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Parceria prevê ações conjuntas para ampliar acesso ao crédito, fortalecer atuação das cooperativas e fomentar desenvolvimento sustentável
O Sistema OCB e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram, nesta quinta-feira (10), um acordo de cooperação com validade de cinco anos para ampliar o acesso das cooperativas às linhas de financiamento do banco. A assinatura ocorreu durante a abertura do seminário O impacto do cooperativismo no desenvolvimento do Brasil e o apoio do BNDES, realizado no Rio de Janeiro.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDESO novo acordo foi assinado pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. A diretora de crédito digital do BNDES, Maria Fernanda Coelho, e a superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella, participaram como testemunhas.
Segundo os termos da cooperação, o foco será em ações de capacitação, eventos, comunicação institucional e no desenvolvimento de projetos que fortaleçam a atuação das cooperativas no país. Também está prevista a troca de informações entre as instituições e a divulgação das plataformas digitais e das políticas do BNDES.
Durante a mesa de abertura do evento, o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, classificou o momento como histórico. “O que estamos vivendo hoje é mais do que a assinatura de um termo de cooperação. É a celebração de uma parceria estratégica e transformadora”, afirmou.
Ele destacou que as cooperativas de crédito vão muito além da oferta de recursos “Elas realizam todos os serviços bancários e, em muitos casos, oferecem mais do que as instituições tradicionais e com um diferencial, o foco nas pessoas, distribuição de resultados e compromisso com a comunidade”, declarou.
Márcio também ressaltou os objetivos do movimento brasileiro, de alcançar R$ 1 trilhão em movimentação financeira e atingir a marca de 30 milhões de cooperados até 2027. No último Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), cerca de 3,5 mil lideranças debateram e definiram 25 diretrizes estratégicas para alcançar essas metas.
2025: Ano Internacional das Cooperativas
Presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de FreitasPara o presidente da OCB, o reconhecimento da ONU ao declarar 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas reforça o papel estratégico do setor na construção de um mundo mais justo e sustentável. Coincidentemente, o Brasil sediará a COP30 no mesmo ano. “Queremos propor que o cooperativismo seja a plataforma global para a sustentabilidade do futuro”, disse. Cinco áreas foram destacadas por ele como prioritárias para o fortalecimento do setor: governança e gestão, inovação, sustentabilidade, comunicação e representação política.
Crédito, inclusão e sustentabilidade
Em seu discurso, Aloizio Mercadante reforçou o compromisso do BNDES com o desenvolvimento do cooperativismo. “Esse acordo representa um passo importante para aproximar ainda mais o cooperativismo do BNDES. Acredito firmemente que essa parceria abre um novo capítulo”, afirmou.
De acordo com Mercadante, o banco já realizou mais de 260 mil operações de crédito com cooperativas, totalizando R$ 37,4 bilhões em financiamentos — com foco especial em micro e pequenas empresas. “Das três maiores instituições repassadoras de crédito do BNDES, duas são cooperativas. O cooperativismo é uma força econômica e social decisiva. São 550 mil empregos diretos, R$ 692 bilhões em faturamento anual, e o mais importante: uma capilaridade que chega onde os grandes bancos não chegam mais”, enfatizou.
Ele lembrou que o BNDES lançou recentemente o Procap Crédito, com R$ 2 bilhões disponíveis, ampliando o limite por operação para até R$ 100 mil e criando condições especiais para as regiões Norte e Nordeste. “Ainda há muito a fazer nessas regiões. O cooperativismo nasceu forte no Sul, com influência europeia, e avançou para o Centro-Oeste. Agora, nosso desafio é expandi-lo para o Norte e Nordeste, gerando renda e melhorando a distribuição de riqueza no Brasil”, acrescentou.
Mercadante também destacou a relevância do cooperativismo para o enfrentamento das mudanças climáticas. “Nos últimos 18 meses, a temperatura média da Terra subiu 1,5°C. O cooperativismo pode liderar essa resposta com práticas sustentáveis e produção limpa”, disse.
Frencoop
O deputado federal Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), também esteve presente e destacou a importância do cooperativismo para o Brasil. “Estamos formalizando uma parceria que já vem de longa data — uma relação construída com base em confiança, compromisso e resultados concretos. É como um casamento entre duas partes que agora decidem dar um passo ainda maior. E faço questão de dizer: essa união será frutífera para o povo brasileiro”. Jardim reforçou ainda que o cooperativismo já mostrou sua força no setor de crédito e agora se prepara para expandir sua atuação com a criação do ramo Seguros.
Outro destaque foi a participação do deputado federal Fernando Mineiro (RN), que ressaltou o papel das cooperativas na inclusão econômica e social. “As cooperativas são as agências do BNDES Brasil afora. Para desenvolver o país com igualdade e justiça social, precisamos levar o êxito das cooperativas a outras regiões, como o Nordeste. O cooperativismo acolhe todas as minorias e inclui setores marginalizados pelo desenvolvimento tecnológico. O Sistema OCB é hoje uma potência para atravessar o tempo turbulento que vivemos.”
Representando o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o secretário Carlos Augustinho elogiou a atuação do BNDES e propôs soluções criativas para ampliar o financiamento agrícola. “Na minha experiência como agricultor, nunca vi o BNDES tão presente e tão forte como agora. Precisamos reconhecer e valorizar isso. Há muito dinheiro disponível lá fora, mas precisamos nos organizar para acessá-lo. Com criatividade, parceria e coragem, vamos avançar muito mais”.
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Pauta reforçou articulação internacional e papel das cooperativas na sustentabilidade
O fortalecimento do cooperativismo agropecuário no Mercosul guiou os debates da 3ª Reunião da CoopSul, realizada nesta terça-feira (08), com a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e do coordenador de Relações Internacionais, João Penna.
O encontro marcou o aniversário de um ano da aliança estratégica, que une organizações representativas do Ramo Agro no bloco econômico sul-americano: o Sistema OCB (Brasil), a Confederação Intercooperativa Agropecuária (Coninagro), da Argentina; a Cooperativas Agrarias Federadas (CAF), do Uruguai e a Federação de Cooperativas de Produção (Fecoprod), do Paraguai.
A CoopSul surgiu como uma resposta coordenada à crescente necessidade de integração regional e posicionamento conjunto do setor. Além de reforçar os laços históricos entre os países, a aliança amplia oportunidades de cooperação e facilita o diálogo com blocos comerciais como a União Europeia, assim como promove o acesso a novos mercados e o intercâmbio de experiências bem-sucedidas.
“O cooperativismo tem uma força transformadora que ultrapassa fronteiras. A CoopSul é a materialização disso e, por isso, reunimos os principais representantes do setor agropecuário cooperativista no Mercosul para pensar, juntos, soluções sustentáveis e integradas”, disse Márcio Lopes. Para ele, trabalhar em cooperação fortalece a voz do movimento, bem como o protagonismo de debates que moldam o futuro da agricultura e da sustentabilidade.
Durante o encontro, o Sistema OCB destacou seu trabalho institucional no Brasil, com foco na atuação junto aos Três Poderes, para assegurar que políticas públicas levem em conta o papel estratégico das cooperativas para a sociedade. João Penna explicou que a articulação acontece por meio do mapeamento de normativos e projetos de lei, de agendas com ministérios e parlamentares, e da defesa jurídica do setor nos tribunais superiores. “A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), composta por deputados e senadores comprometidos com a causa, é uma das nossas principais aliadas nesse processo”, explicou.
Outro ponto de destaque na participação do Sistema OCB foi a apresentação da estratégia para a COP30, que acontecerá em 2025, em Belém (PA). A entidade compartilhou com os membros da CoopSul o Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30, documento que reflete o compromisso e o posicionamento das cooperativas brasileiras com a sustentabilidade e o enfrentamento das mudanças climáticas.
