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A Coagro foi a primeira das 169 empresas da indústria canavieira nacional a receber o selo que diz “Empresa Compromissada”. O presidente da cooperativa, Frederico Paes, afirmou que esta certificação aumenta, ainda mais, a responsabilidade da entidade. “Muitas usinas grandes de outros estados não conseguiram o selo. Afirmo que essa é apenas a primeira etapa de um compromisso social que a Coagro assume não só com a Presidência da República, mas com toda a sociedade regional e o estado do Rio de Janeiro”. E acrescentou orgulhoso: “A Coagro foi auditada por consultoria credenciada pela Secretaria Especial da PR, que concluiu que a usina opera dentro dos critérios trabalhistas estabelecidos pelo compromisso”.
A presidente Dilma anunciou que vai liberar os recursos necessários para que o setor aumente a produção, e também definiu o momento como histórico para o setor. “A questão do etanol é de suma importância para o Brasil. Vamos investir muito nisso, mas antes tínhamos que resolver esse problema. O setor era acusado de cometer pecados nos setores ambientais e trabalhistas. Esse selo mostra que a coisa está mudando e outras usinas vão ter que aderir a esse novo momento”, declarou.
De acordo com informações da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) - uma das integrantes do Compromisso - além das 169 usinas que conquistaram o selo, outras 86 já aderiram à certificação e estão em processo de verificação para recebê-la posteriormente. Empresas do setor continuam aderindo ao Compromisso e a expectativa do setor sucroenergético é de um avanço gradual no número de empresas verificadas: o total deverá incluir a maioria das usinas instaladas no país
(Com informações – Folha da Manhã)
A Cooperativa dos Suinocultores de Encantado Ltda. (Cosuel) inaugurou na última sexta-feira (15/6) a nova unidade de processamento de leite em pó da Dália Alimentos. O evento aconteceu na cidade de Arroio do Meio (RS), município sede da cooperativa, na data em que a Cosuel comemorou o seu 65º aniversário. O empreendimento de 45 mil metros quadrados vai gerar entre 80 e 90 empregos diretos e, segundo o presidente da cooperativa, Gilberto Piccinini, terá capacidade, até o ano de 2016, para produzir 60 toneladas de leite em pó por dia. “Com a nova planta, teremos um crescimento expressivo em produção e faturamento. A cooperativa poderá, inclusive, prestar serviços para outras empresas e cooperativas”, afirmou Piccinini.
O superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, esteve presente ao evento de inauguração, representando o presidente da instituição, Márcio Lopes de Freitas. De acordo com ele, o momento vivido pela Cosuel ilustra o cenário de crescimento experimentado pelo cooperativismo brasileiro no que diz respeito, principalmente, de industrialização da agropecuária através do cooperativismo. “Esse processo de agro industrialização dentro do cooperativismo é o que tem determinado a constatação de índices representativos, como o aumento do número de cooperados e de funcionários de cooperativas, especialmente dentro do ramo agropecuário”, destacou.
Nobile fez referência à quantidade de pessoas envolvidas no funcionamento da Cosuel (3,5 mil cooperados e mais de 1,6 mil funcionários). Segundo ele, estes números trazem como consequência uma realidade de otimismo para o cooperativismo brasileiro: “Além da importância da inauguração da usina em si, temos aqui bem clara a questão da fixação da família do produtor no campo. Aquele processo de migração que vinha acontecendo, onde os filhos do agricultor buscavam outras opções na cidade, visando a manutenção de sua renda, deixou de imperar. Com o processo da industrialização, verticalização e consequente agregação de valor à sua atividade agropecuária, o jovem tem se fixado no campo, garantindo a sustentabilidade do movimento”, pontuou.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, também participou da inauguração. Em seu discurso, destacou a importância do cooperativismo e do associativo para a agricultura brasileira. "Um cooperativismo forte resulta em uma agricultura que cresce", disse o ministro. Mendes Ribeiro reforçou também a necessidade do Governo incentivar a sucessão rural. "É preciso que se garanta a continuidade da propriedade. Os jovens devem ser incentivados a permanecerem no campo, e neste aspecto, os valores do cooperativismo são fundamentais". O ministro lembrou ainda da comemoração do Ano Internacional das Cooperativas e ressaltou que, pela importância do setor para a economia brasileira, o destaque deveria ser dado todos os anos.
Números – Atualmente, a produção de leite do Rio Grande do Sul representa 2,67% do seu PIB. Corresponde a 12,9% da produção nacional, que significa R$ 6 bilhões por ano. Até 2016, a expectativa é que a nova fábrica de leite em pó da Dália Alimentos esteja produzindo 60 toneladas diárias do produto. A construção teve início em 2008 e contou com um investimento de mais de R$ 64 milhões. A Dália Alimentos possui em torno de 3.500 associados em 105 municípios do Rio Grande do Sul. (Com informações - Mapa e Dália)
A universidade Unisinos, com sede em Porto Alegre (RS), promoveu na última sexta-feira (15/6) um evento comemorativo ao Ano Internacional das Cooperativas e também ao centenário da Associação Theodor Amstad – antiga Sociedade União Popular do RS, criada para servir de ponto de apoio aos colonos da região. O superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, participou da cerimônia em homenagem ao padre jesuíta que dá nome à fundação, considerado o introdutor do cooperativismo no Brasil.
