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A partir deste mês, assume a Superintendência da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Renato Nobile, até então secretário Executivo da instituição. Luís Tadeu Prudente Santos, que estava à frente das superintendências da OCB e da unidade nacional do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), passa, desta forma, a se dedicar integralmente ao Sescoop. A decisão resulta dos planejamentos estratégicos das duas Casas e do XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo, e ocorreu em dezembro de 2010, durante reunião do Conselho Diretor da OCB.
Dois secretários de Estado do novo Governo de Santa Catarina (SC) visitaram a sede da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro) nessa terça-feira.
Antonio Ceron, atual Secretario da Casa Civil e ex-secretario da Agricultura, e o novo secretario da Agricultura Joao Rodrigues foram recebidos pelo Diretor Executivo da Fecoagro Ivan Ramos, e ouviram a exposição dos programas mantidos pelas cooperativas e pela Fecoagro em convênio com a Secretaria da Agricultura, e discutiram a operacionalização do programas para este ano de 2011.
Joao Rodrigues reafirmou que os programas de calcário, sementes de milho, forrageiras, armazenagem e outros serão mantidos e se possível ampliados em seu governo. Foi enfático em afirmar que fará todo o empenho para continuar atuando em parceria com as cooperativas, e pretende ouvir as entidades do setor agropecuário para estabelecer as prioridades de sua pasta.
O novo secretário foi convidado e aceitou o convite para participar da próxima reunião dos conselhos de Administração e Fiscal da Fecoagro que será realizada dia 26 próximo na cidade de Pinhalzinho durante a realização do Itaipu Rural Show. O Secretario Antonio Ceron tambem manifestou interesse em participar da solenidade de abertura do Itaipu Rural, e ficou encarregado de agendar a presença do governador Raimundo Colombo.
O secretário Joao Rodrigues concedeu entrevista a TV Coop e ao programa Informativo Agropecuário da Fecoagro, que será apresentada no próximo final de semana pela Rede Catarinense de Comunicação Cooperativista.
(Fonte: Fecoagro)
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Marli Lima | De Curitiba
Com o plantio da safra de verão bem encaminhado, as cooperativas do Paraná decidiram aumentar a aposta na industrialização. Em 2011, vão investir R$ 1,3 bilhão, 28,6% mais que em 2010 e também um montante recorde. Cerca de R$ 900 milhões serão destinados a projetos agroindustriais, o equivalente a 70% do total, e R$ 400 milhões serão usados para melhorar a estrutura de recebimento e armazenagem de grãos, na aquisição de veículos e equipamentos e em inovações tecnológicas.
Feitas as projeções para o exercício, as cooperativas agora dependem do clima para concretizá-las, de acordo com o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski. Além de financiamentos para a construção das unidades industriais. Conforme o dirigente, a safra vai bem, não houve problemas com o La Niña no Estado e está chovendo regularmente. "O milho está garantido, mas a soja ainda depende de chuvas", comenta.
Entre os investimentos em andamento está a construção de um abatedouro e de uma fábrica de ração pela Cocari, cooperativa de Mandaguari, no noroeste do Paraná, orçados em R$ 115 milhões. A Coopavel, de Cascavel, no oeste, está construindo um moinho de trigo. A Cotriguaçu, que reune quatro cooperativas (C.Vale, Lar, Coopavel e Copacol), vai modernizar a estrutura que possui no porto de Paranaguá. E a Integrada, a Coamo(maior cooperativa do país) e a Agráriadevem tocar projetos na área de milho. Além disso, a Frimesaestá ampliando a estrutura de abate de suínos.
Koslovski lembra que as cooperativas paranaenses têm como meta para 2015 obter 50% das receitas com produtos industrializados - hoje a fatia é de 40%, e dez anos atrás, era de 29%. Dados da Ocepar mostram que o alvo está sendo levado a sério. De 2001 a 2010, quase R$ 8 bilhões foram investidos pelas associadas nas áreas de tecnologia, infraestrutura e indústrias. Uma das motivações, além da agregação de valor aos produtos, é reduzir os efeitos das oscilações de preços de commodities agrícolas no mercado internacional.
Com a industrialização, os produtos das cooperativas estão ganhando mais espaço nas gôndolas de supermercados brasileiros e de fora do país. Em 2009, as exportações somaram US$ 1,47 bilhão e, em 2010, US$ 1,65 bilhão. Outra meta é alcançar a R$ 30 bilhões de faturamento em 2011, sendo R$ 28 bilhões com cooperativas agropecuárias. Para isso, o crescimento previsto para o ano é de 7%, já que as receitas somaram R$ 28 bilhões em 2010 - R$ 25 bilhões no segmento agropecuário - e foram 12% maiores que no exercício anterior. Outro dado do levantamento da Ocepar chama a atenção: as cooperativas do Estado geram 65 mil empregos diretos e contam com 632 mil cooperados.
Para Koslovski, as condições de mercado estão favoráveis para as cooperativas e medidas anunciadas na segunda-feira pelo novo secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, foram bem recebidas, como a criação de uma Agência de Defesa Agropecuária. Ortigara acredita que é possível obter a certificação de Estado livre de aftosa sem vacinação em 2012 ou 2013 e colocou a questão como uma das prioridades da pasta, o que deve abrir mais mercados para as carnes produzidas no Estado.
Veículo: Valor Econômico
Publicado em: 05/01/2011
O agronegócio sustentou em 2010 o superávit da balança comercial brasileira pelo décimo ano consecutivo, de acordo com relatório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Desde 2001, quando o saldo da balança voltou a ficar positivo, os embarques do setor vêm crescendo a ponto de compensar com folga os déficits dos demais setores.
Depois da queda do superávit registrada em 2009 - de 9,82% no agronegócio e de 23,08% no total nacional -, os embarques de produtos do campo voltaram a crescer em 2010. A tendência é que o recorde de 2008, a saldo de US$ 59,99 bilhões, tenha sido superado.
Âncora
O agronegócio funciona como âncora da balança comercial de duas formas: revertendo índices negativos ou compondo a maior parcela do saldo positivo. De acordo com os números dos últimos dez anos, apenas em 2005 e 2006 o superávit do agronegócio foi menor do que o superávit total do Brasil.
Mesmo nesses dois anos, o setor foi responsável por 85,7% e 92,1% do saldo da balança comercial, respectivamente. Nos outros oito anos desta década, o resultado do setor foi maior, o que significa que, se as importações e as exportações se igualassem, o país voltaria a enfrentar déficit, como ocorreu por seis anos consecutivos de 1995 a 2000. Em 2001, o saldo do agronegócio foi sete vezes maior que o nacional, numa diferença de US$ 2,69 para US$ 19,06 bilhões.
