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Notícias representação

 

 

Isenção de IPI para coops de táxi é aprovada no plenário da Câmara

Brasília (02/12/2021) - A proposta de prorrogação da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para aquisição de veículos por taxistas, incluindo cooperativas, e pessoas com deficiência foi aprovada nessa quarta-feira (01), no plenário da Câmara dos Deputados. O projeto estende o benefício até dezembro de 2026 e segue agora para o Senado para análise das modificações propostas pelos deputados.

O Projeto de Lei (PL) 5149/2020 é de autoria da senadora Mara Gabrilli - SP e mantém a isenção prevista na Lei 8989/95, mas que expira em 31 de dezembro deste ano. A norma também já incluía as cooperativas de trabalho que sejam permissionárias ou concessionárias de transporte público de passageiros, na categoria de aluguel (táxi), desde que os veículos se destinem à utilização nessa atividade. 

Com a aprovação da proposta, 600 mil taxistas podem ser beneficiados, tendo em vista que a isenção de IPI em um veículo pode reduzir seu custo de 7% a 25%, dependendo da motorização. A Lei 8989/95 restringe o benefício apenas para automóveis de fabricação nacional, equipados com motor não superior a 2 mil cm³ (dois mil centímetros cúbicos), de, no mínimo, 4 (quatro) portas, inclusive a de acesso ao bagageiro, movidos a combustível de origem renovável, sistema reversível de combustão ou híbrido e elétricos.

Cooperativas de Turismo são incluídas nos programas do Fungetur

Brasília (01/12/2021) - As cooperativas que atuam no setor de turismo conquistaram um novo suporte financeiro. O projeto de lei (PL 2.380/21) que reformula as diretrizes de operação do Fundo Geral de Turismo (Fungetur) para fomentar o turismo nacional foi aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (01). Com a medida, os recursos empregados em linhas de crédito para o setor privado também serão direcionados para as cooperativas do setor.

"O que vimos hoje no plenário é um pouco do futuro do nosso país. Lutamos bravamente para que as cooperativas fossem incluídas no Fundo Geral do Turismo e conseguimos esse feito. Já disse isso diversas vezes e repito, o cooperativismo é um dos segmentos que ajudou a manter o nosso Brasil durante a pandemia, mostrando que devemos reconhecer e conceder melhorias que vão alavancar o setor, fazendo assim com que a economia brasileira cresça em conjunto", afirmou o deputado Evair de Melo (ES), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).

Evair atuou em conjunto com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) na articulação para que o dispositivo fosse incluído no parecer do deputado Otávio Leite (RJ), relator do projeto. Segundo Leite, as alterações propostas são positivas para a expansão e fortalecimento da indústria de turismo. “Estamos certos de que essas medidas contribuem para o funcionamento mais eficiente do fundo e o maior acesso do setor a recursos para investimento e expansão, com o consequente aumento da geração de emprego e renda”.

 

AMPLIAÇÃO

Proposto pela Comissão de Turismo da Câmara, o PL 2.380/21 amplia os instrumentos de atuação e permite que o Fungetur possa atuar no compartilhamento do risco de crédito dos mutuários de suas linhas de financiamento a partir da aquisição de cotas em fundos garantidores, públicos ou privados, participação em Sociedades de Garantia de Crédito (SGC) ou aquisição de cotas de fundos de investimento em direitos creditórios.

As cooperativas de crédito e os bancos cooperativas estão entre as instituições que poderão operacionalizar os recursos. A ideia do Programa também é tornar mais atraentes as operações para as instituições financeiras, aumentando, em consequência, a oferta de crédito disponíveis para o setor de turismo.

A proposta segue agora para apreciação do Senado.

 

Presidente da OCB participa de live sobre perspectivas para 2022

Brasília (01/12/2021) - O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participa nesta quinta-feira (2), às 9h, de entrevista no programa Coffee Break, live promovida pelo site e revista A Granja. Entre os temas abordados estão as perspectivas do cooperativismo para 2022 tanto para o agronegócio em geral como para os produtores cooperados.

A entrevista será realizada pelo Instagram @agranjatotalagro e será apresentada pelo editor da revista Leandro Mittmann. 

A Granja é a revista mais antiga de circulação nacional do Brasil no segmento agrícola, com 76 anos de existência. Ela é produzida pela Editora Centaurus, sediada em Porto Alegre (RS).

Sistema OCB destaca a construção da Política Nacional de Micro e Pequenos Negócios

Brasília (01/12/2021) – Nesta quarta-feira (1/12), o Fórum Permanente de Micro e Pequenas Empresas realizou sua 2ª Reunião Plenária em 2021, com o objetivo de apresentar os principais resultados do ano e o plano de ações para 2022.

Durante o encontro, ganhou destaque o trabalho coordenado pelo Ministério da Economia, em conjunto com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), na construção da Política Nacional de Desenvolvimento das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte ao longo de 2021.

O trabalho, efetivado pelo Comitê Temático 7 (CT7) - Política Nacional de Desenvolvimento da MPE, e que contou com a participação de um total de 26 entidades públicas e privadas ao longo de todo o ano, já foi validado pelo Fórum Permanente e segue os últimos trâmites no âmbito do governo para a edição de decreto presidencial, que irá dispor sobre a Política Nacional das MPEs.

Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a ideia é que a Política Nacional sirva como diretriz norteadora de ações e políticas públicas de fomento aos pequenos negócios do país. Além disso, como conquista importante da política, está o reconhecimento de ações que visem o apoio e incentivo ao cooperativismo e a outras formas de associativismo como formas de ganho de escala e inclusão produtiva aos pequenos negócios.

“Temos hoje, no cooperativismo de crédito, um dos maiores incentivadores dos micro e pequenos negócios do país. Hoje, nossas cooperativas financeiras contam com mais de 1,7 milhão de pessoas jurídicas associadas. Na pandemia, nossas cooperativas foram cruciais nas políticas de acesso ao crédito a pequenos negócios, com a oferta de 19% dos contratos e 13% do montante do Pronampe”, destaca Freitas.

O presidente do Sistema OCB também reforça a importância do cooperativismo na inclusão produtiva de milhões de trabalhadores em todo o país. “Sabemos do papel das cooperativas como alternativa para que trabalhadores de todo o país possam ofertar produtos e serviços com melhores condições. E isso não é diferente nos pequenos negócios. Temos trabalhado para que cooperativas de pequeno porte tenham o mesmo tratamento favorecido, simplificado e diferenciado de outros modelos nas políticas públicas de fomento aos pequenos negócios”, finaliza.

Nos próximos dias, as entidades aguardam com expectativa a edição da Política Nacional de Micro e Pequenas Empresas pelo Governo Federal, nos moldes da minuta entregue pelo Fórum Permanente.

 

Programa Agro 4.0: ABDI abre nova consulta pública

Brasília (26/11/21) – A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) abriu nova consulta pública para o Programa Agro 4.0, voltado para projetos pilotos de adoção e difusão de tecnologias digitais na cadeia do agronegócio. A consulta vai até o dia 12 de dezembro.  

Em 2020, a Agência lançou o primeiro edital para seleção, premiação e acompanhamento de projetos de implantação das tecnologias 4.0 no agronegócio. Três cooperativas foram selecionadas no edital: Cocamar, Lar Cooperativa Agropecuária e Industrial e Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial. Ao todo, 100 propostas foram inscritas e 14 selecionadas em projetos de adoção e de difusão de tecnologias 4.0 que receberão um investimento total de R$ 4,8 milhões.  

O 2º edital do programa, promovido pela ABDI e Mapa, está previsto para o início de 2022, com o objetivo de selecionar ambientes de inovação Agro 4.0 no Brasil, que irão replicar ações de adoção e de difusão de tecnologias 4.0 junto ao setor produtivo. 

A ABDI é parceira do Sistema OCB no objetivo de universalizar o acesso à tecnologia e internet no campo, e essa consulta pública é um meio para fortalecer projetos que estão sendo pensados ou até mesmo realizados por cooperativas brasileiras. A expectativa é que tenham mais cooperativas inscritas e selecionadas no Programa Agro 4.0 em 2022. 

Para participar, é só clicar aqui

Senado adequa tributação de cooperativas de representação comercial

Brasília (26/11/2021) - Nesta quinta-feira (25/11), o Plenário do Senado Federal aprovou o Projeto de Lei (PL) 4726/2020, de autoria do presidente do Senado – Rodrigo Pacheco (MG), que reconhece, para as cooperativas de representação comercial, o adequado tratamento tributário em relação ao PIS/COFINS no repasse de valores aos associados.

Na prática, para as cooperativas de representação comercial, o projeto visa excluir da base de cálculo da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Contribuição para o PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) os valores repassados aos associados pessoas físicas, decorrentes de serviços por eles prestados em nome da cooperativa.

O regime tributário do setor cooperativista, em consonância com características e as particularidades societárias desse modelo, comporta tratamento ajustado e compatível as necessidades das cooperativas e as operações singulares praticadas por essas sociedades para o cumprimento do seu objetivo social.

O projeto de lei foi relatado pelo senador Vanderlan Cardoso (GO), que é integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo, e alterou a vigência da lei de 2021 para 2022, de forma a buscar adequação do orçamento federal via emenda apresentada ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLN 19/21) para 2022. O projeto segue para a análise da Câmara dos Deputados.

Para acessar o projeto de lei, clique aqui.

Para acessar o parecer aprovado, clique aqui.

OCB organiza seminário de abertura da Feira Green Rio

(Brasília - 26/11/2021) - O Cooperativismo e a Agenda ESG foi o tema do seminário de abertura da Feira Green Rio nesta quinta-feira (25). O evento, organizado pelo Sistema OCB e pela Apex-Brasil, debateu como os critérios ESG afetam as cooperativas e, por outro lado, também são afetados por elas. O seminário contou com a participação de representante do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa) e da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ).  

Acesse agora o ConexãoCoop e confira, na íntegra, tudo o que foi abordado durante o seminário.  

Ficou curioso e quer entender um pouco mais sobre ESG e a sua importância para os negócios? Clique aqui e confira a Análise Econômica desta semana.  

Inclusão da definição do ato cooperativo na PEC 110 avança

A gerente geral da OCB, Fabíola da Silva Nader Motta, se reuniu nesta quarta-feira (17) com a assessoria técnica do senador Roberto Rocha (MA), relator da PEC 110/2019, que trata sobre a Reforma Tributária, para debater a importância da definição do ato cooperativo no novo modelo de tributação trazido pela proposta.