Com o tema Juntos por um futuro mais próspero e sustentável, o manifesto destaca a relevância das cooperativas como modelo de negócios centrado nas pessoas, voltados ao desenvolvimento comunitário e à inclusão produtiva. Defende, ainda, que o clima seja considerado um vetor de desenvolvimento, e não uma barreira comercial, e que as comunidades estejam no centro das políticas climáticas globais.
O Sistema OCB se colocou à disposição para receber contribuições da CoopSul quanto ao posicionamento regional sobre os temas climáticos e reforçou o convite para que a aliança esteja representada durante a COP30. “O movimento cooperativista já é, por essência, sustentável. Estamos preparados para oferecer soluções concretas aos grandes desafios do nosso tempo, e queremos que essa contribuição seja reconhecida e amplificada também no cenário internacional. Por isso, a CoopSul é estratégica. Juntos, ganhamos mais força para mostrar ao mundo o valor do cooperativismo como ferramenta de transformação”, concluiu Márcio.
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- Artigo Secundário 2
Com apoio da Susep, reunião discutiu plano de ação, regulação, capacitação e fomento
A primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) Cooperativas de Seguros, realizada nesta segunda-feira (07), reuniu cerca de 50 pessoas, representantes de 20 Organizações Estaduais (OCEs) e, também, do Sistema OCB. O encontro marcou o início de uma jornada estratégica para a consolidação do novo Ramo Seguros, aprovado em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), após a sanção da Lei Complementar (LC) 213/2025, que permite a constituição de cooperativas para atuar de forma mais ampla no mercado segurador.
Com uma pauta estruturada, a reunião foi dividida em quatro blocos principais, sendo eles a contextualização, os desafios regulatórios, o futuro registro destas cooperativas e a apresentação do plano de ação. A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, conduziu a abertura com uma análise sobre os caminhos percorridos até o momento e os próximos passos da agenda institucional. “A criação do Ramo Seguros é um marco para o cooperativismo brasileiro. Essa conquista, fruto de mais de uma década de articulação, amplia nossas possibilidades de atuação em um dos setores mais relevantes da economia mundial. O GT nasce para organizar esse novo momento, garantir segurança jurídica e apoiar as organizações estaduais nessa transição”, afirmou.
Na sequência, Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais, aprofundou o debate com um panorama da legislação, do potencial de mercado e da participação das cooperativas de seguros no cenário internacional. “Estamos diante de um mercado que movimenta uma importante parcela da economia no mundo. A nova lei nos permite ocupar espaços estratégicos, aproveitar nichos e promover soluções mais acessíveis e solidárias. Para isso, precisamos de um plano de ação robusto, que reúna regulação proporcional, capacitação, estrutura institucional e comunicação qualificada”, destacou.
Planejamento
O principal produto da reunião foi a apresentação do plano para fortalecimento do novo ramo, dividido em cinco eixos estratégicos:
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Comunicação e divulgação: traz ações como a produção de boletins informativos, artigo de opinião com o presidente do Sistema OCB e gravação da websérie Se Liga, além do planejamento do Seminário Nacional das Cooperativas de Seguros;
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Atuação na regulação: o GT já iniciou o diálogo com a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e a contratação de um escritório jurídico especializado. Também está sendo estruturada uma missão internacional de estudos, com base em materiais traduzidos da Federação Internacional das Cooperativas e Mútuas de Seguros (ICMIF);
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Capacitação e preparação: produção de materiais como FAQs, cursos in company, parcerias com a Escola Nacional de Seguros (ENS) e a construção de trilhas formativas em parceria com o Sistema OCB;
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Adequação institucional: atualização da comunicação oficial do Sistema OCB para incluir o novo ramo, e um grupo específico responsável por acompanhar a integração dele às estruturas nacionais e estaduais;
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Fomento: estímulo à criação e ao fortalecimento de cooperativas de seguros, com ênfase na identificação de nichos de mercado, potencial de intercooperação com o Ramo Crédito e apoio às iniciativas que estejam alinhadas à regulamentação futura.
Registro
Entre os temas discutidos, o que mais gerou dúvidas foi a definição dos critérios de registro das cooperativas de seguros. Como a regulamentação da LC 213/2025 ainda está em construção, há insegurança sobre pontos como capital mínimo exigido, estrutura de governança, segmentos autorizados, entre outros.
A orientação do Sistema OCB às unidades estaduais foi clara para atuar com cautela e preparo. “Nossa intenção é garantir que todo o processo aconteça com segurança. Por isso, precisamos orientar os interessados para que aguardem a regulamentação, compreendam suas implicações e só então iniciem os trâmites de constituição”, reforçou Clara Maffia.
Outro ponto de destaque na reunião foi a participação da Susep, representada pelo diretor Ayrton Almeida e pelo coordenador César Neves, reafirmaram o compromisso do órgão em atuar de forma colaborativa junto ao Sistema OCB, para construir uma regulamentação proporcional e adequada ao modelo cooperativo. “Ter a SUSEP ao nosso lado desde a primeira reunião é um sinal claro de que estamos no caminho certo. Essa parceria institucional será essencial para garantir que as cooperativas tenham um ambiente regulatório seguro e favorável ao seu desenvolvimento”, afirmou Fabíola.
Mercado
Os dados apresentados durante a reunião reforçam o potencial do setor. No mundo, as cooperativas de seguros estão presentes em 77 países, com mais de 5 mil organizações e somam US$ 1,4 trilhão em receitas de prêmios e US$ 11 trilhões em ativos totais. No Brasil, embora o setor ainda seja concentrado em 135 seguradoras, o a movimentação financeira alcança R$435 bilhões em receita e gera 185 mil empregos diretos.
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- Artigo Secundário 3
Evento realizado em Curitiba reforçou a importância do engajamento em educação política
Para fortalecer a atuação político-institucional do cooperativismo, promover a cultura da participação política, fomentar troca de experiências e incentivar a formação de redes estaduais de educação política, o Sistema OCB realizou, nos dias 3 e 4 de abril, o primeiro encontro presencial itinerante do Grupo de Trabalho de Relações Institucionais. Desta vez, o anfitrião do evento foi o Sistema Ocepar, e a programação reuniu representantes de diversas Organizações Estaduais (OCEs), lideranças do cooperativismo paranaense e especialistas em ciência política e comunicação estratégica.
A abertura oficial foi conduzida pelo presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, que reforçou a importância de profissionalizar as práticas de representação política nas cooperativas. Ele destacou que o cooperativismo precisa ocupar o seu espaço de forma organizada e com visão estratégica. “Política é uma ciência, não podemos fazer de forma amadora. Nós temos que ser organizados. Vamos nos organizar para aproveitarmos as experiências do outro. Se nós não montarmos uma trincheira política, nossos interesses não vão prevalecer. Então, vamos aperfeiçoar o que nós já fizemos agora”, pontuou Ricken.
Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, destacou a importância do papel de representação na promoção da competitividade do cooperativismo brasileiro. Ela elogiou a parceria com o Sistema Ocepar e a mobilização dos profissionais da área de Educação Política no estado. “É um prazer unir nosso grupo nacional e o grupo de vocês. É um momento de troca para que a gente saia daqui com muita inspiração. E, quando falamos de política, falamos de competitividade”, disse.
Engajamento
No primeiro dia, a doutora em Ciência Política pelo IESP/UERJ, Carolina de Paula, apresentou uma palestra magna com o tema Engajamento e formação de multiplicadores na defesa do cooperativismo. Ela fez uma análise crítica sobre o cenário político atual e os desafios da mobilização social em um ambiente de descrédito nas instituições políticas. Carolina acredita que o engajamento cidadão só será possível por meio da construção de vínculos autênticos com os territórios e pela valorização da confiança mútua.
“Como a gente engaja as pessoas em um país cansado de política? São muitas informações, passamos por processos tumultuados no Brasil e no mundo. Mas temos a oportunidade de criar redes locais. E, para isso, confiança e pertencimento são ativos poderosos. Hoje a gente precisa pensar que política é permanente. O trabalho tem que ser feito para que as pessoas tenham vontade de participar”, observou.