“Cooperar para prosperar – a terceira via” é o título da obra lançada durante o evento. Produzido com o apoio de autores e organizadores convidados e patrocinado pela unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Rio Grande do Sul (Sescoop-RS), o livro conta a história da Associação Theodor Amstad e de questões relacionadas aos temas associativismo, solidarismo e cooperativismo, referências da ação da entidade.
“Especialmente no Rio Grande do Sul, existe um núcleo muito forte de pensamento, cultura e história do cooperativismo. A Associação Amstad, inclusive, preserva a edição de uma revista mensal, em alemão, mantendo a história, a cultura da origem do cooperativismo, que veio para o Brasil por intermédio dos padres jesuítas. O livro é um resgate da história da colonização, ligada diretamente ao começo do cooperativismo no RS”, comentou Nobile.
O padre Theodor Amstad foi o idealizador do cooperativismo de crédito no Brasil. Com ele, nasceu a mais antiga cooperativa de crédito em funcionamento até os dias de hoje - a Sicredi Pioneira, localizada na cidade gaúcha de Nova Petrópolis. Além do lançamento do livro, a cerimônia, que enfatizou bastante as comemorações pelo Ano Internacional das Cooperativas (celebrado mundialmente em 2012), contou também com apresentação de um vídeo contando os “100 anos da Associação Theodor Amstad”, da revista Sankt Paulusblatt (publicação mensal editada em alemão) e palestra sobre cooperativismo, proferida pelo padre Aloysio Bohnen, diretor da Biblioteca e curador do Memorial Jesuíta Unisinos.
(Com informações - Unisinos)
Apresentar e discutir, com a comunidade científica e com representantes dos diversos setores envolvidos na cadeia de coffea canephora, temas associados a pesquisa, desenvolvimento e inovações; aspectos conjunturais e de organização; qualidade, mercado e indústria, direcionados à competitividade e sustentabilidade dessa importante atividade em vários países do mundo. Esses foram os objetivos da Conferência Internacional de Coffea Canephora, realizada em Vitória (ES), na semana de 11 a 15 de junho, que contou com a participação do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, em um dos paineis programados e teve como tema principal os “Cem anos de história e evolução do Conilon no Espírito Santo”.
“Organização dos produtores de café” foi o tema debatido no painel de Freitas. Junto com ele, representantes da Aliança dos Cafeicultores de Uganda, da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), da Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel da Palha (Coabriel), da Aliança Internacional das Mulheres do Café (IWCA) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) expuseram números e dados relevantes sobre o cenário cafeeiro mundial. O painel foi moderado pelo presidente do sistema cooperativista capixaba (OCB-Sescoop/ES), Esthério Sebastião Colnago.
Freitas analisou a evolução das exportações cooperativistas ao longo de 2011 e destacou a participação do café nos bons resultados. “Entre os oito principais grupos de produtos exportados pelas cooperativas brasileiras, o café ocupa a quarta posição, com uma fatia de 14% do mercado. Isso, em 2011, significou 839 milhões de dólares movimentados pelo setor”, comentou o dirigente, que realçou também a contribuição capixaba neste cenário: “O Espírito Santo é o estado com o segundo maior número de cooperativas agropecuárias de café, atrás apenas de Minas Gerais. São mais de nove mil famílias beneficiadas pela atuação deste grupo.”
Café conilon – O café está entre os produtos agrícolas mais comercializados e consumidos no mundo. A produção da cultura está concentrada em apenas duas espécies: coffea arabica e coffea canephora, com participação aproximada de 62 e 38%, respectivamente. A espécie coffea canephora, conhecida genericamente no mercado internacional como café robusta, é designada no Brasil, mais especificamente no Espírito Santo, como café conilon. O estado se destaca como o maior produtor brasileiro dessa espécie, introduzida há 100 anos no Estado e cultivada comercialmente a partir de 1972. Nesses 100 anos de história e 40 anos de cultivo comercial, a produção de Conilon capixaba passou de 400 mil sacas (1972) para 8,5 milhões de sacas (2011).
(Com informações - Assessoria da conferência)
“No Ano 2012, o cooperativismo se sente orgulhoso em participar das discussões na Rio+20, trabalhando por medidas em prol do desenvolvimento sustentável. Nosso movimento é um modelo socioeconômico diferenciado, que valoriza as pessoas e gera distribuição de riquezas e inclusão social. E o Estado do Rio de Janeiro tem trabalhado para inserir a população local nesse contexto”. Essas foram as palavras do presidente do Sistema OCB/RJ, Marcos Diaz, durante a cerimônia que deu início à programação do Dia do Cooperativismo na Rio+20, na manhã deste sábado (16/6), no Rio de Janeiro. O evento foi promovido pela unidade nacional do Sistema OCB e do Rio de Janeiro (Sistema OCB/RJ), no Espaço AgroBrasil, coordenado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Participação internacional - A diretora de negócios da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Betsy Dribben, também participou da solenidade e destacou a expressividade do movimento cooperativista no cenário econômico brasileiro. “O Brasil está vivendo um momento extremamente positivo economicamente, e grande parte disso se deve ao cooperativismo”, disse.
“O governo brasileiro, juntamente com o setor, tem trabalhado para assegurar o adequado reconhecimento ao segmento cooperativista, inclusive no documento que será gerado na Rio+20. E, realmente, muitos países já têm reconhecido que as cooperativas constroem um mundo melhor. Esperamos ver essa confirmação por escrito, como resultado da conferência”, enfatizou Betsy.