Importações
As importações do agronegócio também são recordes neste ano. Houve ampliação no saldo de cereais, farinhas e preparações (10,7%) e no de produtos florestais (64,1%) em relação a 2009. Entre os produtos do setor mais importados estão trigo, papel e pescado.
Com gasto de US$ 12,05 bilhões até novembro, o agronegócio está importando 35,6% mais este ano. Os demais setores ampliaram a compras no exterior em 45,6%, atingindo US$ 154,02 bilhões. O resultado é que as importações totais passam de US$ 166 bilhões, valor 43,9% acima do registrado na mesma época do ano passado pelo País.
Para o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, os números mostram que, mesmo com o real valorizado, "o agronegócio vai bater novo recorde". A previsão do Mapa é de resultado ainda melhor em 2011, com a ampliação do Valor Bruto da Produção Agrícola (VBP) de R$ 173 bilhões para R$ 185 bilhões. Para a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora a Kátia Abreu (DEM-TO), o agronegócio está retomando a linha de crescimento interrompida logo após os recordes de 2008.
(Fonte: Ocepar)
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Renato Andrade - O Estado de S.Paulo
O novo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, deixou claro ontem que fará tudo que estiver ao seu alcance para manter a inflação sob controle. Durante discurso de posse, o economista enfatizou que o sistema de metas de inflação é o instrumento "mais adequado" para cumprir essa missão e afirmou que o crescimento sustentado só ocorrerá com inflação baixa.
Ele ressaltou que a consolidação da política macroeconômica permitirá, no futuro, a redução da meta de inflação para níveis mais baixos, semelhantes aos observados nas principais economias emergentes. "Esse é um processo que devemos ter ambição de perseguir no futuro", disse. Hoje, o centro da meta da inflação é de 4,5%.
Tombini destacou ainda que o trabalho para manter o poder de compra da moeda brasileira é, além de um compromisso institucional do BC, uma das diretrizes estabelecidas pela presidente Dilma Rousseff. "O compromisso exigido pela presidente, ao me convidar para presidir o Banco Central do Brasil, é que essa instituição, sob minha liderança, busque de forma incansável e intransigente o cumprimento da missão institucional de assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda", afirmou.
A preocupação com o controle da inflação foi externada por Dilma durante seu discurso de posse. A presidente fez questão de frisar que já faz parte da cultura brasileira a convicção de que a inflação desorganiza a economia. "Não permitiremos, sob nenhuma hipótese, que esta praga volte a corroer nosso tecido econômico e a castigar as famílias mais pobres", disse Dilma.
Em sintonia com o Planalto, o novo presidente do BC fez questão de destacar que a estabilidade de preços é um "desafio permanente", cuja maior responsabilidade recai sobre a diretoria do Banco Central.
"Conhecemos bem os efeitos nocivos que a inflação alta impõe à economia e, consequentemente, à sociedade, em particular à população de baixa renda, que mais sofre", disse.
Sem alaridos. As últimas palavras de Henrique Meirelles no comando do BC reforçaram as expectativas de aumento da taxa básica de juros (Selic) no início do governo Dilma. Segundo ele, em situações de pressão inflacionária, o aumento do juro não deve ser visto com "alarde", muito menos como sinal de que algo está errado. "Elevações da Selic não devem ser motivo de alaridos", disse. "Ciclos de aquecimento econômico e a necessidade de subir juros são parte do processo normal de trabalho do BC. Juros sobem e descem segundo o ciclo monetário", acrescentou.
O discurso de Tombini agradou os representantes dos grandes bancos brasileiros que estiveram presentes à solenidade ontem. O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fábio Barbosa, avaliou que as palavras do novo presidente do BC mostram um alinhamento claro com a administração de Meirelles. Barbosa também considerou importante a reafirmação do compromisso de manutenção da inflação sob controle.
Para o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, outro elemento importante da fala de Tombini foi a reafirmação da relevância da estabilidade como elemento fundamental para o crescimento econômico sustentado. O presidente do Itaú, Roberto Setúbal, foi sucinto e disse apenas que o Brasil está "muito bem servido" com Tombini à frente do Banco Central. / COLABOROU ADRIANA FERNANDES
Veículo: O Estado de S. Paulo
Publicado em: 04/01/2011
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PanoramaBrasil
SÃO PAULO - O agronegócio sustentou em 2010 o superávit da balança comercial brasileira pelo décimo ano consecutivo, de acordo com relatório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Desde 2001, quando o saldo da balança voltou a ficar positivo, os embarques do setor vêm crescendo a ponto de compensar com folga os déficits dos demais setores.
Depois da queda do superávit registrada em 2009 -de 9,82% no agronegócio e de 23,08% no total nacional-, os embarques de produtos do campo voltaram a crescer em 2010. A tendência é que o recorde de 2008, a saldo de US$ 59,99 bilhões, tenha sido superado.
O agronegócio funciona como âncora da balança comercial de duas formas: revertendo índices negativos ou compondo a maior parcela do saldo positivo. De acordo com os números dos últimos dez anos, apenas em 2005 e 2006 o superávit do agronegócio foi menor do que o superávit total do Brasil. Mesmo nesses dois anos, o setor foi responsável por 85,7% e 92,1% do saldo da balança comercial, respectivamente.
Nos outros oito anos desta década, o resultado do setor foi maior, o que significa que, se as importações e as exportações se igualassem, o país voltaria a enfrentar déficit, como ocorreu por seis anos consecutivos de 1995 a 2000. Em 2001, o saldo do agronegócio foi sete vezes maior que o nacional, numa diferença de US$ 2,69 para US$ 19,06 bilhões.
As importações do agronegócio também são recordes neste ano. Houve ampliação no saldo de cereais, farinhas e preparações (10,7%) e no de produtos florestais (64,1%) em relação a 2009. Entre os produtos do setor mais importados estão trigo, papel e pescado. Com gasto de US$ 12,05 bilhões até novembro, o agronegócio está importando 35,6% mais este ano. Os demais setores ampliaram a compras no exterior em 45,6%, atingindo US$ 154,02 bilhões. O resultado é que as importações totais passam de US$ 166 bilhões, valor 43,9% acima do registrado na mesma época do ano passado pelo País.
Para o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, os números mostram que, mesmo com o real valorizado, "o agronegócio vai bater novo recorde". A previsão do Mapa é de resultado ainda melhor em 2011, com a ampliação do Valor Bruto da Produção Agrícola (VBP) de R$ 173 bilhões para R$ 185 bilhões.