Durante a reunião, a OCB falou sobre a importância do ato cooperativo, que não é um benefício fiscal, e explanou ao gabinete o histórico de insegurança jurídica vivenciado pelas cooperativas pela falta de um texto que defina o ato cooperativo.
 

OCB se reúne com assessoria técnica do senador Roberto Rocha

A assessoria do senador Roberto Rocha explicou o novo sistema proposto pela PEC 110/19, no modelo IVA Dual que tem por princípio a neutralidade e, no qual, acredita-se que não haverá uma tributação mais gravosa para as cooperativas. A assessoria também concordou com a necessidade de uma correta tributação para as sociedades cooperativas, por meio da definição do ato cooperativo.

Representantes da Receita Federal e do Comitê Nacional de Secretarias de Fazenda (Consefaz) também participaram da reunião. A Receita Federal apresentou ressalvas ao texto atual da emenda 8. Com isso, a OCB deverá trabalhar um texto que defina o ato cooperativo e que tenha consenso com a Receita Federal e o Consefaz.

OCB realiza seminário virtual para cooperativas do setor mineral

Brasília (25/11/2021) - O Sistema OCB realiza no próximo dia 9 de dezembro, das 9h às 12h30 (horário de Brasília), o Seminário Virtual Garimpo e Cooperativismo no Brasil. O evento tem como objetivo auxiliar as cooperativas do ramo mineral a se adaptarem às normas operacionais e aos padrões de sustentabilidade em constante evolução no setor. Os palestrantes vão abordar temas ligados à segurança jurídica, rastreabilidade, certificação e governança, entre outros.

Entre os palestrantes convidados estão o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (SGM/MME), Pedro Paulo Mesquita; o diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Victor Bicca; o presidente da Federação das Cooperativas Mineral de Mato Grosso (Fecomin), Gilson Camboim; o coordenador-geral de Fiscalização da Receita Federal, Altermir Linhas Melo; e o presidente da Associação Nacional do Ouro (Anoro), Dirceu Frederico Sobrinho. A superintendente do Sistema OCB, Tânia Zanella também fará parte do seminário.

O garimpo é considerado uma das primeiras atividades econômicas a se desenvolver no Brasil e que continua a garantir a geração de emprego e renda para milhares de trabalhadores. Ao longo do tempo a atividade vivenciou diversas transformações e evoluções que continuam ocorrendo até os dias de hoje. Com o seminário, o Sistema OCB busca atualizar as cooperativas do setor sobre os principais tópicos da legislação atual.

Para participar é necessário fazer inscrição antecipada. A programação completa e o formulário de inscrição podem ser acessadas aqui: https://in.coop.br/Seminario-Garimpo-Coop

OCB e SESCOOP celebram parceria com ANORO

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP) e a Associação Nacional do Ouro (ANORO) assinaram na Sede do Sistema OCB, em 10/11/2021, Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para implementar o Projeto Garimpo 4.0 nas cooperativas minerais situadas na Amazônia Legal, com foco na mineração responsável.

Em cerimônia presencial na casa do cooperativismo, ANORO, OCB e SESCOOP, foram representadas por seus respectivos presidentes, Dirceu Santos Frederico Sobrinho e Márcio Lopes de Freitas, que endossaram a convergência de interesses e propósitos das três instituições na valorização do garimpeiro e do fortalecimento da organização de sua produção através das cooperativas minerais.

A parceria pretende atuar em quatro eixos estratégicos: (i) ambiental, com foco na exploração mineral sustentável; (ii) gestão e governança cooperativa, para estruturar processos societários, administrativos, contábeis, de auditoria, comerciais e econômico-financeiro das cooperativas; (iii) controle e rastreabilidade da comercialização da produção do ouro; e (iv) identidade do garimpeiro, com orientação, assistência social e de saúde, humanização e valorização de sua atividade.

Assinatura ACT

Gilson Comboim, representante nacional das cooperativas minerais e presidente da Federação das Cooperativas de Mineração do Estado de Mato Grosso (FECOMIN) e Amaro Salmo Rosa, presidente da Federação das Cooperativas dos Garimpeiros do Pará (FECOGAP) também registraram presença no encontro. Eles reforçaram a importância da parceria para implementar o Projeto Garimpo 4.0, que irá auxiliar que os garimpeiros possam atuar de forma organizada, sustentável e com boas práticas comerciais, ambientais e trabalhistas, buscando sempre o aproveitamento mineral responsável de forma legal e sustentável.

O Sistema OCB/PA, representando o cooperativismo paraense, também se fez presente através do seu superintendente, Jorge Moura Serra Júnior, que enfatizou a relevância da parceria como um meio de fortalecimento do cooperativismo mineral, no sentido de contribuir para melhoria da gestão e organização da cooperativa. O dirigente endossou que assim, há uma oportunidade de trazer mais garimpeiros para a legalidade, além de conscientizá-los sobre as melhores práticas de garimpagem.

Em breve o texto do ACT e o Plano de Trabalho serão publicados no Diário Oficial da União.

Sobre a Anoro

A Anoro é uma entidade que visa a organizar, defender e representar os interesses do setor de ouro, através do estabelecimento de parceria e incentivos de órgãos governamentais, a fim de dirimir incertezas regulatórias no curso da cadeia produtiva do ouro.