Na parte da tarde, a programação foi dedicada à apresentação de boas práticas e vivências das cooperativas paranaenses na área de representação, relacionamento institucional e comunicação estratégica. O primeiro painel, mediado por Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, trouxe a visão de lideranças de diferentes ramos cooperativistas sobre como a atuação institucional fortalece a imagem do setor.
Participaram Solange Pinzon Martins, vice-presidente do Sicoob Central Unicoob e diretora da Ocepar; Jossânia Veloso, assessora de imprensa da Unimed PR; Luiz Humberto de Souza Daniel, presidente da Dental Uni Cooperativa; Marcio Zwierewicz, presidente do Sicredi Campos Gerais e Grande Curitiba e Cláudia Barbosa, gerente de marketing do Sicredi Campos Gerais e Grande Curitiba. Os convidados compartilharam estratégias de aproximação com lideranças locais, ações de formação cidadã e iniciativas de comunicação voltadas à valorização do papel social e econômico das cooperativas.
O segundo painel mostrou experiências mais focadas em engajamento territorial e atuação institucional em municípios e regiões. A mediação ficou por conta da coordenadora de Relações Institucionais do Sistema Ocepar, Daniely Silva, e contou com a presença de Pedro Crusiol, coordenador de Cooperativismo da Cooperativa Integrada; Tatiane Figura da Silva, assessora de imprensa da Cooperativa Agroindustrial Bom Jesus; João Sadão, gerente de Cooperativismo e Experiência do Cliente da Cocamar. As falas evidenciaram como a atuação institucional pode ser impulsionada a partir de lideranças locais comprometidas, que atuam como pontes entre a base cooperada, a comunidade e os representantes políticos.
Multiplicadores
Na sexta-feira (04), segundo dia de evento, a agenda foi dedicada à reunião do Grupo de Trabalho de Relações Institucionais, com foco no desenvolvimento de redes de multiplicadores nas OCEs. O debate, também moderado por Eduardo Queiroz, contou com apresentações de representantes de três estados: Daniely Silva, coordenadora de Relações Institucionais do Sistema Ocepar, que compartilhou o modelo de mobilização adotado no Paraná; David Ribeiro, assessor de Relações Institucionais do Sistema OCB/ES, que apresentou os avanços do Espírito Santo na estruturação de uma rede estadual de influenciadores cooperativistas; e Tarcisio Minetto, gerente de Relações Institucionais e Sindical do Sistema Ocergs, que destacou a atuação do Rio Grande do Sul no diálogo contínuo com parlamentares e gestores públicos.
Avanços
O 1º Encontro Presencial Itinerante de Relações Institucionais é um marco para o fortalecimento da articulação política do cooperativismo no Brasil. Com a participação de representantes de 18 Organizações Estaduais, o evento demonstrou o potencial transformador das redes colaborativas e da atuação coordenada entre as unidades estaduais e o Sistema OCB Nacional.
Para o coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, Eduardo Queiroz, a iniciativa representa um ponto de partida para uma atuação cada vez mais conectada com os desafios do presente. “Esse encontro mostra que não estamos sozinhos nessa jornada. Cada cooperativa e cada OCE possuem experiências valiosas que podem inspirar outras. Nosso papel é facilitar essas conexões, gerar inteligência coletiva e construir uma representação política que seja reflexo direto da força e da diversidade do cooperativismo brasileiro.”
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Sistema OCB participou do evento que reforça importância da CIPA, capacitação e fiscalização do ambiente de trabalho
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizou, nesta quinta-feira (03), a cerimônia de abertura da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Canpat) 2025. O evento reuniu autoridades, especialistas e representantes de diversas entidades para reforçar a importância da cultura de prevenção no ambiente de trabalho.
O coordenador de Relações Trabalhistas e Sindicais da CNCoop, Bruno Vasconcelos, esteve presente na cerimônia. “O papel da Canpat é de extrema importância para sensibilizar empregadores, trabalhadores e governo, com o intuito de fortalecer a cultura da prevenção, além de estimular a adoção de medidas eficazes de segurança e saúde no trabalho”, disse.
Este ano, o foco da campanha é o fortalecimento da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), que são ferramentas essenciais para a segurança dos trabalhadores.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, ressaltou a necessidade da união entre empregadores, trabalhadores e governo para construir um ambiente laboral mais seguro. "A prevenção é essencial para um ambiente de trabalho seguro, que reforça a melhoria das condições de trabalho e de qualificação profissional, investimento em tecnologia e comprometimento dos gestores”, destacou.
Durante o evento, o secretário de Inspeção do Trabalho, Luiz Felipe Brandão de Mello, anunciou a contratação de 900 auditores-fiscais do trabalho, tendo em vista a ampliação significativa para fiscalização e melhoria das condições laborais.
Para 2025, a campanha prevê diversas ações voltadas à conscientização, como cursos online, e a produção de materiais informativos direcionados a Microempreendedores Individuais (MEI). Além disso, eventos esportivos como a Corrida do Trabalhador e o Passeio Ciclístico da Segurança e Saúde do Trabalhador fazem parte da programação.
A cerimônia contou com a participação de diversas autoridades e representantes do setor, como Adriana Silveira Machado, subprocuradora-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT); e Alberto Balazeiro, representante do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
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- Artigo Secundário 2
Nova estratégia global define cinco pilares e propõe visibilidade climática ampliada
A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) realizou, nesta quarta-feira (02), a reunião do seu Conselho de Administração. Entre os temas discutidos, destacam-se a aprovação da versão final do Plano Estratégico da ACI para o período de 2026-2030 e a proposta da OCB para um pavilhão do cooperativismo na COP30.
A estratégia da ACI para 2026-2030 traça as diretrizes para fortalecer o impacto das cooperativas em escala global. O plano fornece um roteiro estratégico para garantir que as cooperativas se fortaleçam, expandam sua influência e moldem uma economia global mais equitativa. Como parte dessa estratégia, a entidade apresentou cinco pilares que abordam os desafios e as oportunidades que estão por vir:
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As pessoas, que impulsionam a liderança, o engajamento e a educação cooperativa;
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Os dados, que fortalecem a visibilidade e a representação, garantindo que as cooperativas possam medir e comunicar seu impacto;
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A representação institucional, que assegura as políticas e as estruturas regulatórias necessárias para o sucesso das cooperativas, posicionando-as como uma força central na economia global;
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As finanças, que proporcionam às cooperativas o capital, as ferramentas financeiras e as estruturas de investimento necessárias para ampliar e competir em um mundo em rápida transformação; e
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A preparação para o futuro, que garante que as cooperativas estejam preparadas para liderar em inovação, sustentabilidade e tendências econômicas emergentes.
Outro ponto de destaque foi a proposta apresentada pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, para garantir um espaço exclusivo para o cooperativismo na Blue Zone da COP30, que será realizada em novembro na cidade de Belém (PA). “A participação das cooperativas brasileiras nas edições anteriores da COP demonstrou a relevância do setor na agenda climática, e a proposta de um espaço exclusivo na Blue Zone busca ampliar essa visibilidade”, disse Márcio Lopes.
A Blue Zone é o principal espaço de negociações e articulações climáticas durante a Conferência das Partes da ONU. A iniciativa da OCB visa posicionar o movimento cooperativista como um ator-chave na transição para uma economia de baixo carbono, promovendo soluções baseadas na cooperação para desafios globais como mudanças climáticas e desigualdade social.
Com a COP30 sendo sediada em Belém, e a declaração do Ano Internacional das Cooperativas, a OCB enxerga uma oportunidade única para destacar as contribuições do setor cooperativo na construção de um futuro mais sustentável. Além disso, a iniciativa busca reforçar o papel das cooperativas como agentes de transformação social e econômica, capazes de unir esforços locais e globais em prol de um desenvolvimento mais equilibrado.