Para a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora a Kátia Abreu (DEM-TO), o agronegócio está retomando a linha de crescimento interrompida logo após os recordes de 2008.
Veículo: DCI
Publicado em: 03/01/2011
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Bolsa de valores otimista, PIB perto de 5% em 2011 e câmbio com estabilidade e leve depreciação. Este foi o principal cenário econômico e de investimentos no Brasil para o próximo ano, apontado pelos painelistas no evento “Cenário Econômico e Perspectivas: O que esperar de 2011”, realizado em Porto Alegre.
A palestra trouxe as análises dos diretores do Banco Cooperativo Sicredi Paulo Barcellos e Júlio Cardozo, além do economista-chefe, Alexandre Englert Barbosa, e Marcelo Portugal, consultor econômico.
Permeando o horizonte possível para os investidores no âmbito global, o economista-chefe do Banco Cooperativo Sicredi, Alexandre Englert Barbosa, apontou como desafios para os países desenvolvidos uma emancipação necessária do setor privado em relação ao setor público, responsável pelo socorro às instituições durante a crise.
“No entanto, a ajuda fiscal e monetária nos Estados Unidos deverá prosseguir até uma reação positiva do mercado de trabalho, que continua com níveis históricos baixos”, explicou.
O economista também aventou uma probabilidade moderada de que a crise europeia se agrave, caso Portugal e Espanha também tenham de ser “salvos” por países economicamente mais fortes, como a Alemanha, a exemplo do socorro oferecido a Irlanda e a Grécia. O crescimento do PIB mundial, em 2011, deve ser de 4,2%, puxado por uma média de 6,4% nos países em desenvolvimento e 2,2% entre as economias desenvolvidas.
Marcelo Portugal, consultor econômico do Sicredi, enxerga em Dilma Rousseff uma promessa de continuidade das políticas do governo Lula, apostando na tríade responsabilidade fiscal, câmbio e metas de inflação herdadas do governo FHC, pelo menos no primeiro ano de governo. “Pelo lado fiscal, o governo deverá enfatizar mais o aumento de arrecadação que a contenção de gastos”, acredita.
Também segundo Portugal, apesar da conquista de maiorias pela bancada governista tanto na Câmara quanto no Senado, não será tão fácil para o governo esperar a aprovação de todas as suas propostas. “A democracia brasileira requer negociações constantes com seus parlamentares, com uma boa parcela de deputados e senadores flutuando entre o governo e a oposição a depender do tema”, disse.
Paulo Barcellos, diretor de Economia e Riscos do Banco Cooperativo Sicredi, reforçou o papel da geração de empregos e da menor taxa histórica de desemprego, bem como o crescimento das operações de crédito, no crescimento do PIB brasileiro em 2010, que chega a 7,5% e, segundo projeção do Sicredi, pode ficar na casa dos 4,9% para 2011.
A taxa de desemprego, que deve ser de 6,6% em 2011, é ainda menor que os 6,7% que devem marcar o fim de 2010, como a menor taxa registrada desde que o IBGE iniciou este cálculo. “Este quadro, contudo, vem gerando uma pressão sobre os preços, fazendo com que deva ocorrer em breve um novo ciclo de elevação na taxa básica de juros para diminuir desequilíbrios”, analisou, concluindo com uma taxa SELIC próxima dos 12,75% até o fim de 2011.
Concluindo, o aquecimento do mercado interno tem papel preponderante no panorama do mercado de investimentos para o próximo ano. Com base nos cenários apresentados, Júlio Cardozo, diretor da Sicredi Asset Management, afirmou que a Bolsa está mais barata, mas o investidor deve ficar atento à possível instabilidade de papéis dos setores de siderurgia e mineração, mais suscetíveis à economia internacional, podendo atentar para o setor de comércio: atualmente ele representa o porto seguro da Bolsa alimentada pelo desempenho do mercado interno.
Também para o câmbio, apesar da intervenção do Estado para regular a taxa, o determinante continuará sendo a relação entre oferta e demanda. “As medidas do governo mitigam, mas não definem o comportamento do câmbio. Por isso, o investidor que aproveitar os pequenos picos do dólar nas aversões de risco, poderá conseguir bons trades”, avaliou.
(Fonte: Sicredi)
Documento com propostas para a política agrícola, elaborado pelo setor produtivo da região Sul, foi entregue ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, nessa quarta-feira (15/12), em Brasília (DF). Para a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), os problemas com a produção e comercialização do trigo têm sido recorrentes e é necessário definir uma política para o setor. “Temos que ter ações que viabilizem a continuidade do cultivo do trigo no território nacional” diz, Paulo César do Nascimento Júnior, analista da Gerência de Mercados da OCB, que acompanhou a reunião.
A audiência teve a participação de representantes dos produtores e cooperativas como a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Ministério da Agricultura, Fecoagro (RS) e parlamentares.
Outro ponto que preocupa o setor produtivo, explicou Nascimento Júnior, é o aumento da produção e participação do Paraguai e Uruguai no mercado brasileiro, que, junto com a Argentina, contribui para depreciar o preço do trigo brasileiro, apesar de sua atual valorização internacional. Considerou que a importação do trigo argentino deve respeitar a sazonalidade de produção do trigo nacional e considerou a necessidade de se definir uma política para impedir o fluxo do produto argentino neste período.
A Ocepar, por sua vez, está preocupada com o futuro dos produtores paranaenses: “há uma expectativa de que ocorra uma diminuição de, no mínimo, 10% na área cultivada da próxima safra, devido aos problemas registrados anteriormente como a redução do preço mínimo anunciada pelo governo quando os produtores paranaenses já haviam plantado cerca de 90% da safra,” explicou o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski. Segundo ele, a proposta de política para a triticultura nacional visa evitar a perigosa dependência da importação do produto que, persistindo, poderá prejudicar especialmente os consumidores dos derivados de trigo e colocar em risco a competitividade da produção de milho e de soja na safra de primavera/verão.
De acordo com dados da Ocepar, os estados do Sul são responsáveis por 90% da safra nacional de trigo. O Paraná é o maior produtor do País e colheu 3,2 milhões de toneladas em 2010, o que corresponde a quase 60% das 5,7 milhões de toneladas da produção nacional. O Brasil consome por ano 10,5 milhões de toneladas do cereal. Para cobrir a demanda, importa de países como Argentina, Uruguai, Paraguai, Estados Unidos e Canadá.
Na audiência com o ministro ficou definido que, na próxima segunda-feira (20/12), uma equipe técnica irá analisar detalhadamente o documento apresentado nesta quarta e encaminhar as discussões.