A ANORO tem trabalhado nos últimos anos junto a órgãos de governo buscando melhorar a rastreabilidade do comércio de ouro no país, para tanto tem proposto a criação do cadastro digital do garimpo, a implantação de nota fiscal eletrônica para as operações com ouro, a definição mais clara e do conceito de ouro ativo financeiro, bem como da 1ª aquisição do ouro de garimpo por instituição aprovada pelo Banco Central do Brasil, como meio para assegurar maior segurança no percurso do metal até chegar ao Sistema Financeiro; e o combate aos responsáveis por práticas ilícitas no garimpo.

Recursos suplementares para o Seguro Rural

Brasília (18/11/2021) - O Sistema OCB participou, nesta quinta-feira (18/11), de reunião organizada pelo Ministério da Agricultura para que fossem discutidas as possibilidades de crédito suplementar ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) ainda para 2021. Além de membros do Mapa, participaram do encontro representantes de entidades setoriais do agro e parlamentares da bancada ruralista. 

Após a aprovação no Congresso Nacional do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 35/2021, que suplementou R$ 77 milhões adicionais ao PSR na última quinta-feira (11/11), o MAPA ainda negocia junto ao Ministério da Economia a suplementação de mais R$ 298,8 milhões, montante que deverá ser analisado pela Junta de Execução Orçamentária (JEO) do governo federal. Para a nova suplementação é necessária a apresentação e aprovação de novo PLN pelo Congresso Nacional. 

O PLN 35/2021, que adiciona R$ 77 milhões para o PSR, ainda precisa ser sancionado pela presidência da República, o prazo vai até o dia 6 de dezembro. A OCB continuará monitorando os encaminhamentos para que o objetivo possa ser concretizado.

Ato cooperativo na Reforma Tributária

A importância da definição do ato cooperativo na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110/2019, que trata da Reforma Tributária, foi tema de reunião realizada nesta quarta-feira (3) entre os presidentes do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e do Sistema OCB/MS, Celso Ramos Regis, e o líder do PSD, senador Nelsinho Trad (MS), diretor da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).

Márcio Lopes frisou que a definição do ato cooperativo, por meio da aprovação da emenda 8, é primordial para que seja garantida a competitividade das cooperativas. A correta tributação das cooperativas é tema prioritário da OCB e consta da Agenda Institucional do Cooperativismo.

Durante a reunião, o Líder do PSD no Senado, senador Nelsinho Trad, se comprometeu a apoiar a emenda 8 e somar forças para garantir a definição do adequado tratamento tributário das cooperativas. O parlamentar é membro suplente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), primeiro colegiado que irá analisar a PEC 110/2019.

A OCB está se reunindo com senadores integrantes da CCJ para defender a aprovação da emenda 8 na PEC da Reforma Tributária. Além disso, iniciou mobilização nacional para que as cooperativas também possam solicitar aos seus senadores que apoiem a medida.

Acesse o site e saiba mais: www.reformatributaria.coop.br.

Projeto de incentivo à reciclagem é aprovado pelo Senado e segue para sanção

O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (17/11), o Projeto de Lei (PL) 6545/2019, que estabelece incentivos à indústria da reciclagem; e cria o Fundo de Apoio para Ações Voltadas à Reciclagem (Favorecicle) e Fundos de Investimentos para Projetos de Reciclagem (ProRecicle).

A Organização das Cooperativas Brasileiras apoia o projeto, que foi relatado pelo senador Luis Carlos Heinze (RS), integrante da diretoria da Frencoop, que apresentou parecer pela aprovação dada a necessidade da ampliação de incentivos para a reciclagem, fortalecendo as organizações de catadores.

O projeto prevê apoio para capacitação, incubação de cooperativas, implantação e adaptação de infraestrutura física, aquisição de equipamentos e de veículos para a coleta seletiva, dentre outros, além de benefícios fiscais.

A OCB congrega 97 cooperativas que reúnem cerca de 4 mil catadores de materiais recicláveis, que são atores imprescindíveis na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - Lei 12.305/2010, e na neutralização de carbonos. As cooperativas de reciclagem, entre outros, contribuem para dignificar o trabalho dos catadores; favorece a inclusão social e econômica de trabalhadores em sua maioria não qualificados e à margem da sociedade; figuram como possibilidade de trabalho formal para catadores, propiciando um ambiente de menor insalubridade e com equipamentos de proteção individual.

Adicionalmente, as cooperativas prestam um serviço de enorme relevância para o meio ambiente, ao evitar que um vasto conjunto de resíduos e rejeitos sejam destinados de maneira incorreta em lixões e aterros sanitários. Assim, com o serviço ambiental que prestam, contribuem para desonerar o poder público e a sociedade com os altos custos relativos à manutenção dos aterros sanitários e ao mesmo tempo, permite que os resíduos sejam reinseridos na cadeia produtiva após o consumo. O que favorece a economia circular.

A matéria, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, segue para a sanção. Confira o texto aprovado: https://in.coop.br/PL_6545

OCB comemora aprovação de desoneração da folha na Câmara

A prorrogação da desoneração da folha de pagamento (PL2541/2021) para os setores que mais empregam no Brasil foi aprovada nesta quarta-feira (17) pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.

Em consenso com o Poder Executivo, a prorrogação será mantida até o dia 31 de dezembro de 2023 e permite às empresas beneficiadas substituir a contribuição previdenciária, de 20% sobre os salários dos empregados, por uma alíquota sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%. Como a proposta tem tramitação conclusiva e teve acordo entre os líderes partidários, deve seguir para apreciação do Senado sem necessidade de aprovação pelo plenário.