Para João Penna, coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, ter um espaço como o Pavilhão do Cooperativismo evidencia como o modelo de negócios alia desenvolvimento econômico e sustentabilidade, além de expor soluções concretas para os desafios ambientais e sociais. “Seria como uma vitrine do impacto positivo que as cooperativas geram em diversas partes do mundo. Com o Brasil sendo o anfitrião da COP30, e o marco do Ano Internacional das Cooperativas, é o momento ideal para mostramos como o movimento pode ser protagonista na construção de um futuro mais sustentável e inclusivo”, afirmou.
A reunião foi marcada ainda pela visita do presidente da República Dominicana, Luis Abinader, que reafirmou seu compromisso com o movimento. Sua presença foi considerada mais um passo para o fortalecimento do alinhamento entre governos e cooperativas para o desenvolvimento sustentável.
A realização da Reunião do Conselho de Administração da ACI em Brasília, marcada para novembro de 2025, também foi oficializada durante o encontro. A decisão de sediar o evento na capital brasileira, e não em Belém durante a COP30, foi conduzida por conta de desafios logísticos, como a infraestrutura limitada de hospedagem e transportes na cidade paraense. Não obstante, estar no Brasil facilitaria a participação das lideranças que tenham interesse em participar da COP30. “A coincidência da reunião com o encerramento do Ano Internacional das Cooperativas 2025 e a COP30 oferece uma oportunidade estratégica para reforçar a presença do cooperativismo global na agenda climática”, sugeriu o presidente do Sistema OCB.
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- Artigo Secundário 3
Encontro debateu desafios regulatórios e influência do movimento na economia mundial
As sessões estratégicas do Conselho de Administração da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) aconteceram nesta terça-feira (1º). Os encontros foram marcados por discussões fundamentais sobre o futuro do movimento cooperativo e os debates se concentraram em três temas principais: Economia Social e Solidária (ESS), Estratégia Global da ACI para 2026-2030 e reforma das taxas de membresia e dos votos na ACI.
Em relação à ESS, o conselho identificou alguns desafios específicos: o reconhecimento variável, uma vez que em alguns países apenas cooperativas sociais são reconhecidas como parte; e o risco regulatório de regulamentações da ESS poderem enfraquecer leis específicas para as cooperativas. Neste sentido, houve um posicionamento unificado de que o movimento cooperativista não deve deixar de praticar a economia solidária, mas também não pode ser exclusivamente representado pela ESS.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, membro do Conselho de Administração da ACI, destacou que o cooperativismo precisa estar cada vez mais conectado às grandes agendas globais e atuar de forma estratégica para ampliar seu impacto. “As discussões mostraram que temos o desafio de consolidar nosso modelo como referência em desenvolvimento sustentável, inclusão e competitividade. É fundamental que neste Ano Internacional das Cooperativas, consigamos avançarem marcos regulatórios, novas formas de financiamento e fortalecimento da representatividade para garantir um futuro ainda mais sólido para as cooperativas”, disse.
A nova estratégia da ACI tem como objetivo posicionar as cooperativas como agentes essenciais da economia global, a partir da promoção da democracia econômica, inclusão social e sustentabilidade ambiental. Construída em torno de cinco eixos centrais, a estratégia busca ampliar a inclusão de grupos sub-representados; fortalecer redes cooperativas; aumentar a visibilidade do movimento; garantir reconhecimento regulatório; e avançar na competitividade das cooperativas.
Para atingir esses objetivos, a ACI propôs intervenções focadas em liderança inclusiva; uso de dados para embasar decisões; influência em políticas públicas; expansão de recursos financeiros adaptados às cooperativas; e inovação digital. A implementação desses critérios tem como finalidade gerar impactos como crescimento do cooperativismo, maior acesso à educação e financiamentos, diversificação da liderança e ampliação do reconhecimento das cooperativas como modelo sustentável.
Outro tema debatido durante o encontro foi a reforma da taxa de membresia e do sistema de votos da ACI. Apesar das discussões avançadas, ainda não consenso sobre o tema. Portanto, a decisão foi adiar a deliberação para o ano de 2026. Até lá, novas conversas serão realizadas para alinhar propostas que garantam consenso entre os membros.
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Projeto que assegura condições justas no mercado internacional segue para sanção presidencial
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (2), o Projeto de Lei da Reciprocidade (PL 2.088/2023), que protege as exportações brasileiras de barreiras comerciais abusivas impostas por outros países. A proposta, que já havia sido aprovada no Senado, segue agora para sanção presidencial.
Deputado Arnaldo Jardim, presidente da Frencoop. Créditos: Kayo Magalhães/Câmara dos DeputadosA Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) teve papel fundamental na articulação do projeto, considerado essencial para garantir um tratamento justo aos produtos brasileiros no comércio internacional. O relator da matéria e presidente da frente, deputado Arnaldo Jardim (SP), celebrou a conquista e ressaltou a importância da reciprocidade. "Hoje é um dia de celebração! A Frencoop, com o apoio da FPA [Frente Parlamentar da Agropecuária] e de diversos partidos, entregou um documento essencial para resguardar os interesses e a competitividade do Brasil no cenário global. Esse é um avanço significativo para o setor", afirmou.
Ele também destacou a construção do projeto ao longo do processo legislativo. "No Senado, o senador Zequinha Marinho (PA) foi autor do projeto, brilhantemente relatado por nossa estimada ex-ministra Tereza Cristina (MS). Na Câmara, tivemos a continuidade desse trabalho com o projeto apresentado pelo deputado Tião Medeiros (PR), e eu tive a honra de relatá-lo", disse.
A proposta da reciprocidade foi criada em resposta a preocupações com barreiras comerciais ambientais impostas por outros países, como as medidas da União Europeia que poderiam prejudicar a competitividade do agronegócio brasileiro. No entanto, Jardim reforçou que o projeto tem caráter defensivo e será acionado com cautela. "Agora temos um instrumento legal que pode ser utilizado caso o Brasil enfrente retaliações externas. Essa medida não é automática, mas sim reativa e cautelosa, sendo aplicada apenas quando todas as possibilidades de negociação forem esgotadas."
Proteção
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PR), que também é membro da diretoria da Frencoop, destacou a relevância da proposta da reciprocidade para o setor produtivo brasileiro. "Criamos uma legislação que nos permite enfrentar desafios impostos por outros países. É a valorização do setor produtivo e a garantia de segurança para nossos produtores rurais. A FPA com apoio de outras bancadas fez uma brilhante construção com seus integrantes e o diálogo constante com líderes partidários e o presidente da Câmara, Hugo Motta".
A senadora Tereza Cristina (MS), vice-presidente da Frencoop, também reforçou que o projeto não representa retaliação, mas sim um mecanismo de defesa comercial legítimo. "Essa lei não é uma retaliação, é uma proteção. Se os produtos brasileiros forem retaliados, o governo terá mecanismos para reagir de maneira proporcional".
Na prática
De acordo com o projeto aprovado, o Brasil poderá adotar taxas maiores de importações vindas dos Estados Unidos ou de blocos comerciais ou suspender concessões comerciais e de investimento. Para tanto, o governo poderá usar mecanismos como a suspensão de concessões ou de outras obrigações do país relativas a direitos de propriedade intelectual (Lei 12.270/10), como suspensão ou limitação de direitos de propriedade intelectual ou bloqueio temporário de remessa de royalties.
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- Artigo Secundário 2
Proposta relatada pela senadora Professora Dorinha Seabra segue para sanção presidencial
O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (1º), o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 134/2017, que permite o uso de recursos dos fundos constitucionais de financiamento regional para impulsionar atividades ligadas à economia criativa. Relatada pela senadora Professora Dorinha Seabra (TO), que também é integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), a proposta segue agora para sanção presidencial.