Produção de alimentos - A senadora Kátia Abreu, presidente da CNA, foi representada durante o evento pelo vice-presidente da entidade, Carlos Rivacci Sperotto, que também é um cooperativista. “Me formei em 1962, em Veterinária, e logo me associei a uma cooperativa da minha região. Mas, aproveito a oportunidade para frisar a importância da atuação das cooperativas em outro setor, na área da saúde. Hoje, elas respondem por 37% desse mercado”, ressaltou.
Sperotto também fez referência à trajetória do movimento. “O cooperativismo nasceu forte, mas passou por momentos difíceis e conseguiu vencê-los”, disse. E complementou: “hoje, estamos aqui, na Rio+20, defendendo uma realidade que praticamos. No Brasil, 60% das florestas são preservadas. Além disso, somos grandes exportadores de alimentos, nos destacando como os primeiros em, pelo menos, dez produtos. Temos um papel fundamental na supressão alimentar à população que é crescente, ”, comentou.
Agricultura e sustentabilidade - Pedro Arraes, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), participou da cerimônia e frisou: “nós temos muito a mostrar na Rio+20, em todas as modalidades possíveis. Nossa agricultura cresceu e hoje temos um modelo sustentável, e isso se deve ao investimento em tecnologia, ciência e o incentivo ao cooperativismo. Nesse contexto, podemos citar projetos como o Programa ABC, da prática de baixo carbono, e a nossa parceria com a CNA, defendendo a sustentabilidade aplicada a todos os biomas. Temos que nos orgulhar do Brasil”, destacou.
Políticas de fomento - O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Erikson Chandoha, enfatizou a comemoração do Ano Internacional das Cooperativas. “O ministério tem trabalhado fortemente para o desenvolvimento do cooperativismo brasileiro, não só neste momento, para inserção do tema na conferência, mas na formulação de políticas públicas”, disse.
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O Brasil vai assumir a presidência pro-tempore da Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul (RECM), por um mandato de seis meses durante o segundo semestre de 2012. A decisão foi anunciada durante a última Seção Nacional da RECM, realizada no dia 14 de junho, na sede do Departamento Nacional de Cooperativismo (Denacoop) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília (DF). O objetivo do encontro foi fazer um balanço das ações empreendidas pelo grupo no Ano Internacional das Cooperativas, com destaque para a participação da RECM na Feira AgroBrasília, onde aconteceu o Fórum de Intercooperação de Negócios das Cooperativas do Mercosul.
O Banco Central do Brasil (BC) aprovou nesta semana a realização de audiência pública para avaliar duas propostas de atos normativos sobre responsabilidade socioambiental para instituições financeiras (IF’s). Foi durante o ciclo de debates sobre finanças sustentáveis, promovido em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) na conferência da ONU para o desenvolvimento sustentável, Rio+20, que acontece na capital fluminense. As resoluções propostas pelo BC vão fazer com que todas as IF’s, inclusive as cooperativas de crédito, tenham que adotar critérios mínimos de normas, respeitando as políticas socioambientais vigentes, bem como a proporcionalidade das instituições.
Com o tema “Integração e alinhamento na comunicação cooperativista”, o Sistema Ocemg realiza nesta quinta e sexta-feira (14 e 15/6) o XIV Encontro Estadual dos Profissionais de Comunicação das Cooperativas de Minas Gerais, na sua sede, em Belo Horizonte (MG). O objetivo do evento é promover a atualização dos profissionais de comunicação das cooperativas mineiras, visando também a integração dos participantes e o alinhamento de informações.
Hoje (14/6) no período da manhã, o superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, participou do debate “Reflexos do ano internacional das cooperativas no Brasil”, acompanhado do diretor da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Américo Utumi, e do representante nacional do cooperativismo mineiro, Geraldo Magela. Segundo Nobile, foi uma oportunidade proveitosa para fazer um intercâmbio com um grupo tão representativo, que é o dos comunicadores das cooperativas mineiras. “Trata-se de uma comunidade de transferência, influente e formadora de opinião. A troca de informações com essa equipe é fundamental para o contínuo avanço em nossos processos de comunicação, tão importantes para solidificar as ações desenvolvidas pelo Sistema”, afirmou.
Em seguida, a gerente de Comunicação da unidade nacional do Sescoop, Inês Rosa, fez uma apresentação sobre “A comunicação no Sistema OCB - atuação, tendências e ações do Ano Internacional das Cooperativas”.
À tarde, os participantes trabalham na construção de propostas para o Ano Internacional das Cooperativas. Amanhã (15/6), pela parte da manhã, está prevista a apresentação de um case do Sicoob sobre “Padronização e alinhamento sistêmico”, e, encerrando o evento, palestrante José Cury falará sobre “O sentido da construção de um mundo melhor”.
"A Comissão de Agricultura do Senado (CRA) discutiu hoje (14/6), durante audiência pública, as taxas de juros oferecidas ao setor agropecuário. Representantes do Governo e do setor produtivo foram convidados para debater o assunto .
Dentre os expositores, o analista de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Paulo César do Nascimento, defendeu que existe forte espaço para redução das taxas de juros, reforçando a necessidade de maiores estímulos para o crescimento da produção no campo. "A agropecuária é um setor altamente estratégico para o país e por isso deveria ser tratada em condições especiais", destacou. O analista reiterou, ainda, a importância do desempenho superavitário da balança comercial, fruto da alta performance do agronegócio brasileiro.
