclusão são fundamentais”, reforçou.

Ênio Meinen defendeu que o cooperativismo de crédito é como uma extensão do próprio BNDES, por sua atuação capilarizada e por seu modelo de negócios orientado à comunidade. “Nosso modelo não visa o lucro e é como uma extensão do BNDES, ao permitir que o banco esteja presente em todos os recantos brasileiros”, afirmou.

Ele destacou o papel central das cooperativas na intermediação dos recursos do BNDES, especialmente junto aos pequenos empreendedores e produtores rurais. “As cooperativas são responsáveis por 82% das operações de investimento e 100% das operações de custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). São como microempréstimos que interessam pouco aos modelos tradicionais de crédito. Mas, para o pequeno produtor, fazem toda a diferença”, explicou.

O dirigente também ressaltou que 70% das operações concedidas nos programas do BNDES são viabilizadas pelo segmento cooperativo, o que evidencia o papel do setor na descentralização do crédito e no desenvolvimento regional equilibrado. “O cooperativismo tem o poder de dinamizar economias locais e garantir oportunidades reais para quem está fora dos grandes centros”, pontuou.

Para embasar com dados os impactos positivos das cooperativas de crédito, Alisson Pablo, pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), apresentou uma análise dos efeitos das cooperativas sobre indicadores socioeconômicos em municípios das regiões Norte e Nordeste entre os anos de 2016 e 2023. Segundo ele, a presença de cooperativas está diretamente associada a melhorias significativas no desempenho econômico dos municípios. “Nos locais onde as cooperativas se instalaram, houve um aumento médio de R$ 3,9 mil no PIB per capita; 23,5 empregos formais a mais a cada mil habitantes e uma elevação de R$ 115,5 mil na massa salarial”, detalhou.

Ele explicou que a presença da cooperativa atua como uma ignição do processo de desenvolvimento local. “Os dados apontam que o crédito acessível impulsiona a produção agrícola, que gera renda e, por sua vez, é reinvestida na economia local, promovendo consumo, emprego e formalização. As cooperativas não só aumentam a produção, mas também reduzem a vulnerabilidade social. Identificamos uma redução de 12,3 famílias cadastradas no Cadastro Único do Governo Federal, o que demonstra um ganho de renda e melhoria da qualidade de vida”, afirmou.

Em sua análise, o pesquisador também identificou que, quanto maior o município, maior o impacto da cooperativa na produção agrícola, com uma elevação média de 23% no valor da produção. “Os resultados positivos se sustentam no tempo, uma vez que as cooperativas atuam com base em valores como o compartilhamento e a solidariedade, que fazem com que as sobras retornem para os cooperados, gerando um ciclo virtuoso de desenvolvimento”.

Ao final do painel, a diretora de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, Maria Fernanda Coelho, salientou o caráter transformador e integrador do cooperativismo. “Os dados apresentados demonstram com clareza o propósito e a potência do modelo cooperativista. Ele é uma força viva, um ecossistema que dinamiza as economias locais, gera impacto e transforma realidades. Está alinhado ao que o Brasil precisa”, afirmou.

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