Entre as principais propostas destacam-se:
- Alocar recursos para Empréstimos do Governo Federal com opção de venda (EGF/Cov), resgatando este instrumento e garantindo ao produtor, nesta modalidade, o amparo de pelo menos 50% da produção anual;
- Criar um programa de seguro de preços, isento de IOF, atrelado ao seguro de produção;
- Implementar o programa de subvenção ao prêmio do seguro de preços;
- Nova classificação do trigo;
- Atribuir ao Mapa a coordenação do programa de validação das cultivares, de forma a assegurar aos produtores rurais a efetividade das características qualitativas informadas pelos obtentores de sementes de trigo;
- Não permitir a importação de trigo e derivados durante os meses de comercialização do produto nacional, entre 01 de setembro a 31 de janeiro;
- Criar a contribuição e o fundo de pesquisa destinados às pesquisas pública, privada e de cooperativas, de interesse da triticultura nacional, com recursos oriundos da cobrança de 0,5% do valor do trigo importado.
Após oito eventos de divulgação realizados pelo Departamento de Supervisão de Cooperativas e Instituições Não-Bancárias do Banco Central do Brasil (Desuc/BC), com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), para tratar sobre o novo regime prudencial para as cooperativas de crédito, o BC disponibiliza um vídeo com a síntese do conteúdo apresentado nesses eventos.
O objetivo do vídeo é levar a informação para aquelas cooperativas que, por algum motivo, não puderam participar de nenhum dos encontros. Também serve para reforçar entendimentos sobre o tema.
A iniciativa pretende promover, de forma clara e transparente, a divulgação da nova regulamentação prudencial e suas vantagens; esclarecer aspectos que não estejam bem entendidos; tirar dúvidas e orientar as instituições sobre os procedimentos envolvidos na escolha do regime prudencial.
Nesse novo ambiente, vão existir dois regimes para as cooperativas (Resolução nº 3.897/10 do Conselho Monetário Nacional e das Circulares nº 3.508 e 3.509): o regime prudencial simplificado (RPS), onde se enquadrarão cooperativas com baixa complexidade operacional, cujas aplicações envolvam crédito ou instrumentos financeiros simples e de baixo risco; e o regime prudencial completo (RPC), voltado para cooperativas que possuem maior grau de complexidade em seus negócios ou que apliquem recursos em instrumentos financeiros sofisticados ou de risco (de mercado) potencialmente relevante.
O gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sílvio Giusti, que acompanhou vários dos eventos, destacou a importância desse avanço e seu propósito em adequar, cada vez mais, os normativos, considerando as peculiaridades do cooperativismo, sem perder a qualidade dos controles e processos.
“Os encontros realizados permitiram um melhor entendimento sobre os benefícios e impactos de cada regime prudencial e, certamente, contribuirão para que as cooperativas adotem a melhor opção para a sua estrutura”, afirmou Giusti. O gerente ressaltou, ainda, que este avanço normativo era um antigo pleito do segmento e constava no plano de ação do Conselho Consultivo de Crédito da OCB (Ceco).
Clique nos links para acessar o vídeo:
"A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), da Câmara dos Deputados, aprovou ontem (15/12) o relatório da subcomissão criada para analisar e propor medidas de integração entre empresas, indústrias e produtores rurais.
O texto, do deputado Valdir Colatto (SC), integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), defende a criação de um marco legal para toda a cadeira produtiva. “A ideia é regulamentar a relação entre todos os agentes envolvidos no processo para estabelecer, de maneira clara e transparente, os direitos e deveres de cada um”, disse o relator, que utilizou o Projeto de Lei 4378/08, do ex-deputado Milton Mendes, como base para o seu parecer.
Atualmente, segundo Colatto, devido à falta de regulamentação, fica difícil definir se a interação existente entre a indústria e os produtores rurais se enquadra no conceito de parceria, de arrendamento ou se configura uma relação trabalhista, inclusive caracterizando vínculo empregatício.
“Em outros países, como Itália e Estados Unidos, essa relação já está regulada por legislação específica, com características próprias. É exatamente isso o que propomos”, afirmou. Para ele, a nova legislação deverá cumprir principalmente o papel de instituir garantias para o produtor rural integrado, considerado o ponto mais fraco da cadeia nessas negociações.
Preço da matéria-prima
Colatto lembrou que um dos problemas mais graves provocados pela falta de norma específica é a dificuldade enfrentada pelos produtores em garantir uma renda mínima para a matéria-prima que oferecem às indústrias. “O produtor finaliza o seu trabalho e entrega o resultado para a empresa, a quem cabe, por decisão unilateral, estabelecer o preço a ser pago”, destacou.
Segundo o relator, uma das soluções apresentadas no parecer é que essa decisão passe a ser tomada por uma comissão específica, formada por representantes de produtores, de empresas e de órgãos técnicos do governo, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
O presidente da subcomissão, deputado Assis do Couto (PR), afirma que, além da definição do preço, os produtores rurais também enfrentam outras imposições das empresas que compram matéria-prima. “Muitas vezes, os empresários decidem pela necessidade de aquisição de determinados equipamentos e levam o produtor a assumir longos financiamentos para comprá-los”, citou.
Prova disso, segundo ele, está no fato de que boa parte dos ativos envolvidos na produção de aves e suínos, por exemplo, está nas mãos dos criadores. “Os produtores assumem a maior parte dos investimentos e não têm qualquer garantia quanto aos riscos dessa operação”, argumentou.
Cooperativismo
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) acompanhou os trabalhos da subcomissão e foi convidada a apresentar dados relativos ao cooperativismo. A partir deles, apontamos a necessidade da criação de uma lei sobre a integração que considere todas as peculiaridades do setor cooperativista, de modo a preservar o ato cooperativo e a Lei nº 5.764/1971. O relatório final aprovado ontem contemplou essas demandas na redação do parágrafo único do artigo 1º.
Próximos passos
Com a aprovação do texto, o mesmo foi apresentado à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e transformou-se no Projeto de Lei n 8.023, de 2010, de autoria da CAPADR e vai então iniciar sua tramitação no Congresso Nacional.
Acesse o texto aprovado aqui.
(Com informações: Agência Câmara)
Foi sancionada nesta quarta-feira (15/12) a Lei 12.349/10 (MPV 495/10), que modifica a lei das licitações (8.666/93). Dentre as mudanças aprovadas, está a garantia expressa de não restrição à participação das sociedades cooperativas nos processos licitatórios.