Com isso, a CRA enviará ao governo federal proposta para que o Plano Agrícola e Pecuário para 2012/2013 preveja crédito para custeio da safra com juros máximos de 4,5% para a agricultura empresarial e 3% para o médio produtor rural. Atualmente, os grandes produtores pagam juros de até 6,75% e os médios de até 6,25%.
A proposta foi anunciada pelo presidente da Comissão, senador Acir Gurgacz (RO), durante a audiência, quando foi discutido o novo Plano Safra, que deverá ser anunciado pelo governo ainda este mês.
Em apoio aos argumentos do senador, o analista Paulo César afirmou que a redução do custo do financiamento rural representaria grande estímulo ao produtor.
Iniciativa do governo federal de estímulo à redução de CO2, o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) vai estar em dois painéis durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O primeiro será nesta sexta-feira, 15 de junho, às 17h30, no Riocentro. O outro acontece no dia 20 de junho, às 9h, na sede da Embrapa Solos, local que concentrará a maior parte da programação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e vinculadas.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Erikson Chandoha, a proposta é divulgar para os participantes do evento – especialmente agricultores brasileiros e estrangeiros – a importância econômica e ambiental das práticas financiadas pelo ABC. “Pretendemos apresentar práticas que podem ser adotadas em outros países. O programa é um exemplo de incentivo ao desenvolvimento agropecuário em conjunto com a preservação ambiental”, afirmou Chandoha, que estará presente na abertura do painel do dia 15 de junho, no Riocentro, junto com representantes dos ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário.
O evento do dia 15 terá quatro exposições: o plano ABC no contexto da implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima; plano setorial da agricultura; potencial e estratégias do uso de biogás para a agricultura familiar e construção de capacidades técnicas focadas no bioma, na profissionalização e na viabilidade econômica do médio produtor rural.
Criado em 2010, o ABC oferece crédito aos produtores rurais para a adoção de técnicas agrícolas sustentáveis. Entre as práticas financiadas, estão sistema de plantio direto, tratamento de resíduos animais, integração lavoura-pecuária-floresta, fixação biológica de nitrogênio, plantio de florestas e recuperação de áreas degradadas. O principal objetivo é fazer frente aos desafios trazidos pelas mudanças climáticas, com a meta de reduzir, até 2020, entre 133 a 162 milhões de toneladas de CO2.
Entre julho de 2011 e abril de 2012, produtores rurais e cooperativas contrataram R$ 840,9 milhões por meio do ABC, com juros de 5,5% ao ano praticados pelo Banco do Brasil e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O prazo para pagamento é de 5 a 15 anos, e o limite de financiamento é de R$ 1 milhão.
(Fonte: Mapa)
Dando continuidade à elaboração de estratégias para alterar projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados para construção do novo Código Comercial, o Sistema OCB promoveu nesta quarta-feira (13/6) um encontro com o autor da proposição, deputado Vicente Candido (SP), e o jurista e consultor da Comissão Especial, professor Fábio Ulhôa Coelho, na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF). O objetivo do projeto é sistematizar e atualizar a legislação sobre as relações entre pessoas jurídicas. Porém, ao longo do texto, o cooperativismo está inserido de forma descaracterizada. “Pretendemos viabilizar a retirada dos artigos que mencionam as cooperativas, para que não haja contaminação do entendimento. O conceito de cooperativismo é complexo, trata-se de uma filosofia. Cooperativa não é uma sociedade empresária. O objetivo da cooperativa sempre vai ser crescer, se projetar no mercado nacional e internacional, mas mantendo suas características originais”, explicou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. Por esses motivos, o dirigente entende como mais conveniente que as cooperativas não sejam incluídas no novo Código Comercial.
Pleito semelhante foi apresentado por entidades de representação e juristas ligados às sociedades anônimas, tendo a Comissão de Juristas do Projeto do Código Comercial anunciado, em audiência pública realizada nesta data, que em consenso construído com estas entidades e estudiosos, irá recomendar a retirada do Projeto de dispositivos relativos a este tipo societário.
O movimento cooperativista vive um marco histórico, a comemoração do Ano Internacional das Cooperativas – 2012, e aproveita a oportunidade para ratificar o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável. O segmento participará das discussões na Rio+20, e promoverá neste sábado (16/6), durante a conferência, o Dia do Cooperativismo. O evento será realizado pelo Sistema OCB e sua organização estadual no Rio de Janeiro (Sistema OCB/RJ), no Espaço AgroBrasil, coordenado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), no Píer Mauá, no Rio de Janeiro (RJ).
“O cooperativismo será uma das temáticas oficiais a serem discutidas durante a conferência como caminho para o desenvolvimento sustentável. Nada mais justo, afinal, o setor tem como alicerce a viabilidade econômica, com a geração de trabalho, renda e inclusão social. E isso se complementa com o respeito e a defesa ao meio ambiente”, ressalta o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
O líder cooperativista também destaca o que pretende o movimento. “Queremos chamar a atenção dos governantes e da sociedade civil para os benefícios do cooperativismo e sua importante contribuição na redução das desigualdades sociais e na promoção da sustentabilidade. Da mesma forma, debateremos também outras questões consideradas determinantes, como produção de alimentos e segurança alimentar”, diz Freitas.