Único item de votação da reunião da CCJC desta quarta-feira, o projeto contou com o apoio de vários partidos. Em sua manifestação, o deputado Efraim Filho (DEM-PB), autor da proposta, agradeceu ao que chamou de “construção plural”. “É uma solução importante nesse momento de retomada da economia que tem o objetivo de preservar empregos e gerar novas oportunidades. É um projeto ganha-ganha e que valoriza quem produz neste país”, afirmou.

O parlamentar também destacou que a prorrogação pelo prazo de dois anos é razoável e plenamente aceitável. “O que realmente importa agora é destacar o conceito da proposta que preza pela responsabilidade fiscal. Se a medida não aumenta a arrecadação também não onera o governo. A oneração, ocorreria, na verdade, caso houvesse demissões em massa como previsto caso o benefício fosse encerrado”.

Efraim Filho disse ainda que espera que nesse prazo de dois anos seja efetivamente trabalhada um modelo de desoneração ampla e que não beneficie apenas alguns setores. “O que temos hoje é um imposto burro. Não é compreensível fazer quem mais emprega pagar mais. É um equívoco que precisa ser revisto por que acaba por desestimular a geração de novos postos de trabalho”, concluiu.

A desoneração beneficia 17 setores, entre eles o de proteína animal. A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), uma das representantes da cadeia da avicultura e suinocultura, participou ativamente das discussões do projeto e chegou a apresentar nota técnica em favor da sua aprovação em conjunto com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Para o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, a prorrogação da desoneração representa uma vitória importante para o país como um todo. “Sem essa política, pelo menos 120 mil famílias de pequenos produtores que abastecem tanto o mercado interno quanto externo poderiam ser diretamente impactadas apenas no que diz respeito aos setores da avicultura e suinocultura”.

Atualmente, as cadeias produtivas da avicultura e suinocultura geram mais de 4 milhões de empregos diretos e indiretos e mais de R$ 120 bilhões em VBP (Valor Bruto de Produção), além de ocupar a liderança mundial nas exportações de carne de aves e o quarto lugar entre os maiores exportadores de carne suína, somando cerca de 5 milhões de toneladas em volume total.

imagem site coop

25 anos de Cooperação Brasil-Alemanha no Cooperativismo

A OCB e a Confederação Alemã de Cooperativas - DGRV celebraram os 25 anos da cooperação técnica entre as duas organizações. O evento reuniu dirigentes brasileiros e alemães em um seminário virtual. Iniciado em 1996, o projeto de cooperação propiciou o melhoramento e a profissionalização das cooperativas de crédito no Brasil. Atualmente, abrange também cooperativas agropecuárias, de infraestrutura e de trabalhadores, sendo essa a parceria internacional mais antiga do Sistema OCB.

A superintendente do Sistema OCB, Tânia Zanella, abriu o evento falando sobre o impacto da aliança no cooperativismo brasileiro. “O Brasil tem hoje um cooperativismo de crédito muito diferente do cenário encontrado em 1996, quando o projeto iniciou. A parceria Brasil-Alemanha fomentou o desenvolvimento de instrumentos arrojados de auditoria e regulação das cooperativas de crédito, possibilitando seu crescimento vigoroso”.

O Diretor da DGRV, Sr. Eckhard Ott, ressaltou a importância da continuidade do projeto bilateral. Segundo disse, foram muitos desafios superados graças ao empenho das lideranças cooperativistas nos dois países. A cooperação técnica e a transferência de conhecimento só foram possíveis graças a um grande esforço coletivo dividido entre os dois países, relatou.

O seminário virtual contou, ainda, com a participação de dirigentes que foram chave para a cooperação bilateral: João Carlos Spenthoff (pioneiro na cooperação e presidente do FGCoop), Marco Aurélio Almada (coordenador do Conselho Consultivo do Ramo Crédito) e Harold Espinola Filho (Banco Central do Brasil), relembraram as dificuldades encontradas no início do projeto. Hoje, as cooperativas financeiras brasileiras detêm um faturamento 150 vezes maior do que detinham 25 anos atrás.

Ao final, foram debatidos os novos caminhos da cooperação bilateral. OCB e DGRV trabalharão juntas para desenvolver competências e programas de sustentabilidade ambiental entre as cooperativas brasileiras. Também está prevista a expansão das ações junto a cooperativas urbanas no Brasil.


Sobre a DGRV

A DGRV é a principal organização de representação do cooperativismo alemão. Apenas as cooperativas de habitação não estão vinculadas à confederação alemã. No total, são 5.071 cooperativas, em todos os setores econômicos, que congregam 19,8 milhões de cooperados e geram 900 mil empregos diretos no país. Um em cada quatro alemães é membro de pelo menos uma cooperativa.

Fundada em 1972, a DGRV desenvolve um trabalho de representação dos interesses das cooperativas junto aos parlamentos alemão e europeu. Atuando fortemente na cooperação internacional, tem escritórios de projetos em mais de 30 países. O projeto de cooperação com a OCB é um dos mais antigos na América Latina.