A inclusão das cooperativas no texto da Medida Provisória foi proposta, em julho deste ano, pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e pelo deputado Zonta (SC), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). Isto porque, embora atualmente não haja nenhuma vedação legal, as cooperativas acabam impedidas de participar de processos licitatórios pela Administração Pública, seja por meio de decretos estaduais, seja por interpretação judicial.
Visto que o Projeto de Lei 4.622/2004, que trata da regulamentação das cooperativas de trabalho, ainda aguarda votação de todas as medidas provisórias que trancam a pauta para que sua deliberação seja concluída, a OCB entendeu necessário o encaminhamento desta emenda para garantir, com mais celeridade, maior segurança jurídica às cooperativas.
A emenda proposta não foi acatada pelo relator da matéria na Câmara dos Deputados, deputado Severiano Alves (BA) e, por isso, a OCB apresentou, junto ao PPS (Partido Popular Socialista), um requerimento de destaque para votação em separado da mesma, defendido pelo vice-líder do partido, deputado Arnaldo Jardim. Sensibilizado pela importância do tema para o cooperativismo, o deputado Dr. Ubiali (SP) também apresentou requerimento de destaque pela bancada do PSB (Partido Socialista Brasileiro). Ambos parlamentares são integrantes da diretoria da Frencoop.
Com a intenção de agilizar o processo de votação do PLV, houve um acordo entre a bancada do governo e o PPS, no sentido de incluir a emenda no texto do relator. A proposta foi aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados no dia 23/11 e seguiu para análise do Senado Federal, que decidiu, no dia 25/11, pela manutenção do texto da primeira Casa.
Para o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, "esta discriminação contínua gerou muitos danos, alguns irreparáveis. Mas com a aprovação desta proposta as cooperativas poderão assegurar o seu direito legítimo de participação nas licitações públicas e, conseqüentemente, na sociedade, cumprindo com mais eficiência o seu papel".
Publicada na edição desta manhã do Diário Oficial (16/12), a lei entra em vigor na data de hoje, produzindo imediatamente os seus efeitos legais.
Clique aqui e acesse o texto da Lei na íntegra.
Cerca de 350 pessoas participam nesta terça-feira (14/12), durante todo o dia, em Goiânia, do primeiro de uma série de seminários estaduais voltados à discussão e disseminação da chamada Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC).
A promoção é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com a Secretaria Estadual da Agricultura de Goiás (Seagro) e entidades representativas do setor agropecuário de Goiás (OCB-GO inclusa).
Participam do seminário produtores rurais, técnicos, pesquisadores e representantes de entidades do setor agropecuário de Goiás. Na abertura do evento, que está sendo realizado na sede da Seagro, no setor Leste Universitário, em Goiânia, foram apresentados o “Plano Setorial de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas” e o “Programa da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Programa ABC)”.
Além de apresentar os planos governamentais para o setor, o palestrante Luiz Adriano Maia Cordeiro, da Embrapa Sede, abordou as questões de mudanças climáticas (aquecimento global) e o posicionamento político e os compromissos do Brasil segundo a Política Nacional de Mudanças Climáticas – PNMC (Lei nº 12.187).
O Programa ABC faz parte das ações do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 e foi instituído para incentivar o uso de técnicas sustentáveis que tragam mais eficiência ao campo e permitam a redução da emissão dos gases de efeito estufa.
Em agosto, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a Resolução nº 3.896 do Banco Central, que regulamenta o programa com a previsão de investir R$ 2 bilhões em projetos de agricultura sustentável.
Do total, R$ 1 bilhão será operado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o restante pelo Banco do Brasil. A programação do seminário prevê ainda exposição e discussão de temas como plantio direto, recuperação de áreas e pastagens degradadas, ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), florestas plantadas, tratamento de resíduos e fixação biológica de nitrogênio.
(Fonte: OCB-Sescoop/GO)
A última reunião do Conselho Estadual do Cooperativismo (Conecoop) de 2010 foi marcada pela assinatura do termo de comodato entre a Companhia de Abastecimento e Saneamento de Alagoas (Casal) e a Cooperativa de Produtores de Mel de Abelha e Derivados LTDA (Coopmel). A partir de março de 2011, a unidade já pretende inaugurar as novas instalações em Maceió, que ficarão localizadas no bairro de Santos Dumont.
O presidente da Coopmel, Carlos Carrasco, descreveu o momento com a palavra felicidade. “Estamos felizes com esse momento. Vamos construir o coração da Coopmel. Com esse incentivo do governo do estado e do Conecoop, vamos promover o crescimento de centenas de famílias em todo o estado”, declarou.
Carrasco fez questão de destacar que esta conquista – aplaudida por vários representantes de cooperativas que participaram da assembleia – se deu graças à intervenção do presidente do Conselho e secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes. “A sensibilidade do presidente do Conselho, abraçando nossa causa, foi primordial. Estamos realmente agradecidos”, reforçou.
Para o vice-presidente do Conecoop e presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Alagoas (OCB/AL), Marcos Rocha, a assinatura do termo só concretizou a parceria que o governo do estado tem com o cooperativismo. “Foi mais uma vitória do sistema cooperativista. Com esse novo terreno, a Coopmel poderá expandir sua produção e trabalhar ao máximo sua capacidade”, destacou Rocha.
Durante a reunião, foi feito um balanço das conquistas do sistema no ano de 2010 e levantados alguns pleitos para 2011. Entre eles, a modificação da legislação estadual de transporte público para que as cooperativas possam concorrer no processo de licitação. “Algumas dessas medidas só poderão ser resolvidas na próxima legislatura, mas de ante mão, peço que a OCB/AL faça a exposição oficial dos argumentos”, afirmou o presidente do Conecoop, Luiz Otávio Gomes.
História de Sucesso
O presidente da Cooperativa dos Jornalistas e Gráficos do Estado de Alagoas (Jorgraf), Antônio Pereira, foi convidado a apresentar a história da única cooperativa que contempla duas categorias em Alagoas. Criada em 2007, a Jorgraf foi fundada após o fechamento do Jornal Tribuna de Alagoas, que deixou centenas de profissionais desempregados.
A cooperativa, que vem crescendo no faturamento bruto anualmente, registrou há cerca de 30 dias uma grande conquista. Conseguiu arrematar em leilão o maquinário da unidade que estava penhorado pela justiça para o pagamento de dívidas trabalhistas, deixadas pelos antigos donos. “Pegamos todos de surpresa. Nossos algozes não acreditaram no poder da nossa cooperativa. Já recuperamos o maquinário e estamos batalhando para conseguirmos nova sede”, revelou Pereira.