Dia do Cooperativismo – Para iniciar os debates, o presidente do Sistema OCB fará uma apresentação sobre o cooperativismo no contexto atual, mostrando o crescimento do setor e o espaço conquistado pelas cooperativas no cenário socioeconômico brasileiro. Participarão do painel, a diretora de negócios da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Betsy Dribben, o presidente do Sistema OCB/RJ, Marcos Diaz, e o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Arraes.
Outras palestras contarão com a participação de representantes do governo, de outras entidades e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Serão discutidos temas como Política de Fomento ao Cooperativismo, Sociedade e Agricultura, Práticas Agrícolas e Tecnologias Sustentáveis. Haverá ainda a apresentação de casos de sucesso do cooperativismo e da peça teatral A Arte de Cooperar.
Ano Internacional das Cooperativas – A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas em dezembro de 2009, com a aprovação da Resolução 64/136 da ONU. A intenção é chamar a atenção do Poder Público e de outros atores sociais sobre temas relevantes, cujos benefícios se refletem mundialmente. Anos internacionais são declarados pela ONU, depois de validados em assembleia geral.
Indicadores / Sistema OCB – O Sistema OCB conta hoje com 6.586 cooperativas atuantes em 13 ramos de atividade econômica distintas. Essas organizações reúnem 10,1 milhões de cooperados e geram 296 mil empregos diretos. Se consideradas as famílias dos associados, o movimento mobiliza atualmente 33 milhões de brasileiros.
Indicadores / Sistema OCB/RJ – No Rio de Janeiro, ligadas ao Sistema OCB/RJ, existem 482 cooperativas, 230,3 mil cooperados e 7,9 mil empregados.
Indicadores / cooperativismo mundial – Segundo a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), 1 bilhão de pessoas estão ligadas ao cooperativismo, em 100 países distintos. Mundialmente, o setor gera mais de 100 milhões de empregos diretos.
"Tem início amanhã (13/6) e segue até sexta-feira (15) a 20ª edição do Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (Sueco), do qual a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) é uma das entidades apoiadoras. Realizado anualmente em diferentes localidades da região Centro-Oeste do país, o Sueco é considerado atualmente um dos eventos de maior relevância e participação nacional do cooperativismo de trabalho médico.
A anfitriã do XX Sueco é a Unimed Cerrado. Com o tema “Integração Regional”, os debates desta edição serão focados na perenidade e no fortalecimento do setor, reforçando a importância da integração entre os participantes. O objetivo é fomentar uma ampla reflexão sobre a necessidade de maior integração sistêmica no âmbito político, mercadológico, operacional e de procedimentos.
No segundo dia do evento (14/6), o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participará de uma mesa redonda cujo tema será “O ramo saúde e o cooperativismo brasileiro na visão da OCB”. Freitas será um dos expositores, enquanto outros representantes do sistema atuarão como debatedores. Para o dirigente, o cooperativismo de trabalho médico, além de ser um modelo de negócio de sucesso no Brasil, é também referência no exterior. Segundo Freitas, com um mercado extremamente competitivo, é preciso ter em mente a importância da integração e de uma atuação sistêmica como fatores determinantes para o fortalecimento e a perenidade da prática cooperativista. “Por isso, a escolha do tema Integração Regional como foco desta vigésima edição do Sueco, além de pertinente, está totalmente alinhada à necessidade constante de inovação”, declarou.
Para mais informações acesse: www.sueco.com.br
"Teve início nesta terça-feira (5/6) o 12º Congresso Panamericano do Leite, promovido pela Federação Panamericana do Setor Leiteiro (Fepale) em conjunto com a Câmara Paraguaia de Indústrias de Lácteos (Capainlac). Com uma programação variada, o evento deste ano está abordando temas que vão desde a produção primária até a industrialização de produtos lácteos, passando pela importância do leite para a saúde humana e situação atual do mercado. Este último tópico foi tratado na palestra "Situação e perspectiva do mercado internacional de lácteos com uma visão mundial, regional e local", proferida pelo vice-presidente da Fepale e coordenador da Câmara de Leite da OCB, Vicente Nogueira.
Durante a apresentação, Nogueira enfatizou o grande potencial da América Latina para atender à crescente demanda prevista para as próximas décadas. “Nos próximos 40 anos, a população mundial, que em 2010 era de 6,9 bilhões de pessoas, chegará a 9,3 bilhões – um aumento de 30%. Como consequência, haverá crescimento, também, na demanda por produtos lácteos. A América Latina, e especialmente o Brasil, possuem condições climáticas e territoriais bastante favoráveis para a produção e terão um papel importantíssimo no atendimento a essa demanda”, pontuou o vice-presidente da Fepale.
Nogueira prospectou, ainda, uma notícia boa para os produtores de leite - a melhora nos preços no mercado internacional -, que logo em seguida, durante leilão realizado pela Fonterra (um dos principais balisadores do preço no mercado) se confirmou. “O resultado das negociações apontou um crescimento de 13,5%”, comemorou satisfeito.
Após a apresentação de Nogueira, teve início um outro painel onde o cooperativismo brasileiro de leite também esteve representado. O presidente da Cooperativa Central Gaúcha de Leite (CCGL), Caio Vianna, participou do debate intitulado “O cooperativismo de leite como instrumento de desenvolvimento social e econômico”, com representantes do Paraguai e da Costa Rica. De acordo com o analista de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Gustavo Beduschi, que acompanhou o painel, Vianna demonstrou o vigor e o potencial do cooperativismo de leite no Brasil usando como exemplo a o processo de recuperação pelo qual vem passando a CCGL. “A planta industrial da cooperativa, hoje, tem capacidade para beneficiar 1 milhão de litros de leite/dia. Quando concluído, o projeto pode chegar a 6 milhões de litros/dia”, destacou.