Cooperativas serão destaque em pavilhão brasileiro da COP26

Gerente-geral da OCB vai apresentar casos de sucesso e manifesto que defende a cooperação como estratégia para deter o avanço do aquecimento global. A experiência e o posicionamento das cooperativas brasileiras diante da temática ambiental serão apresentados nesta sexta-feira (12) no pavilhão brasileiro da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP26), em Glasgow, na Escócia. A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) estará representada pela gerente-geral da entidade, Fabíola Nader Motta. Em entrevista ao canal Agromais, Fabíola destacou o compromisso das cooperativas com o combate ao desmatamento ilegal e com a sustentabilidade. “O cooperativismo já é uma forma de produção sustentável. Ele se preocupa com o meio ambiente e com as pessoas. Por isso, reforçamos a importância dos governos reconhecerem o cooperativismo como forma de política pública”, ressaltou Fabíola. A gerente-geral da OCB vai apresentar em Glasgow experiências de cooperativas que conseguiram reduzir em até cinco vezes a emissão de gases de efeito estufa, como é o caso da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu, no Pará, em funcionamento desde a década de 30 do século passado e um exemplo de como é possível produzir alimentos sem desmatar. Fabíola leva também para COP26 outros cases de cooperativas comprometidas com a sustentabilidade, especialmente em áreas como energia sustentável e biogás. Algumas cooperativas brasileiras já possuem infraestrutura para gerar sua própria energia de forma renovável. Para que os produtores consigam desenvolver esses projetos, a OCB leva conhecimento e tecnologia para o movimento cooperativista. MANIFESTO No início desta semana, a organização lançou um manifesto com a visão e o posicionamento do cooperativismo brasileiro a respeito da sustentabilidade e preservação ambiental do planeta. O texto publicado pela OCB apresenta cinco princípios norteadores voltados para os debates da COP26 e enaltece a cooperação ambiental como estratégia para deter o avanço do aquecimento global. No documento, as cooperativas defendem a regulamentação do mercado de carbono; o combate inflexível e abrangente ao desmatamento ilegal da Amazônia e dos demais biomas brasileiros; a regulamentação de leis que estimulem a adoção de medidas de proteção e preservação do meio ambiente; a produção brasileira de alimentos para o combate à fome e à segurança alimentar no mundo; e a adoção de políticas públicas de fomento ao cooperativismo como arranjo produtivo sustentável. Para o cooperativismo brasileiro, reduzir as emissões de gases do efeito estufa na atmosfera é fundamental e uma das maneiras mais inteligentes de se fazer isso é regulamentando o mercado internacional de carbono e valorizando modelos produtivos de baixa emissão e captura de poluentes, além de viabilizar o acesso facilitado a recursos para projetos em prol da preservação, conservação e recuperação do meio ambiente.

Aprovado o autocontrole para cadeia agroindustrial

Presidida pelo deputado Evair de Melo (PP-ES), a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (3), parecer favorável ao Projeto de Lei 1.293/21, que dispõe sobre o autocontrole nas atividades agropecuária e agroindustrial para desburocratizar, agilizar e tornar mais competitiva a indústria de alimentos e insumos no Brasil.

“Trata-se de uma das maiores e mais importantes reformas propostas pelo Executivo para desburocratizar o sistema e para que possamos continuar produzindo alimento e riqueza”, afirmou Evair, que é presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). Ainda segundo ele, com esse projeto, “o Brasil chega a um grau de maturidade que permitirá aumentar as divisas externas e garantir a oferta de empregos, mantendo a segurança necessária em toda a cadeia produtiva”.

O parlamentar também agradeceu as contribuições das entidades de classe que contribuíram para o aprimoramento do projeto, especialmente a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em nome do presidente Márcio Lopes de Freitas. “A contribuição das cooperativas para a continuidade dos trabalhos mesmo durante esse período de pandemia tem sido fundamental para manter o Brasil em pé”, completou.

O relator na comissão, deputado Chistino Aureo (PP-RJ), destacou que a aprovação da proposta coloca o Brasil em condições de igualdade na competição internacional no que diz respeito as cadeias de produção e, especialmente, no processamento de proteína animal.

“É um passo importante para que os agentes privados tenham cada vez mais responsabilidade diante dos produtos que colocam para consumo e na relação do poder público com empreendedores, com aqueles que trabalham no campo, na indústria e no mercado de exportações”, disse.

Diálogo

O PL 1.293/2021 é fruto de um longo diálogo entre o governo e entidades do setor produtivo. Proposto pelo Executivo, a medida prevê a adoção de procedimentos de conformidade e de boas práticas aplicados na defesa agropecuária por produtores, cooperativas e agroindústrias, a partir da regulação responsiva, bem como a modernização das regras de controle sanitário do Ministério da Agricultura.

Entre as condições fundamentais defendidas pela OCB para a aprovação do projeto estão a definição mais clara de conceitos contidos na lei, como o de análise de risco; a garantia de autonomia do setor privado na definição de programas de autocontrole; e o ajuste adequado do valor das multas para que fiquem dentro da realidade econômica.

O projeto segue agora para a análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.