No próximo ano, a sede do Jornal Tribuna Independente irá a leilão, mas o presidente da Jorgraf revelou que a categoria já está buscando uma alternativa para a instalação do jornal em uma nova sede. “Sabemos que o imóvel do Jornal não vamos conseguir recuperar, por conta do valor de mercado, mas não é por isso que vamos fechar as portas. Já estamos nos articulando com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e vamos conseguir”, reforçou.
(Fonte: OCB/AL)
A senadora eleita pelo estado do Paraná, Gleisi Hoffmann, afirmou na manhã desta segunda-feira (13/12), ao participar da reunião da diretoria da Ocepar, em Curitiba, que será uma das interlocutoras do setor em Brasília.
Os números do sistema cooperativista paranaense, apresentados pelo presidente da organização, João Paulo Koslovski, chamaram a atenção de Gleisi. “Fiquei muito impressionada com o reflexo que as cooperativas têm na economia do Paraná e de saber, por exemplo, que esse impacto excede os 50% no PIB da agropecuária", declarou.
As cooperativas têm uma grande responsabilidade e, por outro lado, nós parlamentares eleitos pelo povo do Paraná temos obrigação em fortalecer e ajudar no desenvolvimento das cooperativas”, disse Gleisi. Ela se colocou à disposição para ser reunir com os representantes do cooperativismo a cada seis meses para discutir as demandas do setor. “Jamais vou tomar uma decisão ligada às cooperativas sem antes ouvi-los”, acrescentou.
A senadora também ressaltou que pretende viabilizar as reivindicações ligadas ao cooperativis-mo no Congresso Nacional e no governo federal. “Me apresentaram aqui vários pleitos que estão tramitando no Senado Federal, entre eles, a regulamentação de alguns atinentes ao cooperativismo sobre as questões ligadas à tributação, a lei nacional do cooperativismo que também faltam algumas mediações para avançar e as relações com o governo em áreas importantes de resultados para as cooperativas na área de aplicação financeira. Eu procurei anotá-las mas também vou contar com a assessoria do sistema cooperativo nacional e me comprometi aqui a ser uma das porta-vozes, uma das interlocutoras deste importante setor em Brasília”, afirmou.
Gleisi também comentou sobre sua expectativa em assumir, pela primeira vez, o cargo de senadora. Ela se elegeu com mais de três milhões de votos no último mês de outubro, o que representa quase 30% dos votos obtidos entre os demais candidatos que concorreram ao Senado no Paraná. “A minha responsabilidade é muito grande. Fui a senadora com a melhor votação no Estado. Eu sinto que as pessoas têm grande expectativa pelo meu mandato e eu também tenho de cumprir com os anseios traçados na campanha e fazer jus aos votos recebidos do povo do Paraná. Estou assumindo com disposição de trabalhar muito, manter diálogo permanente com a sociedade para que a gente consiga realmente mostrar resultado.”
Ela também apoiou os nomes anunciados até o momento pela presidente eleita Dilma Rousseff para assumir diversos ministérios. “Acho que são nomes que tem compromisso com os programas e políticas do governo. Avalio que a presidenta Dilma tem grande responsabilidade quando sugere ou quando aceita nomes para compor o ministério e eu espero que todos possam trazer muitos resultados para a sociedade brasileira. Até porque se isso não acontecer, ela vai substituir o ministro ou a ministra”, acrescentou a senadora.
(Fonte: Ocepar)
Em um gesto pioneiro no Brasil, o governador do Ceará, Cid Gomes, assinou, na manhã da última quarta-feira, 8/12, a ordem de serviço que regulamenta o Transporte Regular Complementar Intermunicipal, que será efetuado pelas 27 cooperativas vencedoras do processo licitatório. Ao todo, serão 740 vans, operando em 139 municípios do Estado, sendo 164 linhas, que devem transportar 1,2 milhões de passageiros por mês.
De acordo com o engenheiro da Diretoria de Trânsitos e Transportes do Detran-CE, Joaquim Costa Rolim, o próximo passo depende dos cooperados. “É preciso que os presidentes das cooperativas compareçam ao Detran-CE para assinar os Planos Operacionais que, em seguida, serão assinados pelo superintendente João Pupo”.
Segundo Rolim, após esse trâmite, os contratos deverão ser enviados, via Correios, às cooperativas. Os Planos Operacionais contêm as informações sobre como os permissionários irão operar. Todo o processo deve ocorrer em no máximo 90 dias. Os contratos terão validade de seis anos, prorrogáveis por mais seis.
Para o representante do ramo Transporte no estado do Ceará, Rugero Lima, a regulamentação representa "o resultado positivo de uma luta de pelo menos 10 anos, a maior parte vividos na ilegalidade". Ele destaca o empenho do governo do Estado, que teve a iniciativa de realizar o processo de regularização. “O edital foi discutido com a categoria e correspondeu ao que foi pleiteado. Posso dizer que foi uma licitação modelo, uma oportunidade única no Brasil”, declarou.
Rugero sugere que uma nova forma de encarar o negocio cooperativo deve ser adotada pelos cooperados. “Pelo montante investido e pelas exigências de qualidade na prestação de serviço, os cooperados devem assumir uma postura mais empresarial, de maior profissionalização, para fazer valer essa importante conquista”, destacou. Ele acredita que a iniciativa deve gerar mais empregos e que os usuários sairão ganhando.
Representantes de cooperativas e de Unidades Estaduais de outros estados têm procurado o Ceará com o intuito de conhecer o processo de legalização adotado no estado. “O Ceará pode servir de modelo para o País”, afirmou Rugero.
O governador Cid Gomes, durante a solenidade de assinatura da ordem de serviço, lembrou que a regularização do Sistema Complementar atende ao cumprimento da lei, e que os usuários terão a garantia de utilizar veículos novos, climatizados e seguros.
As vans começaram a atuar legalmente nessa quarta-feira, 8. O valor das tarifa varia entre R$ 1,00 e R$ 15,00, de acordo com a rota de destino.
(Fonte: OCB-Sescoop/CE)
O governo federal autorizou as normas para a venda dos estoques públicos de milho, com concessão da subvenção econômica, por meio de leilões de Valor de Escoamento de Produto (VEP). A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizará leilões de até 500 mil toneladas do grão.
“O governo está abastecendo mercados com carência de insumo para fabricação de ração animal e para a indústria de alimentos, além de regularizar a alta de preço nos estados das regiões Norte e Nordeste, Espírito Santo, Rio de Janeiro e norte de Minas Gerais”, informou o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento Agrícola e Pecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Maria dos Anjos.