A medida amplia o escopo da Lei 7.827/1989, que regula os fundos constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO), para permitir que esses recursos sejam destinados a atividades que envolvem a geração e exploração de propriedade intelectual em setores como artes, cultura, turismo, arquitetura, mídias eletrônicas, publicidade, design e moda, entre outros.
Foto: Andressa Anholete/Agência Senado A senadora Dorinha destacou que a economia criativa é um mecanismo estratégico de desenvolvimento regional e que o tratamento preferencial dessas atividades pode fortalecer o desenvolvimento nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. "A inclusão da economia criativa nos programas de financiamento do FNO, FNE e FCO representa um passo importante para valorizar o potencial produtivo dessas regiões, gerando empregos e fortalecendo o setor", afirmou.
O texto aprovado garante que os financiamentos sejam concedidos com condições diferenciadas, semelhantes às já aplicadas para pequenos produtores rurais e microempresas. Poderão acessar os recursos microempreendedores individuais, associações, cooperativas, sociedades empresariais, fundações de direito privado e empresas individuais de responsabilidade limitada. Pessoas físicas também serão beneficiadas, desde que comprovem atuação na economia criativa e capacidade técnica para aplicação dos recursos.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, essa é mais uma medida que contribui para melhorar a atuação das cooperativas que atuam nas regiões contempladas. “Quanto mais políticas públicas tivermos para incentivar a capacidade produtiva dos nossos cooperados, maior também será a nossa capacidade de ampliar os benefícios para as comunidades onde estamos presentes e de ampliamos a prosperidade dessas localidades”, declarou.
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- Artigo Secundário 1
Proposta defende contra barreiras ambientais e trabalhistas desproporcionais impostas por outros países
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (1°), o substitutivo da senadora Tereza Cristina (MS) ao Projeto de Lei 2.088/2023, de autoria do senador Zequinha Marinho (PA). A proposta de reciprocidade cria mecanismos para garantir condições justas de concorrência para os produtos brasileiros no comércio internacional, permitindo reações a barreiras impostas por outros países ou blocos econômicos que prejudiquem a competitividade nacional.
O texto aprovado em caráter terminativo pela CAE, o que dispensa sua votação no Plenário do Senado, segue agora para análise da Câmara dos Deputados, em regime de urgência. O projeto já havia sido aprovado pela Comissão de Meio Ambiente (CMA). Entre outros pontos, a medida protege os setores produtivos brasileiros contra exigências desproporcionais e contra medidas protecionistas disfarçadas de normas ambientais ou trabalhistas, diante das regras rígidas da União Europeia ou das tarifas impostas pelos Estados Unidos.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a matéria está alinhada com as principais políticas ambientais brasileiras e introduz mecanismos eficazes para contornar medidas que possam prejudicar a economia nacional, especialmente o setor agropecuário. “A aprovação do projeto assegura transparência e participação das partes interessadas, além de permitir que as medidas já possam entrar em vigor durante o período de implementação, se necessário”, afirmou.
Foto: Geraldo Magela/Agência SenadoVice-presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), a senadora Tereza Cristina, durante leitura do relatório na Comissão, ressaltou que a proposta não representa uma retaliação a outros países, mas sim um instrumento de defesa comercial para garantir que os produtos brasileiros não sejam prejudicados de maneira injusta. "Essa lei não é uma retaliação, é uma proteção. Se os produtos brasileiros forem retaliados, o governo terá mecanismos para reagir de maneira proporcional", afirmou a relatora. A parlamentar destacou que recebeu contribuições de senadores como Oriovisto Guimarães (PR) e Efraim Filho (PB), e incorporou parte das emendas propostas.
O substitutivo aprovado pela CAE incluiu subemendas para ajustar dispositivos do texto em conformidade com o Regimento Interno do Senado. Algumas emendas foram rejeitadas por não se adequarem à fase de tramitação, enquanto outras foram alteradas para respeitar normas constitucionais e regimentais. Entre as mudanças incorporadas, a senadora destacou a retirada de referências específicas à Câmara de Comércio Exterior (Camex) e ao Conselho Estratégico da Camex, substituindo-as pelo termo "Poder Executivo". Essa modificação evita conflitos jurídicos sobre a competência do Congresso em atribuir responsabilidades a órgãos do Executivo.
"A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem evoluído para admitir iniciativas parlamentares que confiram atribuições à administração pública, desde que não interfiram na estrutura e designação de órgãos específicos", explicou a relatora.
Impacto
A proposta ganha relevância em um momento de desafios comerciais para o Brasil. A União Europeia implementou uma lei contra o desmatamento que afeta as exportações agropecuárias brasileiras, ao impor regras mais rigorosas do que as previstas no Código Florestal Brasileiro. Além disso, os Estados Unidos estudam um "pacotaço tarifário" que pode impactar setores do país. “O objetivo é garantir ao Brasil condições de reciprocidade no comércio exterior, notadamente no que se refere a produtos agrícolas, quando se fazem exigências descabidas à nossa agricultura”, finalizou o senador Oriovisto Guimarães (PR).
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Entidade tratou de estratégias para garantir atuação de cooperativas na nova modalidade
Com o objetivo de garantir a participação das cooperativas de crédito nas novas regras do consignado para trabalhadores da CLT, o Sistema OCB promoveu, nesta segunda-feira (31), uma reunião online para discutir os impactos da Medida Provisória (MP) 1292/2025. O encontro reuniu representantes do setor para alinhar estratégias e avaliar os principais desafios relacionados à regulamentação da medida.
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, destacou a importância de uma atuação coordenada em três frentes: legislativa, administrativa e jurídica. “Nosso objetivo é esclarecer o planejamento nessas áreas, com ações no Congresso Nacional, junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e à Dataprev, além da abordagem jurídica. Vamos persistir em busca de uma solução que atenda a todos”, afirmou.
Thiago Borba, coordenador do Ramo Crédito do Sistema OCB, reforçou que a entidade acompanha o tema desde os primeiros debates no governo federal. “Mantivemos reuniões com o MTE ao longo de março e estamos trabalhando para garantir que as cooperativas de crédito tenham assegurada a possibilidade de participar dessa nova modalidade de consignado”, explicou.
Desafios
Entre os principais entraves identificados pelo Sistema OCB está a impossibilidade de habilitação das cooperativas junto à Dataprev para obtenção do Código Brasileiro de Compensação (CBC), em razão da ausência do código do Sistema de Compensação de Cheques e Outros Papeis (Compe). Além disso, o prazo necessário para credenciamento e análise técnica da Dataprev representa outro obstáculo.
Essas limitações podem comprometer a integração da base de dados dos cooperados com operações já contratadas e inviabilizar a operacionalização da linha de crédito por parte das cooperativas que não possuem o código Compe. O impacto é significativo, sobretudo para aquelas que têm o crédito consignado como um de seus principais produtos.
A gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, informou que foram apresentadas 76 emendas à MP, sendo duas delas propostas pela entidade. “As emendas nº 47, do deputado Evair de Melo (ES), e nº 75, do deputado Arnaldo Jardim (SP), têm o mesmo objetivo: garantir prioridade no redirecionamento da consignação e preservar a vigência e os efeitos dos contratos firmados entre empregadores e instituições financeiras até a entrada em vigor da nova norma.”
Avanços
Na manhã desta segunda-feira (31), o Sistema OCB também se reuniu com a Dataprev e recebeu um indicativo positivo para as cooperativas. A entidade sinalizou a possibilidade de atuação por meio do código de compensação de outra instituição financeira, o que viabiliza a operacionalização do crédito consignado pelas cooperativas.
A gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, reforçou que a prioridade é acelerar o processo de credenciamento. “Nosso foco é resolver a situação com agilidade. O Sistema OCB manterá todas as cooperativas informadas diariamente sobre os desdobramentos do tema”, garantiu.