Brasil leva para a COP26 experiências com biogás e energias alternativas

Renovação da matriz energética é essencial para agropecuária brasileira garantir mercado internacional. Cooperativas podem acessar linha de crédito específica para essa área. A conexão Glasgow - Brasília na 26ª edição da Conferência das Partes (COP26) criou uma vitrine internacional para os projetos de geração de energia alternativa a partir do agronegócio brasileiro. O setor de biogás se fez presente e mostrou porque também deve permanecer no radar das cooperativas. O programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC Mais) já oferece cerca de R$ 20 milhões por ano para as cooperativas interessadas em produzir energia a partir do biogás e do biometano. Mas para onde caminha esse negócio que demanda alta tecnologia e visão de futuro? A gerente executiva da Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), Tamar Roitman, afirma que a estimativa de crescimento do setor é de cerca de 20% ao ano, chegando em 2030 com produção de 30 milhões de metros cúbicos de biogás por ano. Para que essas metas sejam alcançadas, são necessários mais investimentos e políticas públicas. A interlocução para que isso seja possível é feita pela Abiogás. Criada em 2013, a associação reúne mais de 80 empresas que transformam resíduos em energia. Um dos desafios do setor é reduzir os custos de produção do biogás, que ainda demanda muita pesquisa e novas tecnologias. Além do biometano, obtido a partir do processamento do biogás, o setor trabalha para desenvolver o hidrogênio verde e a amônia verde. Biocombustíveis que podem ser utilizados no transporte, indústria, agronegócio e consumo doméstico. “Temos um potencial inigualável no mundo. Precisamos valorizar nossos recursos e colocar esse potencial de pé. Podemos suprir 35% da demanda de energia elétrica do país”, calcula a gerente executiva da Abiogás. De acordo com ela, o “pré-sal caipira” tem entre as vantagens o fato de estar espalhado por todas as regiões do Brasil, especialmente no interior. “São 675 plantas, a maior parte delas direcionada para gerar energia elétrica limpa. Comparado com o diesel, o biometano pode reduzir a emissão de gases de efeito estufa em mais de 300%, como é o caso do biogás gerado a partir dos resíduos da produção de leite.” PONTE PARA O FUTURO Os mercados internacionais esperam a transição energética brasileira para uma matriz limpa o mais rápido possível. Isso irá garantir compradores e valorizar os produtos brasileiros no exterior. Até mesmo os grandes importadores de carne já demandam que a pecuária adote tecnologias de redução de emissões. Internamente, as indústrias também desejam mudar sua matriz energética e os próprios consumidores estão cada vez mais atentos ao tema. Sidney Medeiros, da Coordenação-Geral de Mudança do Clima do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ressalta que a agropecuária é diretamente impactada pelas mudanças climáticas, mas também é um dos setores que mais pode contribuir para reverter ou minimizar essas alterações. Para ele, a produção de biogás a partir de resíduos da agropecuária é um exemplo disso. “Temos que estabelecer a ponte entre a tecnologia e os produtores para fazer o conhecimento chegar na ponta”, destaca Medeiros. “Queremos um Plano Safra cada vez mais verde. Por isso, disponibilizamos uma linha de crédito de R$ 5 bilhões para o programa ABC Mais.” Pelos cálculos do governo federal, o país possui hoje 52 milhões de hectares de áreas rurais utilizando tecnologia de baixa emissão de carbono. A meta de tratamento de dejetos já foi superada em nove vezes. O desafio agora é impulsionar a implementação de biodigestores, equipamento utilizado para acelerar o processo de decomposição da matéria orgânica através da ausência de oxigênio. O financiamento e a assistência técnica ajudaram o produtor rural Luiz Carlos Figueiredo a investir em tecnologias limpas nas oito propriedades rurais da família. Ele relatou a experiência com irrigação e energia alternativa no painel brasileiro da COP26. As fazendas Figueiredo alternam a ocupação do solo com o cultivo de soja, milho, café e trigo. “Cinco pequenas barragens com piscinões são utilizadas para a irrigação, o que garante o abastecimento no período de seca. A água também é usada no cuidado com os animais, na produção de leite e de ovos”, detalhou o produtor. Sob os piscinões, foram instalados painéis de captação de energia solar. A água usada para a limpeza de dejetos é direcionada para um biodigestor, que também gera energia. Assim, além de contribuir para a redução na emissão de gases, a propriedade rural é cada vez mais autosustentável. Um exemplo para os produtores rurais no Brasil e no mundo.

Conselho Consultivo do Ramo Saúde se reúne virtualmente

Brasília (03/11/2021) – Os representantes do Conselho Consultivo do Ramo Saúde se reuniram hoje para avaliação das ações implementadas ao longo do biênio 2020/2021 e aprovação do plano de trabalho 2021/2022. Também foram apresentadas ferramentas do Sistema OCB que estão disponíveis para as cooperativas brasileiras e os projetos do Ramo Saúde apoiados/financiados pelo Sescoop Nacional.

Na ocasião, a equipe da OCB e os coordenadores do Ramo puderam fazer uma retrospectiva do trabalho que tem sido desenvolvido e obter subsídios para as próximas ações. Questões como a realização de mais reuniões ao longo do ano, a ampliação da campanha do Sistema OCB pela inclusão do ato cooperativo na reforma tributária e o fortalecimento do programa de educação política no ano que vem foram algumas das sugestões feitas e acatadas pelo Conselho.

RAMO SAÚDE

Com mais de meio século de existência, o cooperativismo de saúde brasileiro é o maior do mundo e referência para todos os países que desejam avançar no setor de saúde a partir do modelo de negócio cooperativo. Ao reunir profissionais do setor e seus usuários, as cooperativas do ramo têm como objetivo prover ou adquirir serviços focados na preservação, assistência e promoção da saúde humana.