O 12º Congresso Panamericano do Leite segue até esta quinta-feira (7/6), na cidade de Assunção, Paraguai.
O estado do Tocantins passa a contar com uma legislação específica de apoio ao cooperativismo. Trata-se da Política de Apoio ao Cooperativismo (PEAC), cujo projeto de lei foi aprovado nesta quarta-feira (6/6), em sessão extraordinária na Câmara Legislativa do estado.
O presidente do Sistema OCB/Sescoop-TO, Ricardo Khouri, esteve presente durante a votação do projeto. Ele afirmou que esse momento é um marco histórico para o cooperativismo no Tocantins. “Dentre várias mudanças, esta Lei possibilitará uma representatividade maior junto aos órgãos públicos e privados, além de permitir que o estado crie programas de apoio ao cooperativismo, como o acesso ao crédito, aos conselhos. Será possível, ainda, a participação direta em programas de incentivo a agroindustrialização”, destacou.
A superintendente Maria José Leão comemorou a aprovação do normativo: “Com a Lei, nos tornamos um órgão consultivo do governo para assuntos ligados ao Cooperativismo”, pontuou. O deputado José Geraldo, responsável pela proposição do projeto, resumiu que o cooperativismo é a humanização do capitalismo, que “cooperar coloca o ser humano a frente de qualquer interesse”.
O Plano Safra de 2012/13, que vai ser lançado no próximo mês de julho, prevê aumento dos limites de custeio para que pequenos produtores rurais possam investir mais em suas propriedades. O crédito para os agricultores familiares vai passar de R$ 16 bilhões para R$ 18 bilhões.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (5) pelo secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Müller, que participou de audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara. "O plano também vai dar mais capacidade de investimento para as cooperativas - pequenas, médias e grandes", afirmou.
Também na audiência, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, disse que 300 entidades foram consultadas para a elaboração do Plano Safra 2012/13, com o envio de mais de 500 sugestões. De acordo com o secretário, 70% delas estão sendo adotadas no plano.
Entre as ações a serem previstas no Plano Safra 2012/13, Rocha citou incentivos para a agricultura de baixo carbono, que contemple a preservação ambiental.
Extensão rural
O Plano Safra também vai reforçar a assistência técnica e a extensão rural relacionadas aos empreendimentos da agricultura familiar. Laudemir Müller afirmou que haverá, ainda, a qualificação profissional com o objetivo de inserir os agricultores, principalmente os jovens, no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), aprovado no ano passado pela Câmara.
O deputado Zé Silva (PDT-MG), que solicitou o debate, disse que o governo precisa dobrar o número de agricultores familiares atendidos por programas de assistência técnica e extensão rural.
"Nós temos 4,2 milhões de agricultores no Brasil. O recurso do MDA [Ministério do Desenvolvimento Agrário] dá para atender só 10%, e nós queremos que ele atenda 20% dos produtores. Ou seja, sair de um orçamento de extensão rural de R$ 400 milhões para um orçamento de R$ 800 milhões."
Para o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), José Guilherme Leal, a consolidação da assistência técnica permanente é fundamental para desenvolver o meio rural. "Mas, hoje, o arcabouço institucional do governo federal não é suficiente para garantir a universalização da assistência técnica. Não podemos pensar numa política nacional de assistência técnica rural sem ter recursos atrelados a ela."
Financiamentos
Em relação ao crédito rural, o deputado Zé Silva sugeriu que a data do pagamento dos financiamentos de custeio da produção não coincida com a data da colheita da safra. Ele lembrou que, na época da colheita, os preços dos produtos ficam mais baixos.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, respondeu que vai avaliar a sugestão. "Ainda estamos em tempo de fazer essa inclusão, mas há necessidade de falarmos com os bancos, tanto com os bancos públicos quanto com a própria Febraban."
Fundo de catástrofes
Caio Rocha disse que o governo está trabalhando para fortalecer o seguro agrícola e criar um "seguro renda". No caso do seguro agrícola, o Ministério de Desenvolvimento Agrário prevê o desembolso de R$ 700 milhões. Até agora, foram liberados R$ 300 milhões.
O seguro agrícola garante que o produtor pague suas dívidas aos bancos. Já o seguro renda seria utilizado pelo agricultor em caso de prejuízos à produção, causados por adversidades como excesso ou falta de chuvas.
Para o assessor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Joaci Medeiros, é essencial que exista uma linha de crédito para o Semiárido nordestino, para ajudar os produtores prejudicados pela estiagem. Segundo ele, essa linha deveria ser permanente. "Deu a estiagem, deu a enchente, ela já estaria disponível", defendeu.
Já o secretário de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Antoninho Rovaris, pediu a criação de um fundo de catástrofe para financiar os produtores rurais prejudicados por enchentes ou secas.
"O Brasil precisa, urgentemente, pensar em como sair dessa maratona de ficar renegociando as dívidas dos agricultores por causa das catástrofes climáticas. Tem que haver um instrumento constante para o governo poder agir. Do contrário, dependemos da edição de medidas provisórias", declarou.
O superintendente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Luiz Sérgio Machado, informou que o BNB tem prorrogado pagamentos de dívidas dos agricultores atingidos pela seca no Nordeste.