O director-presidente da Federação Nacional das Cooperativas de Crédito (FNCC), Ivo Lara, destacou o papel estratégico da OCB no momento atual. “A atuação da OCB é essencial para garantir que as cooperativas tenham voz nesse processo. Precisamos tratar de pautas de fomento estratégico para fortalecer o setor”, pontuou.
Kedson Macedo, diretor-executivo da Cooperforte, reforçou a importância da união do cooperativismo diante dos desafios impostos pela MP 1292/2025. “O caminho da coesão é fundamental para assegurar que as cooperativas sejam incluídas de forma justa e equitativa nessa nova modalidade de crédito consignado”, concluiu.
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Encontro em Brasília destacou desafios políticos, regulação e democratização do setor
A Central Sicoob Uni de Cooperativas de Crédito realizou, nesta sexta-feira (28), no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília, um encontro voltado para os conselheiros de administração e personalidades do cooperativismo de crédito goiano. O evento debateu o atual cenário do setor, com destaque para as oportunidades e desafios das cooperativas financeiras em um contexto de transformações políticas e regulatórias.
O encontro contou com a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que abordou temas importantes para o fortalecimento do cooperativismo de crédito. Em sua fala, ele destacou o impacto das recentes mudanças políticas, a evolução regulatória do setor e a crescente relevância das cooperativas financeiras para a economia brasileira.
“O cooperativismo de crédito está diante de um momento singular, em que a inovação, a governança e a regulação caminham lado a lado para fortalecer a inclusão financeira e o desenvolvimento regional. Com a crescente digitalização dos serviços, as cooperativas precisam estar atentas às novas demandas do mercado para continuar sendo protagonistas em um sistema financeiro mais justo e acessível”, afirmou.
Entre os principais pontos discutidos, estiveram as novas dinâmicas políticas no Congresso Nacional, a regulamentação da Lei Complementar 213/2025, que ampliou a participação das cooperativas no mercado de seguros nacional, e os desafios da tributação cooperativista. Além disso, foi enfatizada a importância da participação do setor nas discussões sobre a COP30, que será realizada em Belém, e o Ano Internacional das Cooperativas, promovido pela ONU em 2025.
O evento também reforçou o papel das cooperativas na expansão do acesso ao crédito, com uma abordagem estratégica para captação de recursos de entes públicos municipais e o aprimoramento na utilização dos Fundos Constitucionais. A perspectiva é de que o setor continue a crescer e fortalecer sua posição dentro do Sistema Financeiro Nacional (SFN), que contribui para a democratização do crédito e desenvolvimento econômico do país.
A Central Sicoob Uni é uma das principais centrais do Sistema Sicoob, e atua diretamente na promoção do cooperativismo de crédito em Goiás e no Distrito Federal. Seu papel é oferecer suporte estratégico e operacional para suas cooperativas filiadas, com eficiência, inovação e competitividade no setor.
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Encontro abordou as barreiras existentes e o impacto das decisões do STF sobre o assunto
O Sistema OCB se reuniu, nesta quinta-feira (27), com a Advocacia-Geral da União (AGU), representada pelo advogado-geral substituto, Flávio Roman, para discutir a participação das cooperativas em licitações públicas.
A pauta central do encontro foi o Parecer do DECON/CGU nº 002/2023 e o Termo de Conciliação Judicial (TCJ) firmado entre MPT e AGU no ano de 2003, que tem sido suscitados como fundamentos para o impedimento a ampla participação de cooperativas nas licitações. A Súmula 281 do TCU e os precedentes que já vem determinando a sua revisão também foram abordados no encontro.
A OCB entregou, na oportunidade, subsídios jurídicos e seus reflexos econômicos e sociais que apontam para a necessidade de revisão do citado parecer da AGU, além de registrar que, como órgão técnico consultivo do governo, tem total interesse em colaborar para o aprimoramento do tratamento jurídico da questão.
Reforçou, ainda, os avanços legais sobre este tema, bem como os impactos do entendimento recente do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca dos riscos jurídicos provenientes das contratações terceirizadas no âmbito da Administração Pública, estabelecido por ocasião do julgamento do Tema nº 1118, de Repercussão Geral, em fevereiro do presente ano.
A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, ressaltou que as cooperativas desempenham papel fundamental na prestação de serviços de diversas naturezas, tendo o Poder Público como um dos seus principais clientes. Dessa forma, “impedir a sua participação nas licitações, sem considerar as disposições legais específicas sobre assunto, é criar um ambiente de restrição injustificada ao crescimento e desenvolvimento do modelo societário cooperativista”, disse.
A AGU se colocou à disposição para estabelecer um ambiente de diálogo sobre o assunto, inclusive no que diz respeito à possibilidade de admissão da OCB no âmbito da Câmara de Promoção de Segurança Jurídica no Ambiente de Negócios (SEJAN) como entidade representativa de setor econômico cooperativista.
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Riscos psicossociais, negociações coletivas e fomento à ampliação do sistema sindical estiveram na pauta
O time de Relações Trabalhistas e Sindicais do Sistema OCB realizou, nesta quinta-feira (27), sua primeira reunião ordinária de 2025. O encontro abordou temas estratégicos para o setor, como a atualização de dados sindicais, a gestão de riscos psicossociais no ambiente de trabalho, o panorama das negociações coletivas no sistema sindical cooperativista e a ampliação da estrutura sindical.
A pauta do encontro trouxe atualizações importantes, como a Portaria MTE 3.472/23 que define o prazo de até 8 anos para a atualização dos dados das entidades sindicais no Cadastro Nacional de Entidades Sindicais (CNES/MTE). Caso a regra não seja atendida, os registros podem ser cancelados.
Outro tema relevante foi a atualização da Norma Regulamentadora nº 1, que fixa diretrizes para a Segurança e Saúde no Trabalho (SST). A partir de maio de 2025, entra em vigor a Portaria MTE 1.419/24, que obriga empresas e cooperativas a incluírem a identificação e o tratamento de riscos psicossociais no Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Esses riscos, que envolvem fatores como sobrecarga de trabalho, pressão excessiva, falta de suporte e assédio, podem resultar em impactos significativos na saúde mental dos trabalhadores.
O coordenador de Relações Trabalhistas e Sindicais do CNCoop, Bruno Vasconcelos, enfatizou a importância dessa mudança. A fiscalização será realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com prioridade para setores com alta incidência de adoecimento mental, como teleatendimento, bancos e estabelecimentos de saúde. “Os empregadores deverão identificar e avaliar os riscos psicossociais em seus ambientes de trabalho. Caso sejam detectados, será necessário elaborar e implementar planos de ação com medidas preventivas e corretivas”, afirmou.
A reunião ainda trouxe um panorama das negociações coletivas no cooperativismo e no contexto nacional. Em 2025, já foram registrados mais de 10,5 mil instrumentos coletivos no Brasil, dos quais cerca de 3,2 mil possuem reflexos salariais.
No cooperativismo, há aproximadamente 280 instrumentos coletivos vigentes e registrados apenas em 2025, sendo 240 acordos coletivos celebrados diretamente com cooperativas e mais de 30 convenções coletivas negociadas por sindicatos e organizações do setor.
Bruno destacou que, no primeiro bimestre de 2025, aproximadamente 85% das negociações resultaram em aumentos reais nos salários, superando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC-IBGE). “Os acordos coletivos celebrados diretamente com as cooperativas geram resultados superiores às convenções coletivas, principalmente em relação a reajustes salariais e benefícios aos colaboradores”, explicou.
Também foi discutida a ampliação do sistema sindical cooperativista, como forma de legitimar, ainda mais, a representatividade do setor.
Encaminhamentos
Entre os encaminhamentos da reunião, foram mencionados projetos de lei que impactam as relações de trabalho nas cooperativas e a oferta de cursos voltados para práticas sindicais, rotinas trabalhistas e compliance trabalhista na CapacitaCoop. Também foi reforçada a importância da leitura e divulgação do Panorama do Coop, informativo semanal do Sistema OCB com análises políticas, tributárias e trabalhistas/sindicais, além do Direito no Coop, um boletim jurídico quinzenal que destaca decisões dos Tribunais Superiores com impacto no cooperativismo.