De acordo com dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro, em 2020 o cooperativismo de saúde somou 758 cooperativas, quase 300 mil cooperados e gerou mais 116 mil empregos.

imagem site coop

OCB defende que país seja reconhecido por ações ambientais

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) participou, nesta terça-feira (26), de Comissão Geral realizada pela Câmara dos Deputados para debater e propor ações e estratégias para o governo brasileiro apresentar na 26ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-26. O evento será realizado em Glasgow, na Escócia, de 1º a 12 de novembro.

Leonardo Papp, consultor ambiental que representou a OCB e a Comissão Ambiental do Instituto Pensar Agro (IPA)durante a Comissão Geral, defendeu que o Brasil admita que ainda tem deveres e compromissos a serem assumidos e concretizados de forma adequada, mas que o país também deve demandar um efetivo reconhecimento pelas ações positivas que vem desenvolvendo em prol do meio ambiente. 

“Temos bons exemplos em andamento e, por isso, acreditamos que deva ser realmente levado em consideração o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Reconhecemos que é nosso papel assumir e nos comprometer com as demais nações, mas, ao mesmo tempo, demandar dos outros países, especialmente os desenvolvidos e que emitem gases causadores de mudanças do clima há mais tempo, que também façam o seu papel, não apenas no discurso, mas de maneira efetiva, inclusive com instrumentos de apoio a países como um todo”, afirmou Papp. 

A matriz energética e o Programa ABC+ foram citados pelo consultor como exemplos de trabalhos positivos desenvolvidos pelo Brasil. “Em relação a outros países desenvolvidos, nossa matriz energética nos coloca em uma posição bastante privilegiada, fruto de um trabalho estrutura já há muitas décadas. É uma matriz mais limpa, um ativo que precisa ser reconhecido. Da mesma forma, a integração de instrumentos de financiamento agropecuário ou de crédito rural, com medidas de sustentabilidade oferecidos pelo Programa ABC+ também é são iniciativas que devem servir de exemplo para os demais países também”, destacou. 

Ainda segundo o consultor, entre os deveres e compromissos que o Brasil precisa assumir desponta, principalmente, os que têm relação com o desmatamento ilegal. “Não é apenas uma questão de imagem, mas sim uma das nossas grandes missões. Precisamos, no entanto, fazer essa discussão de maneira abrangente e complexa como ela, de fato, o é. E, para isso, primeiro, é preciso reconhecer que medidas de comando e controle são indispensáveis e imprescindíveis”. 

Por outro lado, Papp ressaltou que aprofundar nas medidas de fiscalização e punição é apenas uma parte do encaminhamento do problema. Para ele, é necessário ter também mecanismos de maior transparência para destacar melhor o desmatamento legal, do irregular e do ilegal. “Essa é uma medida importante para que possamos destinar as medidas de comando e controle de maneira mais efetiva para aqueles que, na prática, adotam ações completamente contrárias à legislação”, acrescentou.

Mais um ponto destacado pelo consultor diz respeito às titulações de terra, uma vez que com a titularidade, é mais fácil identificar responsabilidades. Para ele, o desmatamento ilegal também precisa ser visto como um problema socioeconômico. “Trata-se de uma questão ambiental, mas também social, uma vez que há pessoas cujas necessidades e dignidade também devem ser consideradas, especialmente quando tratamos de medidas relacionadas ao combate do desmatamento ilegal”. 

 

União

O deputado Zé Vitor (PL-MG), membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), ressaltou que a COP-26 é um evento que deve ser considerado um momento de união. “Não podemos ir ao evento para atacar o governo, mas sim unidos a favor do Brasil. Iremos buscar de modo responsável atitudes que possam mudar a vida das pessoas e garantir um clima equilibrado. Somos uma potência verde e a COP tem tudo a ver com o Brasil”.

Já o deputado Zé Silva (SD-MG), também membro da Frencoop, pontuou que o Brasil precisa ter consciência que as conferências internacionais são importantes para negociar resultados e programas concretos para a obtenção de credibilidade junto ao resto do mundo. “Pela relevância que o Brasil possui, a cobrança é ainda mais rigorosa. Espera-se de nós uma produção de alimentos 40% maior para o futuro, com equilíbrio e sustentabilidade”, afirmou.

Coordenador do ramo crédito na Frencoop, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) disse que é fundamental destacar o momento importante que o setor produtivo brasileiro vive e a atuação do Parlamento em relação aos projetos aprovados que beneficiam o agro. “Quando conseguimos aprovar o pagamento por serviços ambientais (PSA) foi uma grande vitória e, agora, temos outro desafio que é pautar o PL 528/2021, que regulamenta o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) que, sendo aprovado, poderá ser apresentado na COP-26”.

Posicionamento

​O cooperativismo defende a proteção do meio ambiente e a produção sustentável. Nesse contexto, em seu posicionamento, a OCB se dispõe a indicar, acompanhar e contribuir no debate e implementação de temas cada vez mais estratégicos e necessários para a atuação do poder público brasileiro e dos organismos internacionais. Para tanto, a OCB propõe quatro eixos estratégicos para o Brasil na COP-26, sendo eles: posicionamento firme pelo desmatamento ilegal zero e pela economia de baixo carbono; fomento ao cooperativismo como arranjo produtivo sustentável; efetivação da Política de Pagamento por Serviços Ambientais e de Títulos Verdes; e imagem do agro sustentável e como ferramenta do combate à fome.