A maioria do produto é proveniente da 1ª safra de 2008/2009 e da 2ª safra (safrinha) plantada em janeiro e fevereiro de 2009. A operação de VEP, que faz parte da política de abastecimento, foi aprovada pelos ministérios da Fazenda, Planejamento e Agricultura, conforme a Portaria interministerial nº 568, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 10 de dezembro. O aviso com os procedimentos e data do leilão será publicado pela Conab.
Podem participar produtores e cooperativas de aves, suínos e pecuaristas de leite, indústrias de ração animal e de alimentação humana, desde que escoem o produto para as localidades determinadas na legislação. O preço de abertura será o resultado da média dos preços de mercado nos últimos cinco dias anteriores ao leilão na região onde o produto está armazenado.
A portaria também prevê também a criação de grupo interministerial para acompanhamento das políticas de apoio à comercialização do milho, que deverá se reunir mensalmente ou em menor período de tempo, quando houver necessidade. O grupo tem autorização de ampliar o volume para mais 500 mil toneladas de milho.
O governo mantém em torno de cinco milhões de toneladas de milho em seus estoques, principalmente da região Centro-Oeste, e estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
(Fonte: Mapa)
A noite da última segunda-feira (6/12), entrará para a história do cooperativismo cearense. O marco histórico deve-se ao lançamento do livro "Educar para Cooperar – Práticas Pedagógicas Cooperativas e Formação de Professores no Programa Cooperjovem", organizado pelas pesquisadoras Ilana Oliveira Maciel e Cecília Rosa Lacerda.
Na platéia, cerca de 100 dirigentes de cooperativas, representantes de ramos, prefeitos e autoridades das cidades que foram objeto de pesquisa da publicação, além de colaboradores do Sistema OCB-Sescoop/CE e familiares e amigos das organizadoras do livro. O superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Luís Tadeu Prudente, participou do evento.
O presidente do Sistema OCB-Sescoop/CE, João Nicédio Alves Nogueira, abriu a solenidade de lançamento ressaltando a importância do Programa Cooperjovem como instrumento de combate à nefasta competição capitalista. “O Cooperjovem trabalha na fase em que ainda é possível moldar a personalidade do indivíduo.
As pessoas, de um modo geral têm dificuldade de participar das ações da sua comunidade, de estar juntas. É um processo muito difícil, porque requer a mudança de uma cultura individualista ainda muita enraizado e o Programa traz muito essa necessidade da cooperação, de se trabalhar junto”. O presidente adiantou que o Cooperjovem deve voltar a ser implantado novamente nos municípios onde já vinha sendo desenvolvido e que há ainda a vontade de expandí-lo para outras localidades.
De acordo com o superintendente do Sistema OCB-Sescoop, Luís Tadeu Prudente, a publicação é uma das primeiras do Brasil sobre o Cooperjovem e pode proporcionar aos outros estados o conhecimento das atividades realizadas no Ceará, além de ser uma iniciativa que concorda com as linhas de ação do Sescoop Nacional. “É uma ação totalmente relacionada às diretrizes do Planejamento Estratégico desenvolvido pelo Conselho Nacional do Sescoop”, destacou.
Tadeu enfatizou que é também uma oportunidade de registrar a história do cooperativismo do Ceará, tendo embasamento em resultados práticos. Outra ênfase dada pelo superintendente se refere ao fato de o livro conter as práticas pedagógicas utilizadas em sala de aula.
A partir da experiência relatada no livro, ele adiantou que pretende realizar ações que possibilitem a continuidade e o apoio ao Programa. “Pretendo promover a vinda de uma equipe de Brasília para que eles possam conhecer de perto o trabalho realizado na base”, disse.
O atual prefeito de Guaiúba, município beneficiado pelo Programa, Marcelo Fradique, ressaltou a importância da iniciativa e se colocou à disposição para uma nova etapa. “Guaiúba está de portas abertas. Vamos tentar fazer com que as coisas continuem acontecendo”, afirmou.
Também esteve presente ao lançamento o ex-prefeito de Guaiúba, Antônio Carlos Fradique, dirigente na ocasião em que o Cooperjovem foi implantado. “Esse foi um trabalho que vimos nascer com muita dificuldade. Quando assumi, tinha de vencer o desafio de reverter todos os indicadores, e o mais difícil: sem ter muitos recursos”, destacou Fradique.
O ex-prefeito também ressaltou a necessidade de uma mudança cultural para que se possa construir uma sociedade mais justa. Para tanto, ele acredita no Cooperjovem como uma das ferramentas a serem re-implantadas em Guaiúba e outras cidades do Estado. “Sementes como essa deveriam ser plantadas nos 184 municípios cearenses. O cooperativismo traz uma cultura de transformação”, opinou.
“Estou muito feliz porque os ‘recursos’ conseguidos com o livro se destinam ao Lar Torres de Melo, instituição que presidi por 15 anos”, falou o presidente do Sistema Faec/Senar, José Ramos Torres de Melo, referindo-se ao fato de que, para se obter um exemplar, é necessária a doação de 2kg de alimentos não perecíveis.
Os donativos arrecadados serão doados à instituição que cuida de pessoas idosas, fundada por antepassados do presidente. Torres de Melo afirmou se sentir feliz com a iniciativa e com a “batalha empreendida pelo Sistema OCB-Sescoop/CE, para a qual tentamos colaborar”.
Palavra dos autores
Bastante emocionada, a doutoranda da Universidade Federal do Ceará (UFC) e uma das organizadoras do livro, Cecília Lacerda fez breve relato de sua aproximação com o cooperativismo. Ela remeteu-se à época em que chegou ao Ceará, em 1995, ano em que assumiu a coordenação de uma escola cooperativa que, segundo ela, tinha um olhar diferenciado para a educação, e para o aspecto empresarial.
Foi ela a responsável pela implantação do Cooperjovem no Ceará, em 2001, no município de Senador Pompeu. Em 2008, foi convidada a coorde"
Das 470 mil toneladas de trigo ofertadas no terceiro leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira, 9 de novembro, foram negociadas 415 mil toneladas, que serão escoadas para os estados da região Norte e Nordeste.
O primeiro leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para o cereal foi em 25 de novembro, garantindo ao produtor do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul o preço mínimo de R$ 477/tonelada para o trigo pão tipo 1.
De 1,2 milhão de toneladas de trigo ofertadas nos três leilões, já foram negociadas 90%, um milhão de toneladas do cereal (90%), desde 25 de novembro. A Portaria interministerial nº 1.071, de 9.11.2010, autoriza a aplicação de até R$ 300 milhões para apoiar a comercialização do trigo em grãos safra 2010.