"A estiagem só está começando. O período crítico ocorre em outubro, novembro e dezembro. O BNB tem a preocupação com esse quadro e o governo agiu rápido", disse.
Pronaf
Outro assunto discutido na audiência foi a inclusão dos agricultores no Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). José Guilherme Leal, da Emater-DF, disse que o número de beneficiários do vem caindo e que, por isso, são necessárias novas regras para enquadramento no programa.
O superintendente do BNB, Luiz Sérgio Machado, também defendeu o aumento na renda do Pronaf-B.
Para Joaci Medeiros, da CNA, o acesso ao crédito rural precisa ser simplificado e desburocratizado, independentemente do porte do produtor. (Fonte: Agência Câmara)
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O cooperativismo de crédito brasileiro continua crescendo e consolidando seu papel no processo de inclusão financeira no país. O segmento fechou 2011 com R$ 86,5 bilhões em ativos, contra R$ 68,7 bilhões contabilizados em 2010, registrando, assim, um aumento de 25,8% - total 8,7% superior às demais instituições financeiras. Os dados sobre o Sistema Financeiro Nacional (SFN) foram divulgados pelo Banco Central do Brasil (BC), incluindo as 1.312 cooperativas atuantes, e, dentre elas, as 1.047 ligadas ao Sistema OCB.
A evolução patrimonial foi outro indicador de destaque, no qual o setor registrou uma expansão de 20,6%, praticamente o dobro do percentual percebido pelo restante do mercado, chegando a R$ 15,9 bilhões no último ano. Segundo o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, isso se deve principalmente às ações do Programa de Capitalização das Cooperativas de Crédito (Procapcred), mas também ao reinvestimento em reservas de capital social decorrente das sobras apresentadas no final de cada exercício.
Para Freitas, os resultados alcançados em 2011 refletem o olhar do cooperativismo de crédito para o profissionalismo da gestão dos negócios. “Temos trabalhado para oferecer produtos e serviços diferenciados, com um atendimento personalizado aos nossos associados. Dessa forma, temos ganhado espaço no Sistema Financeiro Nacional (SFN) e vamos continuar atuando nesse sentido”, diz.
Os depósitos, por sua vez, totalizaram um crescimento de R$ 8 bilhões, passando de R$ 30,1 bilhões para R$ 38,1 bilhões, com um aumento de 26,3%. Ao mesmo tempo, a média das instituições financeiras restantes foi de 14,1%. As operações de crédito também tiveram uma evolução significativa, superando o mercado, que apresentou 22,3% de expansão nesse indicador, apontando incremento de 26%.
A ampliação do quadro de associados às cooperativas de crédito também deve ser ressaltada. Com os 700 mil novos sócios que passaram a integrar o setor em 2011, as cooperativas de crédito já somam 5,8 milhões de cooperados. O mesmo se pode dizer dos postos de atendimento cooperativo (PAC). Em 2011, foram inauguradas 354 novas unidades, mais de um PAC por dia útil, ou seja, praticamente 30 por mês. Essa foi a maior evolução dos últimos seis anos.
Ramo crédito (dados – BC/Sistema OCB) – Hoje, existem no país 1.312 cooperativas de crédito em atuação, reunindo 5,8 milhões de associados.
Ramo crédito (Sistema OCB) – No Sistema OCB, há 1.047 cooperativas de crédito, formadas por 4,7 milhões de associados.
O cooperativismo tem se consolidado como fonte de renda e inserção social a um universo cada vez maior de pessoas. Os indicadores do Sistema OCB confirmam essa tendência. Em 2011, o total de associados às cooperativas ligadas à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) passou dos 10 milhões, registrando um crescimento de 11% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizados cerca de 9 milhões. Seguindo essa mesma linha, também foi observado crescimento no quadro de empregados, que fechou o último período em 296 mil, 9,3% a mais do que em 2010. Os dados fazem parte de um estudo da Gerência de Monitoramento e Desenvolvimento do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).
O número de cooperativas ficou em 6.586, representando um decréscimo de 1% no comparativo a 2010. Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, essa redução mostra um caminho natural, de busca por maior competitividade no mercado. “As cooperativas se juntam, seja por fusão ou incorporação, para ter maior escala e, assim, ganharem mais espaço e ampliarem seus negócios. Em consequência disso, observa-se uma evolução significativa no total de associados e de empregados, ou seja, na força de trabalho”, diz.
Nesse contexto, o ramo crédito se destaca, apresentando o maior contingente de associados, com crescimento de 16% em relação ao ano anterior. Em 2011, o segmento chegou a 4,7 milhões de cooperados. Já em 2010, eram 4 milhões. Em seguida, aparecem os ramos consumo, com 2,7 milhões e 18% de aumento, e agropecuário, chegando próximo de 1 milhão, com 3% de expansão.
Regiões – Quando avaliada a quantidade de cooperativas, a região Sudeste aparece em primeiro lugar, com 2.349 empreendimentos e crescimento de 3% no comparativo ao ano anterior. Em seguida, está o Nordeste, com 1.738 e 1% de aumento. A região Sul aparece em terceiro lugar, com 1.050, mesmo tendo registrado 14% de diminuição no total de sociedades cooperativas no comparativo com 2010.