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- Artigo Secundário 2
Com participação do Sistema OCB, encontro reforça fortalecimento do setor e novas oportunidades
O Sistema OCB esteve presente no primeiro encontro do Comitê Executivo da Organização Internacional das Cooperativas Agropecuárias (ICAO), representado pelo coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, João Penna. O evento reuniu representantes do cooperativismo agropecuário de diversos países para debater avanços do setor, fortalecer parcerias e compartilhar boas práticas. Para aprofundar a imersão, os participantes do seminário também realizaram visitas a cooperativas na Turquia. A programação tem como objetivo promover a troca de experiências e fortalecer a cooperação entre os países participantes.
Durante o evento, Penna apresentou relatório sobre o cooperativismo no Brasil, com levantamento de dados referentes ao período compreendido entre os meses de julho de 2024 e março de 2025, bem como deu atualizações sobre o projeto da Rede Interamericana de Cooperativas Agropecuárias (Redacoop), financiada pelo ICAO.
João Penna, coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB“A participação do Brasil neste primeiro encontro do Comitê Executivo da ICAO em 2025 foi extremamente produtiva. Tivemos a oportunidade de compartilhar os avanços significativos do cooperativismo agropecuário brasileiro e fortalecer nossas parcerias internacionais. Estamos entusiasmados com as novas iniciativas anunciadas, como o modelo de ChatGPT específico para a ICAO e o programa de intercâmbio na Coreia do Sul. Essas ações certamente contribuirão para impulsionar a inovação e o desenvolvimento do cooperativismo agropecuário em escala global.”
A Redacoop é a Organização Setorial de Cooperativas Agropecuárias das Américase tem como objetivo fortalecer as organizações cooperativas agrícolas do continente americano por meio da colaboração e atuação conjunta em diversas áreas. O referido projeto financiado pela ICAO, busca consolidar a entidade como referência no cooperativismo agropecuário das Américas e na realização de eventos e pesquisas sobre o setor.
Outro destaque do seminário foi o anúncio da criação de um modelo de ChatGPT específico para os membros da ICAO. A ferramenta será treinada com informações sobre as cooperativas associadas e detalhes sobre o comércio exterior, com promoção de maior eficiência na troca de informações e colaboração internacional.
Também foi anunciada a abertura das inscrições, em 1º de abril, para o programa de intercâmbio da ICAO, que possibilita que estudantes dos países-membros realizem uma graduação na Coreia do Sul, para estudar o idioma e obter aprofundamento no modelo de cooperativismo do país. Esse projeto é promovido pela National Agricultural Cooperative Federation (NACF), a organização cooperativa da Coreia do Sul que atualmente preside a ICAO.
A NACF também anunciou a realização de um treinamento exclusivo para CEOs membros da ICAO sobre o cooperativismo agropecuário sul-coreano. A ideia é fortalecer os laços entre os membros da ICAO e facilitar a execução de projetos em cooperação.
A próxima reunião do Comitê Executivo está marcada para julho deste ano, em Manchester, onde serão discutidos novos avanços do setor e a continuidade das iniciativas em andamento, junto ao encontro da Assembleia Geral da Aliança Cooperativa Internacional (ACI).
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- Artigo Secundário 1
Pauta do agro fortalece o cooperativismo e destaca a sustentabilidade no país, diz Tania Zanella
O Congresso Nacional foi palco, nesta quarta-feira (26), do lançamento da Agenda Legislativa do Agro 2025, documento elaborado anualmente pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para nortear as principais pautas do setor no Parlamento. A nova edição destaca temas cruciais como o marco temporal, licenciamento ambiental e a reciprocidade comercial.
Com oito eixos temáticos, a agenda abrange questões como tributação, política agrícola, meio ambiente, infraestrutura, produção agropecuária e relações internacionais. O objetivo é garantir que os projetos de lei priorizados atendam às necessidades dos produtores rurais e impulsionem o desenvolvimento econômico e sustentável do Brasil.
A sessão solene foi proposta pela senadora Tereza Cristina (MS) e pela deputada federal Marussa Boldrin (GO), ambas integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), que enfatizaram a importância da agenda para o fortalecimento do agro. Segundo Tereza Cristina, o documento indica apoio total ou parcial a 71 projetos de lei, incluindo o PLP 108/2024, que regulamenta a Reforma Tributária para renda, e a PEC 48/2023, que trata do marco temporal para demarcação de terras indígenas.
"A agropecuária é um dos principais pilares da economia nacional, responsável por boa parte das exportações, pelo equilíbrio da balança comercial, pela geração de empregos e pela manutenção da segurança alimentar da população. O Congresso tem sido um parceiro fundamental para garantir que o setor continue crescendo de forma sustentável", afirmou a senadora.
A deputada Marussa Boldrin também ressaltou a importância da agenda para os produtores rurais. "Precisamos garantir que os trabalhadores do campo tenham segurança jurídica para produzir e que o Brasil continue sendo referência mundial no agronegócio. A Agenda Legislativa do Agro é um instrumento essencial para orientar nossas ações no Parlamento e dar voz ao setor."
Cooperativismo na COP30
Superintendente do Sistema OCB e presidente do IPA, Tania Zanella Durante o evento, a superintendente do Sistema OCB e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Tania Zanella, destacou o papel estratégico do cooperativismo para o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário. "O cooperativismo alia produção e preservação. Defendemos um modelo socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente correto. Nas últimas semanas, apresentamos também nossa agenda institucional com 56 prioridades ao Congresso Nacional e ao Executivo Federal, além do Manifesto do Cooperativismo para a COP30", ressaltou, reforçando que a Agenda Legislativa do Agro 2025 fortalece o cooperativismo no Brasil.
Segundo ela, as cooperativas brasileiras estão mobilizadas para demonstrar na Conferência Mundial do Clima as iniciativas sustentáveis já em prática no país. "Entendemos que o cooperativismo pode ser um grande protagonista da COP30, mostrando como é possível conciliar desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental", reforçou.
Outro ponto abordado por Tania Zanella foi a recente conquista legislativa do setor - a aprovação da Lei Complementar 213/2015, que regulamenta a atuação das cooperativas de seguros no Brasil. A nova legislação permite que essas cooperativas operem em segmentos além do agropecuário, incluindo saúde e acidentes de trabalho. "O Brasil era um dos poucos países onde as cooperativas de seguros eram legalmente impedidas de atuar. Com essa aprovação, abrimos espaço para uma nova dinâmica de mercado, beneficiando tanto o cooperativismo quanto os consumidores de seguros no país", explicou.
Apoio parlamentar
O presidente da CNA, João Martins da Silva Júnior, ressaltou o apoio do Poder Legislativo ao setor agropecuário ao longo dos anos. Para ele, a atuação dos parlamentares tem sido “aberta, transparente e voltada aos interesses públicos”. Ainda segundo ele, a solenidade desta quarta-feira marcou um novo patamar na cooperação entre o produtor rural e a representação política da entidade. “Nossa agenda legislativa foi construída por muitas mãos, pelas representações dos produtores, por especialistas de cada setor da nossa cadeia produtiva, num alinhamento harmonioso que é a melhor expressão da unidade do agronegócio brasileiro.”
Entre os parlamentares presentes na sessão solene estavam os integrantes da Frencoop: os senadores Zequinha Marinho (Podemos-PA), Izalci Lucas (PL-DF), Sergio Moro (União-PR), Jorge Seif (PL-SC) e Luis Carlos Heinze (PP-RS), além do deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), que também é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária.
Ainda participaram do evento embaixadores, encarregados de negócios e representantes diplomáticos da Alemanha, Palestina, República do Iraque e República Democrática do Congo.