O quarto leilão de 470 mil toneladas de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para o cereal está programado para quinta-feira, 16 de dezembro. O Rio Grande do Sul ofertará 250 mil toneladas; o Paraná, 190 mil toneladas; e Santa Catarina, 30 mil toneladas do grão.
Arroz
Na mesma data, será realizado o terceiro leilão de PEP para 57,5 mil toneladas de arroz. O Rio Grande do Sul ofertará 50 mil toneladas e Santa Catarina, 7,5 mil toneladas. O produto destina-se aos estados do Acre, Amazonas, Roraima e Amapá.
O prêmio do leilão será pago ao participante que comprovar a compra do grão do produtor rural ou cooperativa por valor não inferior ao preço mínimo fixado pelo governo federal, de R$ 25,80 a saca de 50kg. Nos dois primeiros leilões foram comercializadas 133,6 mil toneladas das 250 mil toneladas ofertadas, com desembolso de R$ 9,4 milhões.
(Fonte: Mapa)
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Fernando Scheller, Jacqueline Farid e Sabrina Valle - O Estado de S.Paulo
Um "ciclo virtuoso" de aumento de crédito, emprego e renda levou o consumo das famílias à 28.ª alta trimestral consecutiva, de acordo com os dados sobre o PIB divulgados ontem pelo IBGE. O item, que tem peso de 60% no cálculo da soma das riquezas do País, teve alta de 5,9% no terceiro trimestre de 2010, em relação a igual período do ano passado.
Segundo o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto, a alta foi sustentada pelo aumento dos salários e do crédito. A massa salarial real cresceu 10,2% entre julho e setembro, enquanto o saldo das operações de crédito para pessoas físicas cresceu 17,1%.
Apesar de positivo, o resultado do consumo das famílias apresentou desaceleração em relação aos dois trimestres anteriores: no segundo, a alta do indicador havia sido de 6,4%; no primeiro, de 8,4%. Sérgio Vale, economista da MB Associados, diz que a redução pode ser creditada à base de comparação, uma vez que os efeitos da crise já estavam mais brandos no fim de 2009.
Em relação ao segundo trimestre, o consumo teve expansão de 1,6% e, no acumulado de 2010, a alta é de 6,9% - números positivos, segundo Vale. "Na margem, o crescimento continua forte. Li o resultado como bem positivo", diz o economista. Ele projeta expansão de 5,6% para o indicador no último trimestre de 2010.
Comportamento. Para Ernesto Lozardo, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o aumento da renda das famílias traz a reboque uma mudança de comportamento do consumidor brasileiro, que ficou mais exigente, tanto em alimentos quanto em bens de consumo. "Foi-se o tempo em que as pessoas aceitavam qualquer coisa."
Uma pesquisa do instituto Data Popular, especializado na classe C, mostra que esse consumidor usa 30% de sua renda em produtos de baixo custo, índice que sobe a 35% nas classes A e B. Por trás disso, explica a entidade, está um menor espaço para "testes" - se o consumidor comprar uma marca de má qualidade, terá de consumi-la o mês inteiro.
Tanto Vale quanto Lozardo dizem que o aumento dos depósitos compulsórios, que devem tirar R$ 61 bilhões da economia, deve ter efeito limitado no ímpeto de consumo.
"A população come melhor e consome produtos melhores. Isso não vai ser freado", diz o professor da FGV.
Para Vale, que prevê alta de 6% no consumo das famílias em 2011, pode haver uma readequação de metas: "Quem queria comprar um carro pode agora optar por trocar o aparelho de TV."
Segundo Osmar Visibelli, professor da Escola de Negócios e Direito da Universidade Anhembi Morumbi, o resultado do consumo reforçaria a tendência de alta da Selic: parte do mercado já aposta em uma alta de 0,5 ponto na taxa, hoje em 10,75% ao ano, na reunião do Copom de janeiro.
Veículo: O Estado de S. Paulo
Publicado em: 10/12/2010
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Especialistas da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sindicato e Organização das Cooperativas do estado do Paraná (Ocepar), e da Cooperativa Central Regional Iguaçu (Cotriguaçu), Coamo Agroindustrial Cooperativa (Coamo) e da C.Vale Cooperativa Agroindustrial (C.Vale) se reuniram na manhã dessa quinta-feira (9/12) com o secretário de Desenvolvimento Rural, Márcio Portocarrero, para discutir normas e prazos de certificação em armazenagem. Também participaram o Inmetro, Conab e Caramuru e Associação Brasileira de Pós-Colheita (Abrapos).
A reunião, que aconteceu na Secretaria de Desenvolvimento Rural do ministério, foi um atendimento à solicitação da OCB e da Ocepar para discutir o prazo de vigência do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras.
O Superintendente Adjunto da Ocepar, Nelson Costa, informou que esta reunião serviu para dar continuidade ao trabalho determinado pelo ministro Rossi no último dia 30, quando foi criado o Grupo de Trabalho para rever a Instrução Normativa 03, que estipula parâmetros e prazos para certificação dos armazéns.
Nelson Costa explicou quais as reivindicações das cooperativas ao Mapa: "As cooperativas solicitaram, junto com outros armazenistas, a prorrogação do prazo de certificação, haja vista que as próprias empresas públicas não têm a mínima condição de atender, da forma como hoje está colocado. As exigências são muitas e existem armazéns que, o custo para adequá-los, é maior do que para construir um novo. Por isso estamos pedindo revisão dessas exigências e prazo maior para que todas possam se adequar."
O gerente de Produtos da Coamo, Luiz Sebastião Bronzatti, acrescentou que as alterações no normativo "vão servir para harmonizar o entendimento e cada vez mais buscar uma qualidade melhor para os produtos que o Brasil tem guardado, tanto para a população brasileira continuar consumindo alimentos sadios e até para validar e melhorar o conceito e o padrão internacional dos produtos agrícolas brasileiros".
E o gerente do departamento de Grãos da C.Vale, representante do sistema Cotriguaçu, Alcemir Chiodelli, destacou ainda que "a certificação vai proporcionar a melhoria da qualidade dos nossos produtos, mas, percebemos que há algumas distorções de entendimento das certificadoras no sentido de ter esse certificado como empresa que produz ou processa com qualidade. Isso permitirá fazer do produto brasileiro o melhor possível".
O Ministério da Agricultura se comprometeu de analisar a proposta entregue hoje e divulgar uma nova Instrução Normativa nos próximos dias contemplando os anseios do setor produtivo.