No tocante à relação de cooperados, o quadro muda um pouco. O Sudeste continua na primeira posição, com 4,7 milhões e 36% de expansão. Nesse caso, a região Sul ocupa o segundo lugar, com praticamente 4 milhões de associados e 15% de aumento. O Centro-Oeste aparece na terceira posição, com 644 mil e 10% de crescimento.
E quanto à geração de empregos diretos, a realidade é outra. A região Sul é a que tem maior quadro de colaboradores – 152 mil e 10% de expansão, e a Sudeste, figura em segundo, com 94 mil e 13% de crescimento. Também nesse item, o Centro-Oeste ocupa a terceira colocação, com 21 mil empregados e 20% de aumento no período.
Estados – O Estado de São Paulo é o que tem mais cooperativas registradas no Sistema OCB - 932. Minas Gerais e Bahia aparecem em seguida, praticamente empatados, com 785 e 783, respectivamente, no ano.
No total de cooperados, destacam-se os estados de São Paulo (3,4 milhões), Rio Grande do Sul (1,9 milhões) e Santa Catarina (1,2 milhões). Já no de empregados, quem lidera é o Paraná (64,9 mil), seguido do Rio Grande do Sul (48,7 mil) e de São Paulo (48,5 mil).
Perspectivas / Brasil - Com base nos dados históricos, é possível fazer, estatisticamente, uma previsão do comportamento desses indicadores para os próximos cinco anos. A estimativa é de que o número de cooperativas registradas no Sistema OCB permaneça estabilizado. Já o total de cooperados, segue uma linha ascendente e constante, prevendo chegar, também até este ano, a 12 milhões. Seguindo a mesma metodologia, espera-se que o Sistema ofereça, até 2016, 353 mil empregos.
Sistema OCB - É composto pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), além de 26 organizações estaduais e uma localizada no Distrito Federal.
*Estudo elaborado pela Gerência de Monitoramento e
Desenvolvimento de Cooperativas (GeMDC) do Sescoop
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As principais bandeiras de defesa do movimento cooperativista no Congresso Nacional serão apresentadas nesta próxima terça-feira (28/02) durante o lançamento da Agenda Legislativa do Cooperativismo 2012. O evento reunirá lideranças do setor, integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), representantes do governo federal e de outras instituições, e ocorrerá na Fundação Casa do Cerrado, a partir das 20h, em Brasília (DF).
A publicação, que está em sua sexta edição, será apresentada pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. Composta por 57 proposições, seis posicionamentos complementares e um encarte sobre o Ano Internacional das Cooperativas – 2012, a agenda se tornou referência para os deputados e senadores da Frencoop. “A intenção é fechar o ano com conquistas importantes como a definição do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo, a aprovação do projeto de lei que regulamenta as cooperativas de trabalho e a validação do novo Código Florestal brasileiro”, ressalta Freitas.
Frencoop – A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) conta com 224 deputados federais e 31 senadores, 255 membros no total.
Cooperativismo – O sistema cooperativista brasileiro mobiliza hoje cerca de 30 milhões de pessoas e movimenta US$ 6,1 bilhões em exportações.
As cooperativas brasileiras registraram um resultado recorde em vendas ao exterior no ano de 2011, alcançando US$ 6,1 bilhões em exportações, com crescimento de 39,8% em relação a 2010 (US$ 4,4 bilhões). Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e também indicam saldo positivo da balança comercial, que fechou em US$ 5,8 bilhões, com incremento de 40,4% no comparativo ao mesmo período do último ano, quando atingiu US$ 4,1 bilhões.
Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, os números confirmam não só as projeções feitas pelo segmento, mas a receptividade dos produtos cooperativistas no mercado internacional. “Os doze meses de 2011 foram de crescimento, o que reflete a qualidade crescente dos itens oferecidos pelo setor. Além disso, temos trabalhado para manter a relação comercial com destinos tradicionais e, ao mesmo tempo, buscado novas oportunidades de negócio”, diz o executivo.
Produtos – No grupo de produtos exportados pelas cooperativas, continua em primeiro lugar o complexo sucroalcooleiro, com US$ 2,2 bilhões, respondendo por 36,7% do total. Em seguida, aparece o complexo soja, com US$ 1,3 bilhão e 20,5%. Café em grãos fechou o período com US$ 893,3 milhões, representando 13,6% das vendas. Carne de frango também está entre os principais itens e registrou US$ 569,9 milhões, correspondendo a 9,2%.
Estados exportadores – Na relação dos estados exportadores, São Paulo continuou na liderança, totalizando US$ 2,1 bilhões, respondendo por 33,7% dos negócios do setor. Paraná aparece na segunda posição, com US$ 1,9 bilhão e 31,3% do total. Na terceira colocação, está Minas Gerais (US$ 885,5 milhões; 14,3%), seguida do Rio Grande do Sul (US$ 363,6 milhões; 5,9%) e Santa Catarina (US$ 312,7 milhões; 5,1%).
Mercados – No acumulado de janeiro a dezembro de 2011, os Estados Unidos aparecem como o principal mercado de destino dos produtos cooperativistas. No ano passado, o país comprou US$ 739,2 milhões, o correspondente a 12% do total das vendas do movimento. A China, que figurou como o maior comprador durante vários meses, fechou o período na segunda posição, com US$ 736,1 milhões e 11,9%. Em seguida, vêm os Emirados Árabes (US$ 526,3 milhões; 8,5%), Alemanha (US$ 441,5 milhões; 7,2%) e Países Baixos (US$ 311,9 milhões; 5,1%).
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