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Reunião reafirmou parceria história entre as entidades e debateu fortalecimento do segmento
O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, recebeu nesta quarta-feira (26) o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a superintendente Tania Zanella, para reforçar a parceria entre as entidades e reafirmar a relevância do cooperativismo de crédito na estratégia nacional do Bacen. A visita institucional abordou as demandas do movimento.
Para Márcio Freitas, a relação de proximidade entre o Banco Central e as instituições financeiras de crédito é fundamental para o desenvolvimento de uma estrutura de regulação cada vez mais moderna e adequada à realidade do movimento. “A intenção de aprimorar regras e normas fortalece as cooperativas e, consequentemente, todo o Sistema Financeiro Nacional, por proporcionar a ampliação do acesso ao crédito de forma mais justa e inclusiva”, disse.
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central do Brasil
Embora não tenha uma trajetória diretamente vinculada ao cooperativismo, Galípolo busca defender o desenvolvimento de instrumentos de crédito mais acessíveis e inclusivos, o que demonstra seu interesse em compreender melhor as especificidades do modelo de negócios cooperativista. Ele afirmou, durante o encontro, que o Banco Central reconhece a importância do cooperativismo. "Estamos comprometidos com o fortalecimento da parceria desse modelo de negócios que promove inclusão e prosperidade".
A parceria entre o Banco Central e o Sistema OCB está consolidada no Acordo de Cooperação Técnica firmado em 2010 entre as entidades. O alinhamento tem sido essencial para a modernização do marco normativo do Ramo Crédito, que se tornou um dos mais avançados do mundo e uma referência internacional.
Entre as demandas abordados, foi discutida a necessidade de aprimorar as regras e os limites para captação de recursos de entes públicos municipais, conforme previsto na Lei Complementar 161/18 e regulamentado pela Resolução CMN nº 4.659, que autoriza as cooperativas de crédito a captarem depósitos de prefeituras, órgãos públicos, entidades e empresas municipais, além de permitir a gestão de instituições financeiras do Sescoop.
Outro tema tratado foi a criação de um arcabouço normativo prudencial próprio que, quando atendido, possa reduzir a exigência de alocação de capital de forma sobreposta nos diferentes níveis da organização sistêmica cooperativista. A viabilização de um instrumento para fortalecimento patrimonial das cooperativas, que respeite as particularidades do quadro social dessas instituições, também esteve em pauta.
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- Novo diretor de regulação do Bacen visita Sistema OCB e reforça parceria
- Banco Central do Brasil participa da última reunião do ano da coordenação do Ceco
- Artigo Secundário 3
Evento promove troca de experiências e integração entre instituições do setor
Na última quinta-feira (21), o Almoço de Visita Técnica do Grupo de Trabalho (GT) Intercooperação do Ramo Crédito reuniu representantes dos Sistemas Sicoob, Sicredi, Ailos, além da FGCoop, Confebras e da Cooperativa Credibrf.
A iniciativa integra o projeto de intercooperação conduzido pelo Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (Ceco), no eixo Universidade Cooperativa, que tem como objetivo fortalecer a troca de experiências e boas práticas entre os sistemas cooperativos.
O evento representou uma etapa importante para o setor, ao reforçar os vínculos entre os sistemas e demonstrar o compromisso com a capacitação e o desenvolvimento das cooperativas do Ramo Crédito no Brasil.
O projeto foi definido durante reunião do Ceco, realizada em 7 de agosto de 2024, como um dos temas estratégicos a partir do Protocolo de Intenções firmado em dezembro de 2023. Entre as ações estruturantes, destacam-se as visitas técnicas voltadas ao conhecimento de equipes, estruturas e experiências que contribuam para o fortalecimento do cooperativismo no segmento.
Na quarta-feira (19), o grupo visitou o FGCoop e a Confebras pela manhã e o Sicoob no período da tarde. Já na quinta-feira (20), a agenda incluiu o UniBacen pela manhã e o Sescoop à tarde.
Na Casa do Cooperativismo, a superintendente Fabíola Nader Motta recepcionou os participantes e apresentou o panorama do movimento, além da atuação do Sistema OCB, com ênfase no impacto do setor na sociedade e no portfólio de soluções oferecido às cooperativas.
Em seguida, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, detalhou as iniciativas da plataforma CapacitaCoop e seus benefícios para o fortalecimento das cooperativas de crédito. Ela também apresentou soluções como o Jogar + Aprender e o DNA Coop, do eixo CulturaCoop, além de destacar, no âmbito do ESGCoop, o Programa de Certificação de Conselheiros e o Futuras Lideranças. "A troca de experiências e o planejamento conjunto são essenciais para fortalecer o setor e impulsionar iniciativas alinhadas às necessidades das cooperativas, bem como ao desenvolvimento do cooperativismo como um todo. O Sistema OCB está à disposição para contribuir com soluções que atendam às demandas do ramo e fortaleçam o cooperativismo brasileiro”, disse.
Por fim, Guilherme Souza Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, apresentou pesquisas sobre cooperativismo e explicou a realização do Encontro Brasileiro de Pesquisadores do Cooperativismo, além da parceria com o CNPq para fomentar pesquisas sobre o setor. "Receber o grupo foi uma experiência muito significativa, especialmente por permitir a divulgação das importantes iniciativas que o Sistema OCB tem conduzido em prol do cooperativismo. O fomento à pesquisa é essencial para gerar conhecimento e fortalecer a competitividade das cooperativas, e momentos como esse, contribuem para ampliar a rede de estudos e promover novas investigações estratégicas para o setor”, declarou.
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- Artigo Secundário 2
Grupo avança em estratégias para fortalecer presença política e econômica
A segunda reunião do Círculo de Liderança de Cooperativias e Mutuais (CM50), grupo que reúne líderes das maiores cooperativas e mútuas do mundo, ocorreu nesta quarta-feira (20) e trouxe avanços na coordenação de estratégias para fortalecer a presença do cooperativismo no cenário político e econômico global. O encontro também tratou da preparação para a primeira reunião presencial do grupo, do desenvolvimento de um manifesto estratégico e do lançamento do portal oficial do CM50.
Criado no âmbito da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), o grupo articula a atuação conjunta das grandes cooperativas e mútuas para ampliar sua influência perante governos nacionais e organizações internacionais. A iniciativa reforça o papel dessas entidades na promoção de políticas públicas e no fortalecimento do modelo de negócios como ferramenta de desenvolvimento sustentável.
Para Fabíola Nader Motta, gerente-geral da OCB, o CM50 representa uma oportunidade única para as cooperativas brasileiras. “Ao articular os líderes de cooperativas e mútuas ao redor do mundo, organizamos o movimento cooperativista em favor de seu desenvolvimento e atuamos com maior peso e institucionalidade”, declarou.
Nos dias 21 e 22 de maio, os membros do grupo se reunirão presencialmente em Madri para debater e aprovar o Manifesto do grupo. Esse documento consolidará as intenções, os propósitos e objetivos do CM50, que servirão como base para sua atuação junto às lideranças nacionais e internacionais. Durante a reunião, os participantes analisaram um rascunho inicial do manifesto, que será refinado até o encontro na capital espanhola.
Outro tema debatido foi a atuação do CM50 na Cúpula Social das Nações Unidas, que ocorrerá em novembro, no Catar. O evento é um dos principais focos do grupo, pois fortalece o cooperativismo como modelo econômico essencial para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os participantes discutiram estratégias para garantir que cooperativas e mútuas tenham voz ativa nas negociações e debates globais.
Além das estratégias de influência política, a reunião marcou a divulgação do portal online do CM50, que amplia a transparência e a visibilidade do grupo. O site reúne informações sobre os representantes que integram o grupo, com biografias dos líderes e descrições das cooperativas e mútuas que representam. A página servirá como plataforma para a divulgação de iniciativas, documentos, agendas e ações do grupo.
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- Artigo Secundário 3